Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

29 de junho de 2013

Quadrilha de Carlos Drummond de Andrade



Tucanos - Acrílica com lona de caminhão - Aline Hannun 


Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o
convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto
Fernandes
que não tinha entrado na história.


Carlos Drummond de Andrade






28 de junho de 2013

Uma Hora e Mais Outra - Marina Rheingantz

 
Costela de Adão - Óleo sobre tela - 180 x 250 cm - 2013

A jovem pintora Marina Rheingantz apresenta a exposição Uma Hora e Mais Outra.

Uma Hora e Mais Outra
, individual cujo título cita Carlos Drummond de Andrade, reúne quinze telas da pintora. Alguns dos trabalhos foram realizados a partir de fotografias.

A artista plástica Marina Rheingantz, 26, aceitou o convite para pintar a óleo --mas sobre o papel, um mudança da habitual tela.

 
'Crossroads' - Marina Rheingantz

"A experiência foi muito boa. Pela primeira vez, fiz um retrato. No geral, gostei muito", conta Marina. Diferente do seu cotidiano, quando a pintura é produzida livremente em seu ateliê, a artista teve de lidar com o fato de ter uma pauta, um tema pré-definido, e também com o prazo de entrega dos trabalhos.

"No final, facilitou a questão da escolha/dúvida do que pintar. A única coisa que achei mais difícil foi o tempo. Geralmente, o meu trabalho é bem devagar, uma pintura pequena pode demorar uma tarde, ou um mês. Uma pintura grande pode demorar uma semana ou um ano. Não tenho um tempo para terminar. O trabalho vai acontecendo".
 
'Romã' - óleo sobre tela -  Marina Rheingantz

Marina estudou artes plásticas, mas decidiu-se pela pintura já no final da sua formação. Dividiu por dois anos um ateliê com um outro artista, e agora tem o seu próprio, em Perdizes, na zona oeste de São Paulo. Tem trabalhos em exposição na coletiva "Vistas a perder de vista", na Galeria Penteado, em Campinas (SP).

"Meu projeto atual é ir todos os dias para o ateliê, e trabalhar. E, projetos futuros, continuar trabalhando."

Serviço
 
Uma Hora e Mais Outra - Marina Rheingantz

Quando: Até 27/07 - De terça a sexta, 10h às 19h; sábado, até 18h
 
Onde: Galpão Fortes Vilaça - R. James Holland, 71, Barra Funda, SP. Tel.: (11) 3392 3942


 

27 de junho de 2013

A importância do bronze nas artes plásticas



Detalhe em bronze da escultura em cerâmica "Palhaço Damião" - Aline Hannun

O bronze é o mais popular metal com que se fundem esculturas, a ponto de qualquer escultura de metal frequentemente ser chamada de bronze.
 
Trata-se de uma liga metálica constituída de aproximadamente 85% de cobre, 10% de estanho e o restante de chumbo, tem a propriedade de se expandir enquanto resfria, ressaltando todos os detalhes do molde. As grandes civilizações da antiguidade começaram a utilizar o bronze para a arte ao mesmo tempo que para a fabricação de armas como espadas e lanças.
 

Escultura cabeça de bronze Yoruba, Ife, Nigéria

Pequenas estátuas de bronze foram feitas em larga escala pelos egípcios, muitas delas sobrevivem nas coleções dos museus. Os gregos foram os primeiros a fundir estátuas de bronze de grande tamanho, existindo alguns poucos exemplares em bom estado. Os romanos nos deixaram uma quantidade maior, algumas obras admiráveis, como a Estátua equestre do Imperador Marco Aurélio, em Roma.
 

Estatua equestre do imperador Marco Aurélio

Foi a partir da Renascença, quando o uso da pólvora demandou que fundissem canhões cada vez maiores, que as estátuas de bronze começaram a ganhar refinamento e tamanho, seja com obras como o Perseu segurando a cabeça da Medusa, de Cellini, ou a estátua equestre do Gattamelata de Donatello.
 

Estátua equestre do Gattamelata de Donatello
 

Daí em diante, vencidas as limitações técnicas, apareceram obras cada vez mais refinadas ou maiores, como a Porta do Inferno de Rodin ou as milhares de estátuas de cidadãos ilustres que ornam a maioria das capitais do mundo todo.


Porta do Inferno - Musée Rodin.

Existem alguns processos de se fundir um bronze, mas certamente o mais utilizado sempre foi o método da cera perdida, onde o artista começa fazendo um modelo da obra em tamanho real, em argila.
 
A partir desse modelo, confecciona-se um molde com material próprio. Desse molde primeiro tira-se uma cópia em material vulgar, como gesso ou outro material plástico, que será a primeira visão da obra e muitas vezes é utilizado para convencer patrocinadores a financiar a produção da peça em bronze.

Algumas peças que não chegaram a ser fundidas ficaram famosas, como o Cavalo de
Leonardo, usado como alvo de flechas dos soldados franceses.


O Cavalo de Leonardo, usado como alvo de flechas dos soldados franceses.

É aplicada uma camada interna de cera no molde, como se fosse a casca de uma laranja, que será substituída pelo metal, na hora da fundição, daí o nome do processo. Reforços estruturais são adicionados aumentando a camada de cera em alguns pontos ou colocando-se pedaços do mesmo material. Preenchem então o espaço interior restante no molde para não gastar muito bronze e deixar a peça mais leve.
 
O conjunto do molde é então reforçado externamente para que não se rompa durante a fundição. Verte-se então o metal fundido, cuidando de deixar um caminho por onde saia a cera derretida.

Após um período de resfriamento, é feita desmoldagem e correção de pequenos defeitos de
fundição e a peça vai ao acabamento final.

Após o polimento aplicam materiais corrosivos para oxidar a peça e formar uma
pátina que protege e da a cor final da obra, ao gosto do artista.
 
Aproveito a matéria que esclarece o processo da fundição do bronze para mostrar algumas peças de escultura que produzi utilizando somente o bronze e o bronze associado a cerâmica.
 
Escultura "Ciclista Amadeu" - cerâmica, madeira e bronze - Aline Hannun
 

Detalhe em bronze da escultura "Ciclista Amadeu" 
 

Escultura "Palhaço Damião" em cerâmica e bronze - Aline Hannun
 

Detalhe em bronze da escultura "Palhaço Damião".
 
Escultura "Malabarista Bárbara" em bronze - Aline Hannun
 
 
 
 

 

 
 
 

26 de junho de 2013

'Seis Séculos da Pintura Chinesa' na Pinacoteca S.P.





Imagem da exposição 'Seis Séculos da Pintura Chinesa'

A Pinacoteca apresenta a exposição “Seis séculos de pintura chinesa – Coleção do Musée Cernuschi, Paris”.

Exibida pela primeira vez no Brasil, a mostra reúne 120 pinturas realizadas por importantes artistas da China Imperial e Republicana, bem como artistas chineses que depois dos anos 1930 foram para o Ocidente e escolheram Paris como lugar de formação.

Fundado em 1898, o Musée Cernuschi é um dos mais antigos e importantes museus de arte asiática na França, cujo acervo foi constituído a partir de obras adquiridas pelo economista Henri Cernuschi (1821-1896). Esta é a primeira vez que a Coleção é apresentada no Brasil e constitui-se numa oportunidade única de conhecer a história da pintura na China, os estilos e as tradições que se articularam ao longo dos séculos, assim como seus desdobramentos no século XX.

Como parte da exposição, o curador da mostra Eric Lefebvre participou de uma palestra no auditório da Pinacoteca onde contou a história do Musée Cernuschi e o processo de formação da coleção. A mostra ainda conta com um catálogo digital com reprodução das obras, textos historiográficos sobre a coleção, cronologia e  a documentação bibliográfica.
  
 
 
 
Convite “Seis séculos de pintura chinesa – Coleção do Musée Cernuschi, Paris”

A exposição está dividida cronologicamente em seis espaços. A sala Ming reúne trabalhos realizados durante a Dinastia Ming (1368-1644). Entre os destaques estão doze leques com desenhos e caligrafias realizadas por Wen Zhengming (1470-1559).
 


Árvore de bambu e rochedo, leque de Wen Boren

Na sala Dinastia Qing, (1644-1911), teremos paisagens de Xu Zhang (1694-1749), Gao Qipei (1672-1734), entre outros.

 


Tigre pendurado - tinta s. papel - Gao Qipei - Dinastia Qing.
 
A escola Epigrafia reúne trabalhos de Qi Baishi (1863-1957), DING Yanyong (1902-1978).
 

 
Lotus & Dragonfly - Qi Baishi
 
Nas últimas salas, Descobrindo o Oeste e Renascimento da Paisagem o público poderá conhecer trabalhos dos anos 1930, 1940 e 1950.
 
Completa a mostra o vídeo, O Renascimento de duas pinturas que narra a história e o processo de conservação da pintura chinesa. 
 
Serviço

Seis séculos de pintura chinesa - Coleção do Musée Cernuschi, Paris

Onde: Pinacoteca do Estado de São Paulo - Praça da Luz, 2 - Luz - Centro - Fone - (11) 3324-1000
 

Quando: Até 04/08 - Terças, quartas, sextas, sábados e domingos das 10:00 às 17:30h
Quintas das 10:00 às 21:30h 
 
Quanto: R$ 6,00

http://www.pinacoteca.org.br



 

 

25 de junho de 2013

Flipinha - Festa Literária Internacional de Paraty


 
Roger Mello e Eva Furnari, mostram resultado da criação coletiva durante a Flipinha, em Paraty
 
Flipinha apresenta Graciliano Ramos para crianças

As obras do escritor Graciliano Ramos, autor de Vidas Secas, vão ser apresentadas para crianças na próxima edição da Flipinha. A versão infantil da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) acontece no próximo mês, entre os dias 3 e 7.

"Os autores convidados vão falar de sua relação com os livros do Graciliano e ler alguns trechos das obras para as crianças", conta Gabriela Gibrail, curadora da Flipinha.

O evento traz ainda outras atrações para crianças. Pela primeira vez desde que foi criada, em 2004, a Flipinha terá eventos infantis em um dos palcos principais. "Teremos mesas na Casa da Cultura, onde acontece parte da Flip dos adultos".
  

Tocadora de realejo tira a sorte das crianças na Flipinha

Entre as atrações infantis que estarão no palco principal está um encontro com os escritores Ricardo Azevedo e Braulio Tavares, que falarão sobre cultura popular.

"Essa é outra característica da Flipinha. Os escritores são profissionais que também atuam em outras áreas. O Ricardo é um grande pesquisador da cultura popular", diz Gabriela.

Oficina de confecção de máscaras que acontece durante a Flipinha

Além dele, a diretora de teatro Karen Acioly o grafiteiro Meton Joffily e a cantora Adriana Calcanhotto (que lançou um livro infantil) também participarão do evento. "A Adriana vem como escritora. Não está previsto um show. O foco é a literatura."
 
 
Adriana Calcanhotto e Vik Muniz parceria em livro infantil
 
Sobre o livro Melchior, o Mais Melhor
 
Ao idealizar o seu primeiro livro infantil, Melchior, o Mais Melhor, o consagrado artista plástico Vik Muniz logo pensou no nome da cantora Adriana Calcanhotto para assinar as ilustrações. “Assim como eu, ela tem ligação forte com o universo infantil”, diz ele. A obra, que já foi lançada, fala sobre um menino que queria ser o melhor. “Me inspirei em meu filho Gaspar, que, quando criança, sempre queria impressionar. Na época, inventei a história para mostrar que ser o melhor não era o mais importante”, explica Vik Muniz.

Adriana também falou da alegria com o trabalho. “Desenhar meninos é uma das minhas paixões. Sempre observo como se mexem, correm”, comenta, após autografar para Conrado, herdeiro de Carlos Bonow, e Manuela, filha de Du Moscovis.
 
Para mais informações sobre a programação acessem o site.
 
 

 



 


24 de junho de 2013

Um pouco sobre Mosaico


 
M. C. Escher - gravuras

A palavra mosaico tem origem na palavra alemã mouseen, a mesma que deu origem à palavra música, que significa próprio das musas. É uma forma de arte decorativa milenar, que nos remete à 1438, na época greco-romana, quando teve seu apogeu. Foram utilizados na sua elaboração diversos tipos de materiais com diferentes aplicações através dos tempos.

Também são exemplos de mosaico o calçadão de Copacabana, a disposição dos pisos e azulejos de uma casa, até mesmo algumas gravuras do artista holandês M. C. Escher que tratam do preenchimento do plano. Hoje, entre as principais figuras do mosaico contemporâneo, destacam-se Marcelo de Melo (Brasil), Sonia King (Estados Unidos) e Emma Biggs (Reino Unido).




Lucio Fontana


 
Marcelo de Melo

Como artista plástica e curiosa que sou, interesso-me por todo o tipo de arte e fiz alguns trabalhos em mosaico que seguem abaixo.
 
 
Parede de lavabo com o mosaico incrustado e faceado dando aspecto de envelhecimento. Aline Hannun




Balcão de churrasqueira com aplicação de mosaico sobreposto - Aline Hannun
 

 

 

 

 

21 de junho de 2013

Aquarelas de Salvador Dali em Londres


Aquarelas do artista espanhol Salvador Dali


Aquarelas com frutas humanizadas de Dalí são leiloadas em Londres por R$ 2 milhões

Aquarelas do pintor espanhol Salvador Dalí (1904-1981), com temas de frutas com tons cômico, bizarro e erótico, se separaram nesta última terça-feira pela primeira vez ao serem arrematadas em um leilão em Londres por vários compradores, que pagaram um total de 726 mil libras (R$ 2,4 milhões).

A série de 14 trabalhos do gênio surrealista foi o centro das atenções no leilão da casa Bonhams, que reuniu joias impressionistas e modernas que incluíram obras de Auguste Rodin, Pablo Picasso e Henri Matisse, entre outros.

Definidas como "sinistras e eróticas" pela casa de leilões, as aquarelas de Dalí, realizadas sob encomenda em 1969 e que se ofereciam pela primeira vez ao público, mostram diferentes frutas humanizadas pelas mãos do pintor, que lhes deu movimento humano e brincou com suas formas para insinuar a presença de órgãos sexuais. 

 
Imagens de duas das 14 aquarelas pintadas por Salvador Dalí (1904-1981) com o tema de frutas humanizadas. Obras 'Grapefruit Erótico' e 'Ameixa Apressada'.

"Elas nunca foram vistas antes em leilão e mostram a capacidade de Dalí de humanizar os objetos, uma técnica que mostra seu talento para ver coisas em lugares onde ninguém mais olhava", disse William O'Reilly, especialista da Bonhams em impressionismo.

Ameixas, pêssegos, amoras, morangos e outras frutas aparecem na série de aquarelas compondo cavaleiros medievais ou abertas, com sua polpa aparente, em cenas em que, às vezes, o pintor espanhol inclui personagens literários, como Dom Quixote.

As obras permaneceram na coleção privada de um único dono até pouco tempo, quando finalmente se separaram para ser adquiridas por vários colecionadores privados internacionais, cuja identidade não foi revelada, pelo total de 726 mil libras.


Sobre o leilão

Apesar de todas começarem com preço inicial entre 40 mil e 60 mil libras (entre R$ 135 mil e R$ 202 mil), o leilão obteve resultados diferentes entre elas, e só a primeira obra conseguiu superar a estimativa máxima.

Ameixa apressada se tornou exceção ao conseguir um preço final de 91.250 libras (R$ 308 mil), enquanto no outro extremo ficou  Grapefruit erótica, que foi vendida por 37.250 libras (R$ 125 mil), abaixo do preço estimado.

As demais obras oscilaram entre 32 mil e 55 mil libras (R$ 108 mil e R$ 186 mil) em um leilão que permitiu aos compradores darem seus palpites de forma presencial, por telefone ou pela internet.

De acordo com a Bonhams, em todos esses trabalhos de Dalí pode se apreciar como os desenhos seguem as diretrizes daqueles empregados na ciência botânica do século 19, o que faz com que as aquarelas tenham reminiscências de ilustrações científicas.

O gênio surrealista pintou a série em 1969 por encomenda do editor Jean Schneider na Basileia (Suíça), e as obras não foram expostas ao público até novembro de 2000, quando seu proprietário as mostrou na galeria Orangerie-Reinz, na cidade alemã de Colônia.

 
 
 
 
 

18 de junho de 2013

Antiguidade Clássica - Arte Grega


 
 
Arte na Grécia Antiga
 
A cultura e a arte minóica desenvolveu-se na ilha grega de Creta. Nas pinturas dos murais as cores diversificadas mostram-se fortes e vivas. Desenhos de touros, imagens abstratas, símbolos marinhos e animais ilustram a cerâmica.


Vaso grego do século V a.C., com figura de um cantor.

O período clássico da arte grega é a época de maior expressão da arte grega. A natureza é retratada com equilíbrio e as formas aproximam-se da realidade. A perspectiva aparece de forma intensa nas pinturas gregas deste período.

Arquitetura Grega
 
Um dos templos gregos mais conhecidos é a Acrópole de Atenas, que foi construído no ponto mais alto da cidade, entre os anos de 447 a 438 a.C. Além das funções religiosas, o templo era utilizado também como ponto de observação militar. As colunas deste templo seguiram o estilo arquitetônico dórico.



Acrópole de Atenas


Templo de Zeus

Nas esculturas de bronze e mármore, destacam-se a harmonia e a realidade. Os principais escultores são Mirón, Policleto, Fídias, Praxíteles. A arquitetura e a ornamentação de templos religiosos, como o Partenon, a acrópole de Atenas e o templo de Zeus na cidade de Olímpia mostram força e características expressivas.

A arquitetura grega antiga pode ser dividida em três estilos:

Coríntio: pouco utilizado pelos arquitetos gregos, caracterizava-se pelo excesso de detalhes. Os capitéis das colunas eram, geralmente, decorados com folhas.

Dórico: estilo com poucos detalhes, transmitindo uma sensação de firmeza.

Jônico: este estilo transmitia leveza, em função dos desenhos apresentados, principalmente nas colunas das construções. Outra característica deste estilo era o uso de base circular.

Exemplos de construções da Grécia Antiga:



Tempo de Ártemis em Éfeso



Farol de Alexandria 



Colosso de Rodes

A escultura na Grécia

A escultura devia representar uma ideal de harmonia, equilíbrio e racionalidade. As obras eram caracterizadas pelo movimento, a serenidade, e a expressividade. Os gregos davam uma grande importância à figura humana, à representação do nu e à escala humana nas estátuas. As estátuas tinham rigor técnico, corretas noções de anatomia e regras geométricas - representavam a figura humana à proporção da realidade. A temática mais usada foi a religiosa, principalmente, representações de deuses e deusas. Cenas do cotidiano, mitos e atividades esportivas principalmente relacionadas às Olimpíadas também foram abordadas pelos escultores gregos.



No período helenístico, ocorre a fusão entre as artes grega e oriental. A arte grega assume aspectos da realidade, fruto do domínio persa. Nas esculturas verifica-se dramaticidade e as formas decorativas em excesso. Entre as obras mais representativas deste período estão: Vitória da Samotrácia , Vênus de Milo e o templo de Zeus, na cidade de Pérgamo.



Vitória da Samotrácia
 


Vênus de Milo

A pintura na Grécia Antiga

A pintura, na Grécia antiga, foi em geral associada a outras formas de arte, como a cerâmica, a estatuária e a arquitetura. Ao contrário do caso da pintura cerâmica, restam pouquíssimos exemplos de pintura mural ou de painel, e a maior parte do que se sabe sobre esta forma de expressão plástica deriva de fontes literárias antigas e algumas cópias romanas.

A pintura mural

A história recorda apenas poucos nomes de pintores do período arcaico, como Cleantes de Corinto, Boularcos e Cimon, mas só podemos especular como teria sido a sua produção.

Alguns vestígios da pintura daquele período são encontrados em murais de Ístmia, em métopes* de Thermon e em algumas placas de madeira e cerâmica encontradas em Corinto e Atenas, e traem a influência da arte egípcia e asiática, mantendo uma similitude com as técnicas de pintura em vasos.

*Métope: Intervalo entre os tríglifos de um friso dórico, coberto por placa de mármore ou ornado com florões.



Mural etrusco na Tumba dos Touros, Tarquinia, século VI a.C.

A arte mural etrusca desta época deve muito à arte grega, mas mesmo desenvolvendo-se em linhas próprias é uma fonte de informação preciosa para o conhecimento da pintura grega arcaica.

Obras mais significativas só sobrevivem a partir do século V a.C., quando a pintura mural adquire independência da pintura cerâmica e abandona seu caráter eminentemente gráfico passando para um tratamento de fato pictórico das superfícies, com emprego de vivos efeitos de pincel, manchas de cor com gradações de tons e veladuras. Destacam-se os murais realizados em uma tumba de Paestum, na Itália, por um artista desconhecido, e hoje preservados no Museu Arqueológico de Paestum, revelando um bom conhecimento de anatomia e um desenho habilidoso, com olhos em perfil e elementos paisagísticos.



Afresco em Paestum, com cena de banquete, século V a.C.

Nesta fase outros artistas deixaram seu nome na memória dos pósteros, como Polignoto, o mais importante do período clássico, afamado pela boa caracterização fisionômica e vivacidade de seus retratos. Também tiveram notoriedade Mícon, irmão de Fídias, e Panaios, estes últimos produzindo em conjunto uma cena da batalha de Maratona. Agatarcos introduziu inovações na perspectiva e Apolodoro aperfeiçoou a realização das luzes e sombras.


 
 
 
 
 
 

17 de junho de 2013

A origem da festa junina - Manifestação de arte


Origem da Festa Junina 

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.

De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período
colonial - época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal.

Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da
França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.

Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros -
indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus - nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
  


Obras da artista naif Aracy

Festas Juninas no Nordeste 

Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.

Santo António de Lisboa, S. João Baptista e S. Pedro Apóstolo

Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.

Comidas típicas

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, curau, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos. 


Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.


Tradições 

As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança da Quadrilha. Os balões (movidos a ar quente, com tochas acesas) fizeram parte, por décadas,desta tradição,mas hoje, em função das leis que proibem esta prática, sobrevivem apenas como elementos decorativos nos locais das festas. No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para os festeiros.


Já na região Sudeste é tradicional a realização de quermesses, realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Nas quermesses há  barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.

Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o pãozinho de Santo Antônio. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca haja falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.

Quermesse

Curiosidades sobre as Festa Junina no Brasil

A Festa Junina tem suas origens na cultura europeia da época da Idade Média. Foi trazida para o Brasil pelos colonizadores portugueses, porém sofreu várias adaptações em nosso território, onde foram incorporadas tradições brasileiras.

Para cada santo há um tipo de fogueira diferente. Na fogueira de São João as madeiras são colocadas em formato de cone. Na fogueira de Santo Antônio, as madeiras são colocadas em formato de quadrado. Já na fogueira de São Pedro, as madeiras ficam na posição de triângulo.

As canções de Luiz Gonzaga (O Rei do Baião) são as mais tocadas nas Festas Juninas brasileiras.

A Festa Junina é a segunda mais importante festa popular brasileira da cultura brasileira (fica atrás somente do Carnaval).

A região Nordeste do Brasil é a que mais comemora a Festa Junina.
 
A quadrilha é um dos destaques da Festa Junina no Brasil. Esta dança surgiu como uma forma de agradecimento aos três santos católicos (São João, São Pedro e Santo Antônio) pela colheita realizada.

A maior Festa Junina do Brasil ocorre na cidade paraibana de Campina Grande, reunindo milhares de pessoas todos os anos.

Antigamente, imagens dos três santos católicos da Festa Junina eram pintadas em bandeiras e espalhadas pelos locais da festa. Com o tempo, estas bandeiras foram transformadas em bandeirinhas, que até hoje são usadas para decorar os ambientes das festas.

As roupas típicas da Festa Junina estão relacionadas ao modo de se vestir dos habitantes da zona rural de décadas atrás.

A fogueira, símbolo marcante das festas juninas, é uma tradição de origem pagã, que servia para comemorar o solstício de verão no hemisfério norte.
 
Os instrumentos musicais mais utilizados para acompanhar as músicas das festas juninas são: violão, viola, triângulo, sanfona, zabumba, pandeiro e cavaquinho.