Cartunista Zélio é homenageado em Salão de Humor de Piracicaba
Exposição paralela à 39ª edição do evento no interior paulista lembra os 50 anos de galhofa do artista.
Umas das obras de Zélio em destaque no Salão de Humor do Piracicaba: homenagem a 50 anos de aventura visual.
Fatos que marcam o nascimento do Salão Internacional de Humor de Piracicaba. Quem conta é o cartunista Paulo Caruso, que esteve presente na abertura da mostra. Segundo ele, a primeiro fato ocorreu em 1972, quando foi feito o primeiro contato com o saudoso jornal O Pasquim. A ideia era pedir apoio para a criação de um espaço para desenhos de humor dentro do badalado Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba.
O segundo, e definitivo fato, foi em 1973 e saiu de Piracicaba rumo à cidade maravilhosa. A diferença, segundo Caruso, é que desta vez estava a frente o cartunista, escritor e jornalista Zélio Alves Pinto, irmão de Ziraldo e integrante do Pasquim. Eles foram num Ford Galaxie preto da prefeitura. Dentro do carro, alguns jornalistas, os jovens grumetes e alguns garrafões de um líquido precioso aos nativos da região: pinga.
E assim, conta Caruso, pouco depois, em agosto de 1974, no saguão do Banco Português, na praça José Bonifácio, nascia o 1° Salão de Humor de Piracicaba.
Portanto, não é à toa que Zélio desenhou e dá nome ao troféu entregue aos primeiros colocados nas cinco categorias do Salão de Humor, cartoon, caricatura, charge, tiras e trabalhos temáticos. Junto ao prêmio de R$ 5 mil. E ainda tem o Grande Prêmio Zélio de Ouro, de R$ 10 mil, ao melhor desses cinco.
O cartunista que completou 50 anos de carreira em 2011, é homenageado na exposição, paralela ao Salão, Zélio Cartunista. Baseada no livro Zélio - 50 anos de uma Aventura Visual, do crítico de arte Enock Sacramento, a mostra traz cartoons produzidos pelo artista entre os anos 1950 e 1980. Em entrevista à Revista do Brasil, Zélio defende que o Brasil é sensacional por não perder o senso do humor ao longo de sua saga.
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