Silkscreen de Brando feito por Warhol pode alcançar US$20 milhões em leilão
Um silkscreen feito por Andy Warhol do ator Marlon Brando, vestido de couro e montando uma moto, deve ser vendido por US$ 20 milhões quando for a leilão em novembro, afirmou a casa de leilões Christie's.
Marlon, uma serigrafia de 1966 de uma imagem retirada do filme O Selvagem, que é um dos retratos de Hollywood mais famosos do falecido artista pop, fará parte de um leilão de obras de arte contemporânea e pós-guerra, em novembro.
A obra está sendo vendida da coleção do empresário e administrador do Museu de Arte Moderna, Donald L. Bryant Jr.
"Ao lado de seus retratos de Elvis Presley, a imagem de Marlon Brando, de Andy Warhol, esbanja uma sensualidade crua e um intenso poder, raramente encontrados em sua obra", disse o presidente da Christie's para arte contemporânea e do pós-guerra, Brett Gorvy.
Silkscreen feito por Andy Warhol do ator Marlon Brando
Gorvy descreveu o silkscreen que Warhol retirou de uma imagem publicitária do filme de 1953 sobre gangues de motociclistas como o "arquétipo do glamour e do descolado".
O trabalho também se insere na fascinação de Warhol com o comércio e o capitalismo, destacou a Christie's.
"Ao pegar uma imagem publicitária conhecida de um ator, alguém que adotou uma aparência, Warhol faz uma declaração sobre a superficialidade do mundo das vendas", disse em um comunicado anunciando o leilão.
"Marlon" será vendido na sede da Christie's em Nova York no dia 14 de novembro. A venda coincide com uma exposição das obras do ícone da arte pop no museu Metropolitan.
Sobre a exposição "Warhol: Sessenta Artistas, cinqüenta anos" de Andy Warhol no Metropolitan Museum of Art.
Andy Warhol (Americano, 1928-1987), exerceu um impacto enorme sobre a arte contemporânea. Cerca de 45 obras de Warhol ao lado de uma centena de obras de outros 60 artistas, compões a exposição Warhol: Sessenta Artistas, cinqüenta anos, apresentada pelo Metropolitan Museum of Art. Pinturas, esculturas, e filmes com os artistas que aceitaram o trabalho inovador de Warhol. O que emerge é um fascinante diálogo entre obras de arte e artistas através das gerações.
A exposição está estruturada em cinco seções temáticas: Banalidade para Desastres, Celebridade e Poder: Retrato, Estudos Queer: Identidades Shifting, Imagens de Consumir: Apropriação, abstração e serialidade, e No Boundaries: Negócios, colaboração e espetáculo.
De Banalidade para Desastres explora engajamento de Warhol com as imagens da vida cotidiana, o seu interesse em itens da cultura americana consumista nos anos 1960, e sua atenção à questão de publicidade, tablóides e revistas. Esta seção também examina a conexão com artistas posteriores como Jeff Koons, Damien Hirst, e Wei Ai Wei.
À esquerda, Garrafas verde da Coca-Cola - 1962 - Acrílico, serigrafia e grafite s. tela - Andy Warhol, Whitney Museum of American Art, New York.
À direita, Vaso com logo Coca-Cola - 2010 - pintura em vaso neolítico - Ai Weiwei, Mary Boone - New York.
Celebridade e Poder: Retrato mostra o engajamento de Warhol com retratos de artistas contemporâneos tratando questões de fama ou infâmia na era do tablóide. Warhol explora o retrato da sociedade na década de 1970, bem como o seu envolvimento artístico com figuras políticas.
À direita, Red Jackie - 1964 - Acrílico e serigrafia s. tela - Andy Warhol, The Andy Warhol Museum, Pittsburgh.
À esquerda, "Lita" - 1964 - Óleo s. tela - Alex Katz, The Museum of Modern Art, New York.
Estudos Queer: Identidades Shifting destaca a importância de Warhol como um artista que inovou na representação de questões de sexualidade e gênero no período pós-guerra. Esta seção também trás obras que representam uma nova abertura para diferentes variedades de identidade como a dos fotógrafos Richard Avedon, Peter Hujar, Makos Christopher, Robert Mapplethorpe, e Opie Catherine.
À direitra, Auto-retrato - 1986 - Acrílico e serigrafia s. tela - Andy Warhol, The Metropolitan Museum of Art, New York.
À esquerda, Auto-retrato - C-Print - Kurt Cobain, Gagosian Gallery.
Consumir Imagens: Apropriação, abstração, serialidade explora estratégias formais de Warhol e o uso inovador de fontes fotográficas, muitas vezes infinitamente repetidas em padrões de grade, sua apropriação na história da arte, e seu interesse em abstração. Estes trabalhos estão agrupados em artistas da geração Fotos como Richard Prince e Cindy Sherman, ou com pintores contemporâneos, como Christopher Wool, cuja pintura padronizada Untitled brinca com all-over abstração e serialidade de formas de Warhol.
À direita, Cow Wallpaper - 1966 - Serigrafia s. papel - Andy Warhol, The Andy Warhol Museum, Pittsburgh.
À esquerda, Untitled - 1988 - Alykd e flashe em alumínio - Christopher Wool, Luhring Agostinho, em Nova York.
No Boundaries: Negócios, colaboração e espetáculo. A seção final da exposição mostra o interesse de Warhol em parceria artística através de cinema, revistas, música e design e também o seu fascínio com a criação de ambientes que envolvem o espectador totalmente. O uso freqüente de motivos decorativos, como flores, fazem parte desta prática, e são contrastadas com o trabalho semelhante dos artistas como Jeff Koons e Takashi Murakami.
À direita, Flores - 1964 - Acrílico e serigrafia s. tela - Andy Warhol, Mugrabi Collection.
À esquerda, Parede de Socorro com Pássaro - 1991 - madeira policromada - Jeff Koons, coleção particular.
Quando: De 18/09 a 31/12
www.metmuseum.org/exhibitions
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