Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

26 de setembro de 2012


Cartunista Zélio é homenageado em Salão de Humor de Piracicaba

Exposição paralela à 39ª edição do evento no interior paulista lembra os 50 anos de galhofa do artista.



Umas das obras de Zélio em destaque no Salão de Humor do Piracicaba: homenagem a 50 anos de aventura visual.

Fatos que marcam o nascimento do Salão Internacional de Humor de Piracicaba. Quem conta é o cartunista Paulo Caruso, que esteve presente na abertura da mostra. Segundo ele, a primeiro fato ocorreu em 1972, quando foi feito o primeiro contato com o saudoso jornal O Pasquim. A ideia era pedir apoio para a criação de um espaço para desenhos de humor dentro do badalado Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba.
O segundo, e definitivo fato, foi em 1973 e saiu de Piracicaba rumo à cidade maravilhosa. A diferença, segundo Caruso, é que desta vez estava a frente o cartunista, escritor e jornalista Zélio Alves Pinto, irmão de Ziraldo e integrante do Pasquim. Eles foram num Ford Galaxie preto da prefeitura. Dentro do carro, alguns jornalistas, os jovens grumetes e alguns garrafões de um líquido precioso aos nativos da região: pinga.

E assim, conta Caruso, pouco depois, em agosto de 1974, no saguão do Banco Português, na praça José Bonifácio, nascia o 1° Salão de Humor de Piracicaba.

Portanto, não é à toa que Zélio desenhou e dá nome ao troféu entregue aos primeiros colocados nas cinco categorias do Salão de Humor, cartoon, caricatura, charge, tiras e trabalhos temáticos. Junto ao prêmio de R$ 5 mil. E ainda tem o Grande Prêmio Zélio de Ouro, de R$ 10 mil, ao melhor desses cinco.

O cartunista que completou 50 anos de carreira em 2011, é homenageado na exposição, paralela ao Salão, Zélio Cartunista. Baseada no livro Zélio - 50 anos de uma Aventura Visual, do crítico de arte Enock Sacramento, a mostra traz cartoons produzidos pelo artista entre os anos 1950 e 1980. Em entrevista à Revista do Brasil, Zélio defende que o Brasil é sensacional por não perder o senso do humor ao longo de sua saga.
 





 


 

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