Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

30 de novembro de 2012

Exposição de fotos da revista O Cruzeiro



 


Exposição sobre a revista 'O Cruzeiro' resgata origens do fotojornalismo no Brasil

Em uma época em que o casamento interétnico com índios era proibido, a união entre a índia Diacuí e o sertanista Ayres da Cunha tornou-se a novela da vida real da década de 1950. A população indígena era impedida de se casar com pessoas de fora das aldeias. O enredo, que teve final trágico com a morte de Diacuí durante o parto, foi acompanhado vigorosamente durante um ano pela revista "O Cruzeiro".

"Os Diários Associados patrocinaram o casamento. E a revista vai acompanhar os preparativos, ela [Diacuí] sendo preparada no salão de beleza, o casamento, a lua de mel, o retorno para a aldeia", disse a curadora da exposição .

A mostra As Origens do Fotojornalismo no Brasil: Um Olhar sobre O Cruzeiro (1940-1960), com curadoria de Helouise Costa, reuni na capital paulista, mais de 200 imagens da história de uma de publicação que foi precursora do fotojornalismo no país.

Fundada em 1928 e considerada a principal revista ilustrada brasileira do século 20, “a fotografia de O Cruzeiro ainda carrega o frescor do ineditismo”, ressalta Helouise.



Durante a fase de maior difusão social da publicação, entre 1940 e 1950, o colecionismo era estimulado a partir das série de reportagens, contos e novelas lançados. Um dos assuntos abordados foi a questão do índio, por significar um empecilho para a expansão territorial do interior do Brasil. "A temática indígena estava muito em voga no período e a revista percebe o assunto como atrativo para o público, porque, até então, eram só os antropólogos e etnólogos que tinham acesso às imagens de índios", explica a curadora.

Assim, nomes de fotógrafos como Henri Ballot e José Medeiros começaram a se destacar. "Eles (fotógrafos) vão para as aldeias e fazem fotos absolutamente espetaculares", conta Helouise.

Junto com a inauguração do Museu de Arte de São Paulo (Masp), outro fotógrafo de O Cruzeiro, Peter Scheier, que fazia a cobertura das exposições no museu, teve importante papel na composição de um acervo sobre o local. "Através dessa documentação dá para a gente entender um pouco melhor as atividades desses museus modernos no Brasil", disse.

Além do estudo aprofundado sobre os profissionais da fotografia já muito explorados, a mostra buscou trazer abordagens inéditas, como no caso de Luciano Carneiro. Ele trabalhou na revista como correspondente estrangeiro. Morreu em um acidente de avião aos 33 anos. "Ele teve um papel muito importante, embora ainda hoje desconhecido: ele foi correspondente na Guerra da Coreia", ressaltou Helouise.

Serviço

As Origens do Fotojornalismo no Brasil: Um Olhar sobre O Cruzeiro (1940-1960)

Quando: até 31 de março de 2013

Onde: Instituo Moreira Salles, Rua Piauí, número 844, São Paulo.

Horário: de terça a sexta das13h às 19h, sábados, domingos e feriados das 13h às 18h aos sábados, domingos e feriados.

Entrada Gratuíta






29 de novembro de 2012

Exposição de Presépios em Roma




Exposição de presépios marca início dos festejos natalinos em Roma

Uma exposição composta por 100 presépios de todo o mundo é o aperitivo natalino para os moradores e visitantes de Roma, que poderão desfrutar de cenários feitos com materiais pouco convencionais e em uma ampla variedade de cores e tamanhos.

A exibição 100 Presépios, poderá ser vista até o dia 6 de janeiro, na igreja de Santa Maria del Popolo, um dos símbolos mais queridos do Natal. Trata-se da 37ª edição dessa exposição que neste ano terá como principais novidades vários exemplares do século XVIII provenientes do Museu Giannettino Luxoro, em Gênova, e uma oficina na qual as crianças poderão criar o seu próprio presépio com material reciclado.

A variedade de materiais, estilos e tamanhos é a marca dessa mostra, cuja popularidade permite prever que esse cantinho da central Piazza del Popolo será um dos locais mais visitados por turistas e romanos durante as festividades natalinas.

No percurso, o visitante poderá encontrar presépios planejados por artistas italianos e outros confeccionados no exterior, muitos deles provenientes das embaixadas que vários países mantêm perante a Santa Sé. Entre esses últimos, destaque para o exemplar enviado pela Embaixada da Guatemala, um alegre conjunto formado por pequenas figuras abrigadas por palmeiras sobre um solo cheio de grãos de café e com tecidos tradicionais guatemaltecos como pano de fundo.


Sale del Bramante, viale Gabriele D'Annunzio - Piazza del Popolo

Muito colorido é o presépio proveniente do Peru, no qual Jesus, José e Maria estão caracterizados como peruanos e descansam junto a duas vicunhas sobre uma paisagem andina, feita com lã tecida em cores vivas. Destaque também para os presépios vindos da Coreia do Sul, em que a Virgem Maria veste quimono, e da Ucrânia, onde os personagens têm uma estética minimalista e são feitos em papel branco.

O artesanato local tem como máximo representante um exemplar construído com diferentes variedades de massa e arroz, no qual todos os elementos são comestíveis e reconhecíveis dentro da gastronomia italiana. Um dos presépios mais inovadores da edição deste ano é o realizado por um artesão italiano, que reutilizou o ferro característico do concreto armado pintado em cores brilhantes para recriar as figuras.

Na Itália existe uma grande paixão pelos presépios são mais de 200 presépios expostos na exposição 100 Presepi, que é organizada todos os anos nesta época do ano nas Sale del Bramante na via G. D’Annunzio (perto da piazza del Popolo).

Os presépios apresentados (cerca de 200) foram feitos no exterior, e são todos inéditos nesta mostra. As formas e ambientes retratados sao dos mais vários períodos da história: os clássicos do séc XVII e XVIII napolitanos e sicilianos e os romanos do séc XIX. Nesta exposição estarão presentes diferentes tipos de folclore e tradições natalícias de várias paises do mundo, com materiais preciosos ou de reciclagem formam o clássico quadro do nascimento de Jesus.

Crianças dos 4 aos 11 anos poderão participar gratuitamente (apresentado o bilhete de ingresso à esposiçao e com prévia reserva) ao laboratorio Il Presepe come Gioco (O presépio como jogo). Monitores especializados ajudarao as crianças a realizar alguns personagens do presépio.

 Serviço
 
100 Presepi

Quando: Até 6/01/2013

Horário: Todos os dias das 9:30 às 20:00h




28 de novembro de 2012

Artista em foco 2012 na Nossa Galeria de Arte





As obras de arte, até pouco tempo atrás, eram consideradas complexas e inacessíveis para a maioria da população. A situação mudou e principalmente as manifestações urbanas - como o grafite e a toy art - já conseguem atrair olhares bem mais receptivos. Esta mudança já se reflete na Internet. Hoje, há boas opções de galerias virtuais que disponibilizam materiais de qualidade e - o que é melhor - a preços não tão assustadores ao bolso do consumidor.

Bom para todo mundo
 
A exposição nas galerias virtuais tem se tornado uma prática vantajosa, inclusive para os artistas, razão principal do comércio.

Há aqueles que acreditam que as galerias físicas tirarão proveito deste "boom virtual" para fixarem ainda mais seus nomes. A expectativa é que as galerias virtuais reforcem as vendas nas galerias tradicionais ao mostrarem para mais pessoas como é bom comprar e consumir arte, devido ao fácil acesso que a Internet permite e a comodidade de receber as obras na sua casa.

Apesar do pouco tempo na rede, as galerias virtuais já comemoram boa aceitação e muitas apontam um claro movimento de procura de artigos de arte pelo público. Os conceitos tanto no Brasil como no exterior se expandiram muito. O momento é efervescente e bom para quem compra, pelo prazer envolvido, e para os investidores, porque os novos artistas conseguem expor seus trabalhos com preços bem acessíveis.

O ser humano precisa da arte para viver. Desde a Antiguidade, com os desenhos dos dinossauros na caverna até hoje e será sempre assim. Agora, a arte virtual oferece uma gama de oportunidades para as pessoas escolherem e transformarem suas vidas em algo mais prazeroso, colorido e poético.

Atualmente participo de uma exposição coletiva virtual com algumas de minhas telas.

Artistas em Foco 2012 no site da Nossa Galeria de Arte

Convido a todos para fazerem uma visita virtual podendo apreciar e comentar (se assim desejarem) não só as minhas obras, mas a dos outros artistas também e conhecerem o site Nossa Galeria de Arte.


http://www.ngarteprodutoracultural.com.br/galeria/expo-coletiva/artistas-em-foco-2012.html




27 de novembro de 2012

Arte Oriental em New York



Exposição de estilo japonês em Nova York mostra a força da arte oriental

A arte oriental tem ganhado cada vez mais espaço no mundo inteiro. Prova disso é a nova exposição do Metropolitan Museum, em Nova York, dedicada ao Rinpa, que significa escola de Korin. Originado no Japão com influência chinesa, estilo Rinpa foi fundado por Korin, um dos maiores artistas japoneses da história da arte e que foi exilado do Japão após ter se envolvido com uma rainha.
 
Uma das curadoras da exposição diz que um erro muito comum entre os visitantes é achar que Rinpa é um artista específico, e não um estilo de arte originado no Japão com influências chinesas. Segundo ela, a cultura asiática nunca esteve tão em alta. Três das peças mais caras leiloadas em 2011 foram feitas por artistas da China e compradas também por chineses.
 
Rinpa é o termo que se refere ao estilo distinto das artes pictóricas japonesa que surgio no início do século XVII, e continuou ao longo dos tempos modernos. Significa escola de Korin, Rinpa deriva seu nome de Ogata Korin (1658-1716), um célebre pintor de Kyoto. É uma arte arrojada de motivos naturais, corte tradicional e poética, se utiliza de minerais caros, pigmentos metálicos e a incorporação de caligrafia em composição com a pintura, é uma experimentação de técnica inovadora.
 

 
Biombo das Ameixeiras de Flores Vermelhas e Brancas - Agata Korin


A exposição apresenta uma centena de obras de arte brilhantemente executadas e criadas no Japão pelos artistas da Rinpa-escola. A apresentação é feita em duas partes, traça o desenvolvimento da estética Rinpa e demonstra como o seu estilo continuou a influenciar artistas ao longo dos séculos XIX e XX. Composta por 50 obras do acervo do Museu e por 45 empréstimos de colecções públicas e privadas a exposição inclui obras de muitos famosos e uma variedade de meias-pintura, têxteis, laca e cerâmica.

A primeira parte da exposição começa no início do século XVIII e apresenta as telas de dois painéis de dobramento, Ondas fortes, por Korin, descrevendo ondas altamente estilizadas A Árvore Caqui, por Sakai Hoitsu, dois conjuntos de seis painéis de telas dobráveis, Corriolas , por Suzuki, capturando a proliferação exuberante das flores e folhas.

 
Na segunda parte a peça central é a Korin Íris em Yatsuhashi (Oito Bridges), com a sua matriz brilhante de aglomerados de íris roxas contra um fundo dourado. Uma tela de caligrafia de Konoe Nobutada com transcrições dos poetas femininos da corte Heian.
 


Seis painéis de tela dobrável; tinta, cor e ouro sobre papel dourado



Oito painel de tela dobrável; tinta e cor sobre papel dourado



Conjunto de três livros woodblock-impressos; tinta e cor sobre papel 

No final do século XIX, a idéia de um estilo Rinpa tornou-se firmemente estabelecida na consciência japonesa de uma história nacional de arte e em uma base internacional. Entre os artistas da era moderna, destacam-se Shibata Zeshin (1807-1891), um artista de laca e o pintor, e Kamisaka Sekka (1866-1942), atuando na pintura e na mídia impressa.
 
Sobre A Arte Japonesa

A arte japonesa abrange uma enorme variedade de estilos e meio de expressão, incluindo antigas cerâmicas, esculturas de bronze, estampados em seda, papel e pergaminhos. Mesmo com o mínimo contacto com o mundo exterior, o Japão aderiu e desenvolveu as ideias dos países vizinhos, como a China e a Índia.
 

A sua complexidade artística iniciou-se nos séculos VII e VIII, manifestando-se através do budismo e após a guerra de Onin (1467-1477), o Japão entra num período de insubordinação social, política e económica, que também se reflete na arte.

A pintura é a forma de expressão favorita no Japão. Com a queda da cultura popular, no período Edo, o estilo das pinturas em madeira veio a ser a maior forma de arte e as suas técnicas foram recentemente cuidadas de forma a produzir a cor de tudo, desde jornais diários a livros escolares.
Neste período os japoneses encontram na escultura o melhor meio de expressão artística.
A escultura japonesa está associada com a religião e este meio de expressão decaiu com a perca da tradição budista.

As cerâmicas japonesas são as mais famosas de todo o mundo. Na arquitectura, os japoneses preferem matérias naturais e uma combinação entre o espaço interior e exterior.
 
 


Ondas de Matsushima - século XVIII - Ogata Korin - Museum of Fine Arts - Boston.

Hoje, o Japão rivaliza com as mais modernas nações, contribuindo para a arte moderna, moda e arquitectura, com criações de tendências modernas, globais e multiculturais.
 

26 de novembro de 2012

Warhol e A Estátua da Liberdade em leilão




A Estátua da Liberdade, de Warhol, é leiloada por US$ 39 milhões

A pintura A Estátua da Liberdade, de Andy Warhol, foi leiloada em Nova York, por US$ 39 milhões em um leilão de arte contemporânea e de pós-guerra da temporada de outono (no Hemisfério Norte) da casa Christie's, no qual também foram vendidas obras de Franz Kline, Mark Rothko e Jeff Koons.

A pintura, que recria um dos cartões-postais mais famosos do mundo, é um dos quadros mais importantes de Warhol, produzido na década de 1960 e com o qual o artista expandiu os limites da arte, ao se tornar o primeiro a empregar uma pioneira técnica em 3D.

O expressionismo abstrato também foi muito bem representado no leilão, que obteve US$ 36 milhões com a obra Untitled, de Franz Kline.




Untitled - 1957 - Franz Kline
 
A tela Black Stripe (Orange, Gold and Black), de Rothko, foi vendida por US$ 19 milhões, apenas um dia depois de outra obra sua ter sido comercializada pela casa Sotheby's por US$ 67 milhões.




Black Stripe (Orange, Gold and Black) -  Rothko

Entre as esculturas, destaque para Tulips, de Jeff Koons, uma peça com cinco metros de comprimento que encontrou comprador por US$ 30 milhões.

 

Tulips - Jeff Koons



23 de novembro de 2012

Tracey Emin - Londres, Buenos Aires, Brasil





Artista Tracey Emin abre seu ateliê em Londres e fala sobre sua 1ª mostra no Brasil

Na porta do ateliê, um retrato de Tracey Emin recebe quem entra com a careta que virou marca registrada da artista britânica. "Esse quadro nós chamamos de 'a chefe'", diz ela. "No Natal, a gente acende umas luzinhas coloridas em volta dele."

Não há dúvida sobre quem manda no pedaço, e não existe parede de seu ateliê no East End londrino, a quadras do mercado de Spitalfields, sem o seu rosto ou seu corpo nu estampado em fotografias.

Emin, como ela mesma se classifica, é "imensa". Nome que despontou junto de Damien Hirst e os chamados jovens artistas britânicos na década de 1990, a artista é hoje uma das mais poderosas no circuito global --pelo preço das obras e prestígio entre críticos-- e fará em dezembro a primeira individual no Brasil, abrindo o endereço paulistano da galeria White Cube.

"Tem artistas com personalidades gigantes, que engolem o trabalho, e tem aqueles medianos, irreconhecíveis", define Emin. "Eu faço parte do primeiro time, sou reconhecível, com uma personalidade enorme. As pessoas me veem na rua e sabem que eu sou 'aquela artista'".



Tracey Emin, em seu ateliê no East End de Londres

Sobre Tracey Emin


A artista, fez fama e fortuna expondo a própria miséria. Sua obra se funde à história pessoal -Emin, 49, retrata em desenhos, instalações em neon, esculturas, bordados, fotografias e vídeos as desventuras de ter sido estuprada aos 13  anos e os abortos que fez.

Sua infância e adolescência em Margate, "uma cidadezinha litorânea abandonada na costa da Inglaterra, onde não havia nada para fazer a não ser se misturar à decadência generalizada, trepar, brigar e gastar a vida", contrasta agora com sua posição de celebridade milionária.

Numa rara entrevista, Emin recebeu jornalistas em seu ateliê, cercada por seus oito assistentes -entre arquivistas, assessores de imprensa, costureiros e montadores- ocupam um prédio inteiro. Por trás da fachada vitoriana, são três andares e o subsolo, onde Emin mandou construir uma piscina.

Mesmo imersa no luxo, ela mantém a casca grossa de quando vivia num quartinho em cima de um KFC com todos os pertences amontoados -uma cafeteira elétrica e saquinhos de sopa instantânea.
 

Obra em neon de Tracey Emin que estará em mostra na galeria White Cube, em S.P.


Ateliê da artista britânica Tracey Emin no East End de Londres

Tracey Emin em Buenos Aires

Emin esteve na Argentina para inaugurar a mostra How it Feels, que o museu recebe até 25 de fevereiro.

A exposição apresenta, num conjunto de pequenas salas sem cortinas ou portas, simultaneamente, cinco vídeos.
Produzidos entre 1995 e 2000, Why I Never Became a Dancer, How it Feels, Homage to Edvard Munch and All My Dead Children, Riding for a Fall e Love Is a Strange Thing, mostram Emin tratando de temas como sexo, aborto, questões de gênero e a vida em Margate, cidade onde cresceu, no litoral inglês.

Curada pelo canadense Phillip Larratt-Smith, a mostra é a primeira de Tracey Emin num museu latino-americano.
A artista se mostrou à vontade no meio da maior coleção de arte do continente. Elogiou a mexicana Frida Kahlo e disse "não entender" a disputa entre brasileiros e argentinos pelo "Abaporu", de Tarsila do Amaral. "Não é uma obra pela qual eu lutaria". Emin afirmou que os paralelos mais interessantes entre a produção do continente não têm a ver com a nacionalidade.
"Não reparo se tal artista é brasileiro, uruguaio ou mexicano. As comparações mais relevantes são por temas, por gênero. As artes da América do Sul estão num momento muito vibrante", disse.

Sobre a Galeria White Cube em S.P.

A White Cube, segunda maior galeria de arte do mundo (atrás apenas da Gagosian, em Nova York), anunciou a abertura de seu primeiro espaço no Brasil, mais especificamente no bairro da Vila Mariana, em São Paulo.
A inauguração do local acontece no início de dezembro com uma exposição inédita da artista plástica britânica Tracey Emin, intitulada You Don’t Believe in Love But I Believe in You.

O novo endereço da White Cube, sua porta de entrada no continente americano, é o quinto espaço da galeria, que já tem três em sua cidade natal, Londres, e uma base em Hong Kong. Em São Paulo, a proposta da White Cube não é exatamente somente lucrar, ao menos de acordo com Tim Marlow, diretor da galeria, que, em conversa afirmou “Se dependêssemos das vendas no Brasil, seríamos loucos. Nosso objetivo é construir uma reputação e gerar interesse. Sabemos do sistema tributário do país, que dificulta muito os nossos negócios”.

O primeiro “contato” da White Cube com o Brasil foi em maio deste ano, quando a galeria organizou a mostra Fatos e Sistemas do escultor britânico Antony Gormley no espaço que que passará a ocupar a partir de dezembro. Tal exposição aconteceu em paralelo com
Corpos Presentes, uma retrospectiva de Gormley sediada no CCBB, no centro de São Paulo. Em parceria com o British Council, a White Cube trouxe o artista ao país para uma palestra especial para convidados.


www.whitecube.com

17 de novembro de 2012

Mona Lisa de Vik Muniz



Monalisa - pasta de amendoim, manteiga e gelatina - Vick Muniz


Obra de Vik Muniz será exibida ao lado da Mona Lisa, no Louvre

Um quadro da série Versos, do artista brasileiro Vik Muniz, será exibido ao lado da Mona Lisa, no Museu do Louvre, em Paris, na próxima semana





Feita com materiais como madeira, ferragens, silkscreen e metais, a obra do artista é uma reconstituição detalhada da parte de trás da famosa pintura de Leonardo Da Vinci.

Em novembro do ano passado, Muniz foi convidado pelo Louvre, entre outros artistas, para analisar a obra-prima, bem como conhecer de perto seus dispositivos de segurança e preservação.

Durante esse encontro, o artista foi autorizado a fotografar o verso da tela de Da Vinci para, a partir desse registro, poder recriá-lo. Ele contou com a ajuda de dez assistentes para a produção da obra.

O resultado, no entanto, será visto somente por especialistas e pesquisadores convidados para o evento e será apresentado ao lado do quadro original.


Vik Muniz e a Op Art no Brasil
 
 "Minha intenção, com esta exposição, é oferecer ao público a oportunidade de identificar e rastrear aspectos distintos da 'arte perceptiva' o longo das décadas que sucederam sua apoteose na mídia internacional, demonstrando que, embora a história da Op Art já se tornou, muitas das suas preocupações activamente persistir na arte de cada década após a sua exaltação midiática ".
 
Serviço
 
Onde: Galeria Nara Roesler
 
Quando: 1/12/2012
 
Horário: segunda a sexta das 10 as 19h, sábado das 11 as 15h
 
Galeria Nara Roesler
Av. Europa 655 - S.P. 
 
 
 
 
 
 
 

14 de novembro de 2012

Esplendores do Vaticano na OCA



Esplendores do Vaticano: Uma Jornada Através da Fé e da Arte

Depois de receber 1,5 milhão de visitantes nos Estados Unidos, chegou a São Paulo a mostra "Esplendores do Vaticano: Uma Jornada Através da Fé e da Arte", com 200 objetos históricos e obras de arte sacra diretamente do acervo do Vaticano.

A mostra, que vai até 23 de dezembro, apresenta obras-primas de nomes como Michelangelo, Guercino e Bernini, além de vestimentas, relicários, mapas e documentos. Entre os destaques, estão a tela Retrato de Cristo com a Coroa de Espinhos, (A Verônica de Guercino), de Giovanni, Francesco Barbieri e o fragmento original da parede do túmulo de São Pedro com a inscrição em grego Petros Eni.


Réplica da mão do Papa João Paulo II
Retrato de Cristo com a Coroa de Espinhos - (A Verônica de Guercino) - Guercino - Século XVII - Óleo sobre seda -  Coleção Particular

São 11 galerias onde as obras de arte foram divididas em ordem cronológica organizando mais de dois mil anos de história, tradição e cultura. Duas galerias muito especiais são dedicadas a Michelangelo, onde está a reprodução da Pietà, uma de suas esculturas mais famosas e a dedicada ao papa santificado João Paulo II, que exibe um manto por ele usado em 1978 e 2005 e um molde de sua mão. Papa João Paulo II foi o segundo Papa com mais tempo de serviço e o primeiro Papa não italiano desde 1523.



Crucificação de São Pedro

A coleção de arte do Vaticano inclui objetos que datam desde o Egito antigo e da Assíria até os dias atuais, passando pelo Renascimento europeu e pelo Barroco. A mostra foi projetada para demonstrar o impacto causado pela Igreja Católica no legado de arte e cultura da civilização ocidental.

O segundo andar da exposição trás elementos que transportam o visitante a uma viagem virtual pelo Vaticano. Com uma projeção da Capela Sistina e uma coleção de vídeos que mostram detalhes da arquitetura do local.



Retratos papais feitos para substituirem os afrescos originais da Basílica de São Paulo após o incêndio de 1823.

Com apoio do Ministério da Cultura (MinC), por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), a exposição é composta por obras de arte sacra e objetos históricos, sendo que muitos deles nunca haviam deixado o Vaticano.

As obras da Santa Sé formam um mosaico do legado da Igreja Católica e seu impacto sobre a arte, história e cultura da civilização Ocidental.


  

Busto em bronze do Papa João Paulo II  - Enrico Manfrini

Conversa Informal

Fui conferir e posso dizer que a exposição está excelente e imperdível!

Conteúdo riquíssimo, a disposição e iluminação em total harmonia, auto-explicativa e didática.

Um pedaçinho do Vaticano em pleno Parque Ibirapuera. O resultado só pode ser um colírio para os olhos dos visitantes. Não percam!

Serviço

"Esplendores do Vaticano: Uma Jornada Através da Fé e da Arte"

Quando: Até 23 de dezembro

Horário: segunda a sexta-feira, das 9h às 19h. Sábados, domingos e feriados, das 9h às 18h. ´

Onde: OCA – Pq. do Ibirapuera – SP - Av. Pedro Alvares Cabral, S/Nº, Portão 03

Quanto: R$ 44 (inteira), R$ 22 (meia).




12 de novembro de 2012

Livro de Artísta



Capa do Livro de artista - Aline Hannun

Os livros de artista são produzidos por artistas e de sua inteira responsabilidade, na  maioria das vezes para manuseio direto, possibilitando assim uma aproximação física, tatil e visual com a produção artística.

São sempre edições especiais, podendo o artista fazer exemplar único ou múltiplos. Os livros de artista são espaços de criação, onde se exploram vários tipos de narrativas, são locais privilegiados para experiências plásticas. No livro de artista é possível fazer uso de várias linguagens (artes visuais, poesia, literatura ...) somando e criando interligações de tempo e espaço, tempo e movimento. É de extrema importância o desenho das palavras, as palavras como imagens, as imagens como palavras, com igual relevância poética.



Os artistas, sobretudo os pintores, intervêm e colaboram na confecção de livros a muitos tempo – em nível decorativo e ilustrativo. Em meados do século XX a participação dos artista passou a ser individual. Eles criam os (seus) livros assumindo e acompanhando todas as etapas de feitura dos mesmos - são os próprios editores, produtores, paginadores, autores dos textos e imagens, encadernadores e distribuidores.

A partir de então o livro e os múltiplos passam a ser os meios de divulgação e difusão da arte e do seu processo evitando assim, qualquer tipo de censura e garantindo uma independência económica São materiais geralmente baratos de adquirir ou produzir, transportáveis e, consequentemente, acessíveis a quem quiser consumir. Em meados do século XX, alguns artistas constituiram as suas próprias editoras, conquistando, com isso, ainda maior liberdade no processo de criação.




Pesquisa para obra Denúncia - Aline Hannun

Existem dois aspectos fundadores do conceito "livros de artista":

1 – o artista colecciona, copia e divulga mais facilmente o que faz devido às novas e acessíveis técnicas de reprodução (fotocopiadoras, fax, scanner, impressão off-set, entre outros); passando a produzir múltiplos coleccionáveis e/ou revistas, cartazes, postais, livros de artistas, livros-objectos, auto-colantes, flyers, além de discos, filmes, entre outros, de forma autônoma e independente de galerias e museus.

2 – os artistas documentam os seus próprios processos de trabalho registando happenings e acções efémeras, publicando textos críticos, poéticos ou outros.

Conversa informal

No meu caminho como artísta plástica, fiz vários registros e estudos sobre a produção das séries dos meus trabalhos desde a sua criação. Registrei o  processo desde a escolha do suporte, materiais usados, composição, cores e o desenvolvimento das obras até sua finalização. Organizados cronológicamente conforme a sua execução.

Como resultado, surgi uma nova obra com conteúdo didático recheada de informações, desenhos, cores e textos que complementam a obra principal


Imagens de Registros Poéticos - Processos e criações - Aline Hannun




Com sua licença - mista sobre madeira de demolição




Denúncia - mista sobre madeira de demolição




Coletânea I -  páginas




Coletânea II - páginas




10 de novembro de 2012

Quadro de Claude Monet vendido pela Christie's




Quadro de Monet é vendido em Nova York por US$ 39 milhões

Um quadro da série Nenúfares, de Claude Monet, um ícone do impressionismo, foi vendido em Nova York por US$ 39 milhões, em um leilão da temporada de outono realizado pela casa Christie's.

A obra foi pintada por Monet em 1905, ano em que o artista francês começou a trabalhar intensamente em uma série de quadros onde recriou os Nenúfares que flutuavam no tanque de seu jardim em Giverny, um motivo artístico que o fascinou nas duas últimas décadas de sua vida (1840-1926).

"A beleza pura da série dos nenúfares nos faz esquecer que, em 1905, esses quadros constituíram uma fuga radical de todas as noções convencionais da pintura de paisagem", explicou a diretora do departamento de impressionismo da Christie's, Brooke Lampley.


Pintura da série Nenúfares, do impressionista francês Claude Monet, vendida por US$ 39 milhões em NY

A série à qual pertence esse quadro foi realizada por Monet entre 1905 e 1908, e é composta por mais de 60 peças, o que equivale dizer que o artista pintou uma tela a cada três semanas.

As melhores foram exibidas pela primeira vez em 1909, na galeria Durand-Ruel, em Paris, onde Monet obteve grande sucesso, referendado nas palavras de um crítico da época, para quem "nenhum outro artista vivo poderia ter conseguido esses maravilhosos efeitos de luz e sombra, esse glorioso festim de cor".

Desde 1979, o quadro pertencia a Ethel Strong, viúva do executivo de Wall Street Herbert Allen, e a partir de 1998 passou a ser exposto na Academia Real das Artes de Londres e no Museu de Belas Artes de Boston.
Os US$ 39 milhões obtidos com sua venda serão doados ao colégio Hackley, em Tarrytown (Nova York).

Obras da série Nenúfares








Para saber sobre sua vida e obra clique no vídeo














9 de novembro de 2012

Martin Schongauer o Mestre das Gravuras



Três cabeças orientais, bustos - Martin Schongauer

Martin Schongauer (1448 - 1491) foi gravador e pintor alemão. Conhecido na Itália pelos nomes Bel Martino e Martim D'Anversa.  Foi o mais importante mestre da gravura antes de Albrecht Dürer. Suas obras circularam por toda Europa. 

Martin passou parte de sua vida em Colmar onde abriu uma escola de gravura, de onde alguns mestres da geração seguinte despontaram, além de um grande grupo de artistas de Nuremberg.

Como pintor, Schongauer foi um seguidor de Rogier van der Weyden, mas foram as suas gravuras que venderam em toda Europa. Sabe-se que Michelangelo pode ter copiado algumas de suas gravuras. Seu estilo não mostra nada da tradição italiana, e sim do gótico. Sua gravuras são, em sua maior parte, religiosas, mas incluem cenas cômicas também.

Sua coleção mais importante de gravuras é a série que retrata a Paixão de Cristo, a Morte e a Coroação da Virgem. São notáveis porque misturam elementos de iluminuras com uma grande força cromática. Schongauer desenvolveu várias técnicas que foram depois aperfeiçoadas por Dürer.

 

Virgem com o Menino no Jardim das Rosas - 1473 - têmpera s. madeira 201 x 112 cm. Martin Schongauer, igreja dominicana de Saint-Martin, Colmar.

A Virgem no Jardim das Rosas, mostra Maria pensativa e melancólica, com um majestoso vestido vermelho, sentada com o Menino ao colo em frente a um roseiral, que se inicia a seus pés. Dois anjos preparam-se para a coroar.

À Virgem são por vezes associados anjos músicos aqui esculpidos na moldura do retábulo, com instrumentos de percussão (tambor e pratos) e de corda (violino, alaúde, harpa e viola de gamba).


Detalhe Anjo músico - A Virgem no Jardim das Rosas

Também Matthias Grunewald (1470 - 1528), para o seu célebre Retábulo de Isenheim (1513-1515), pintou um painel algo enigmático, tendo à esquerda o Concerto dos Anjos e à direita uma Virgem com o Menino que se pensa inspirado na composição de Schongauer. Também a Virgem aparece associada à rosa e é acompanhada de anjos músicos.


Retábulo de Isenheim - (1513-1515) - Matthias Grunewald.



Detalhe
No lado esquerdo o Concerto dos Anjos, em que um anjo em primeiro plano toca violoncelo, outro mais afastado toca rebeca e ainda um terceiro anjo emplumado toca viola de gamba, ou seja todos instrumentos de corda.

No painel da direita, a Virgem sentada com o Menino nos braços, também vestida de vermelho, tem como fundo uma paisagem com a abadia de Issenheim. Tem à sua direita uma cama, um pote e um vaso onde cresce uma figueira. À sua esquerda uma roseira onde desabrocham três magníficas rosas vermelhas.

Sobre Colmar


Situada no extremo leste da França, na fronteira alemã, a região apresenta uma magnífica mistura de culturas francesa e germânica.  É uma comuna francesa, capital (préfecture) do departamento (département) do Haut-Rhin (Alto Reno), na região Alsácia, aos pés dos Vosges.
Colmar situa-se em uma paisagem relativamente plana, banhada pelo rio Lauch, a aproximadamente 20 km a leste do rio Reno, próximo da fronteira Alemanha-França.
O encanto da Alsácia está em grande parte ligado à riqueza do seu património cultural: castelos fortes, igrejas, museus, rivalizam com as belas casas a panos de madeira. Das aldeias pitorescas às ruínas românticas penduradas sobre as cristas vosgianas, das pistas que serpenteiam nos bairros antigos às colecções prestigiosas dos museus, a Alsácia  inteira ilustra-se como terra de cultura.


Colmar, comuna de Alsásia, França

Curiosidade:

Frédéric Auguste Bartholdi, escultor da Estátua da Liberdade de NY - oferecida pela França para o Estados Unidos e colocado na Ilha Bedloe, na entrada do porto de Nova York - nasceu em Colmar (1834 - 1904). Por vezes, assinou o seus trabalhos sob o pseudônimo de Amilcar Hasenfratz.




8 de novembro de 2012

Leilão do acervo de Anna Maria Niemeyer



Mulher no espelho - Di Cavalcanti

Desenhos de Oscar Niemeyer foram a leilão no Rio de Janeiro

Quatro meses depois da morte da galerista Anna Maria Niemeyer, filha única de Oscar Niemeyer, sua vasta coleção de obras de arte foi a leilão no Rio.

Foram 750 itens à venda, neles incluídos mais de cem desenhos originais do arquiteto, que também assinou móveis e imagens femininas de traços econômicos impregnadas de poesia.


 

A expectativa era de que os 557 lotes levantassem, no mínimo, R$ 5 milhões, a serem distribuídos pelos quatro filhos de Anna Maria.

Entre as peças assinadas por Niemeyer, raras em leilões, estavam serigrafias, esculturas e um relógio de uma edição especial em homenagem a Juscelino Kubitschek que ele deu de presente à filha em 2002.
 
Todas as obras juntas foram avaliadas em aproximadamente R$ 1.447.800,00

Alguns desenhos continham pequenos textos em que Niemeyer declarou suas intenções. Por exemplo, o monumento desenhado para a Petrobrás em 2003 por ocasião do cinquentenário da empresa.



Petrobrás - 2003 - Cinquentenário da empresa

Colecionadores particulares brasileiros e estrangeiros participaram do leilão do vasto acervo de arte brasileira reunido por mais de três décadas pela galerista e designer de interiores Anna Maria Niemeyer.

Todas as obras foram vendidas devido à decisão da família de encerrar as atividades da galeria de arte mantida durante 33 anos por Anna Maria.

Entre as obras colocadas à venda, em lotes distribuídos em quatro noites de leilão, estavam trabalhos de vários nomes hoje bem cotados no mercado nacional e internacional de arte, como Beatriz Milhazes, Jorge Guinle, Victor Arruda, Nelson Leirner, Iole de Freitas, Franz Weissmann e dezenas de artistas.



O Desfile - 2003 - Beatriz Milhazes

A segunda noite do leilão foi dedicada inteiramente à produção do arquiteto - 116 trabalhos -incluindo projetos de interior dos palácios de Brasília, litografias e desenhos da década de 1920.

Sobre Anna Maria Niemeyer


Filha única e colaboradora do arquiteto Oscar Niemeyer (hoje com 104 anos), Anna Maria abriu a galeria, no fim da década de 1970, com o propósito inicial de organizar e mostrar as obras de seu pai. Paralelamente aos seus projetos de arquitetura, Niemeyer também produziu desenhos, gravuras, esculturas e peças de mobiliário.

Instalada em dois espaços, no Shopping da Gávea e na Praça Santos Dumont, no bairro da Gávea, a galeria foi responsável por lançar e alavancar a chamada Geração 80 das artes plásticas brasileiras.

Anna Maria Niemeyer morreu em 6 de junho de 2011, aos 82 anos de idade.



7 de novembro de 2012

Cecília Meireles para crianças

 

LIVRO: OU ISTO OU AQUILO

Sinopse: Um dos mais belos clássicos da poesia brasileira, Ou isto ou aquilo aborda os sonhos e as fantasias do mundo infantil com efeitos estéticos bastante sugestivos, criativos e lúdicos. A casa da avó, os jogos e os brinquedos, os animais e as flores, tudo ganha vida nos poemas de Cecília Meireles que faz uso desses recursos brincando com as palavras, explora ritmo, as rimas, as repetições,a musicalidade.

"Não sei se brinco, não sei se estudo, / se saio correndo ou se fico tranquilo": Este clássico da poesia brasileira para crianças, publicado no ano de morte de Cecília Meireles (1901-64), ganha novas ilustrações, por Odilon Moraes











Sobre a escritora:

Cecília Benevides de Carvalho Meireles (
1901 - 1964) carioca da Tijuca, foi  poetisa, pintora, professora e jornalista.  É considerada uma das vozes líricas mais importantes das literaturas de língua portuguesa.

Aos nove anos começou a escrever poesia. Frequentou a
Escola Normal no Rio de Janeiro, de 1913 e 1916, estudou línguas, literatura, música, folclore e teoria educacional.

Em
1919, aos dezoito anos de idade, Cecília Meireles publicou seu primeiro livro de poesias, Espectros, um conjunto de sonetos simbolistas. Embora vivesse sob a influência do Modernismo, apresentava ainda, em sua obra, heranças do Simbolismo e técnicas do Classicismo, Romantismo, entre outros, razão pela qual a sua poesia é considerada atemporal.

Teve ainda importante atuação como
jornalista, com publicações diárias sobre problemas na educação, área à qual se manteve ligada, tendo fundado, em 1934, a primeira biblioteca infantil do Brasil

Seus poemas infantis não ficam restritos à leitura infantil, permitindo diferentes níveis de leitura.

Após sua morte, recebeu como homenagem a impressão de uma cédula de 100 Cruzados Novos lançada pelo Banco Central do Brasil no Rio de Janeiro. Em 1989, foram mudadas para 100 Cruzeiros, quando da troca da moeda pelo governo de Fernando Collor.




Cecília Meireles em Lisboa. Desenho de seu primeiro marido, Fernando Correia Dias


Serviço

Ou isto ou aquilo - Cecília Meireles

Ilustração: Odilon Moraes
 
Direção: Nova Fronteira

66 págs. - R$ 42,00

Ídioma: Português