Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

31 de janeiro de 2014

Vida e obra de Gian Lorenzo Bernini

Baldaquino da basílica de São Pedro em Roma - Gian Lorenzo Bernini 
 
Um dos pioneiros da arte barroca, juntamente com seu rival Francesco Borromini, Bernini é autor de inúmeras obras célebres, entre as quais se destaca o baldaquino da basílica de São Pedro em Roma.

Escultor, arquiteto e pintor italiano, Gian Lorenzo Bernini nasceu em Nápoles em 1598. Estudou em Roma com o pai, também escultor, e em 1616 já dava mostras de seu talento no grupo "Enéias, Anquises e Ascânio fugindo de Tróia". 
 
 
Enéas, Anquise e Ascânio" - Gian Lorenzo Bernini - 1619 - está exposta na Galleria Borghese, museu em Roma, Itália.

As primeiras esculturas de Bernini já eram altamente revolucionárias pelo movimento, os valores tácteis e a expressão dos rostos.

Por encomenda do cardeal Borghese, realizou várias obras num estilo independente que representava uma reação contra os conceitos da estatuária renascentista então em voga.

Entre esses trabalhos destacam-se "David lançando a pedra" (1619), "O rapto de Prosérpina" (1621) e "Apolo e Dafne" (1623), hoje na Galleria Borghese, em Roma.
 
"David lançando a pedra" -  auto-retrato - 1619

"David", retratado no ato de lançar a pedra, tem o mérito de envolver o espectador na ação, característica que marcou outras obras de Bernini.

Matteo Barberini, eleito papa em 1623 com o nome de Urbano VIII, foi o maior patrono de Bernini. Durante seu pontificado, o artista criou o baldaquino de São Pedro (1624), as fachadas da igreja de Santa Bibiana e do palácio Propaganda Fide (1627), o projeto dos campanários da basílica de São Pedro.
 
Fachada da Igreja Santa Bibiana 

Da mesma época datam inúmeros túmulos e fontes, como a da Barcaccia, na Piazza di Spagna, em Roma. Além disso, pintou, fez gravuras e escreveu para o teatro.

Em 1644 morreu Urbano VIII, que foi sucedido por Inocêncio X. Bernini perdeu seu privilegiado lugar no Vaticano para o rival Borromini. Estava então trabalhando no grupo "A verdade descoberta pelo tempo", em alusão à injustiça das perseguições que lhe foram movidas, mas que ficou inacabado.

Em 1647 Bernini completou, na capela Cornaro da igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma, o "Êxtase de Santa Teresa", um dos pontos altos da escultura barroca.
 
"Êxtase de Santa Teresa".
 
Pouco depois reconciliou-se com o novo papa, que lhe encomendou a "Fonte dos quatro rios" (1648-1651), peça central da Piazza Navona, também em Roma. Em 1656, já no pontificado de Alexandre VII, projetou a colunata da praça de San Pietro, a igreja de Sant'Andrea al Quirinale e a escada régia do Vaticano.
 
"Fonte dos quatro rios" - Piazza Navona

Na basílica de São Pedro há outras obras notáveis de sua autoria, como o túmulo de Urbano VIII (1628-1647), que mostra o papa sentado, o braço alçado em gesto de comando. Abaixo, ladeando o sarcófago de bronze, encontram-se duas virtudes em mármore branco, a Caridade e a Justiça. Por cima do sarcófago a figura da Morte parece escrever o nome de Urbano numa folha.
 
"O túmulo de Urbano VIII" - Basílica de São Pedro

Outro famoso túmulo é o de Alexandre VII (1671-1678), executado porém, em grande parte, por seus discípulos.

A fama do escultor e arquiteto ultrapassou as fronteiras da Itália. A convite de Luís XIV, Bernini passou algum tempo em Paris. Seus projetos para a fachada do Louvre não chegaram, no entanto, a ser executados. De sua estada na França só ficaram um busto de Luís XIV, vários desenhos e a estátua eqüestre do rei francês.

Em seus últimos anos Bernini restaurou a ponte do Castelo de Sant'Angelo (1667-1669), para a qual criou uma série de anjos amargos e dolentes.
 
"Ponte do Castelo de Sant'Angelo"
 
Bernini foi durante mais de dois séculos desprezado pelos acadêmicos e classicistas e considerado o melhor exemplo do mau gosto e da monstruosidade artística. Com a reabilitação do estilo barroco no século XX, voltou a ser reconhecido como um dos maiores escultores e arquitetos de todos os tempos.

De suas pinturas, conservam-se o "Martírio de são Maurício" (c. 1630), no Studio del Musaico, do Vaticano, e o auto-retrato na Galleria degli Uffizi em Florença.

Vitimado por uma apoplexia, Bernini morreu em Roma em 28 de novembro de 1680.
 
 
 
 
 
 

29 de janeiro de 2014

Esculturas curiosas pelo mundo



Quatro estranhas esculturas seguram os pilares de um hotel em Osaka, Japão
 
 
CURIOSAS ESTATUAS E ESCULTURAS PELO MUNDO
 

A curiosa escultura "Eyeless Head" (Cabeça sem olhos) fica na Praça Principal de Cracóvia, na Polônia.

 

Esta é considerada uma das piores estátuas de Cristo do mundo; fica na cidade de Eureka Springs, Estados Unidos.
 


Homem careca lança água pelos olhos em direção às vistas de uma ovelha. Amsterdã, Holanda.
 


"Planet' é uma escultura gigante de um bebê dormindo feita pelo artista britânico Marc Quinn. A obra está instalada no 'Gardens by the Bay', em Cingapura.



A versão desconfigurada da Estátua da Liberdade fica no Parque das Esculturas em Moscou, Rússia.



Estátua em homenagem ao escritor Franz Kafka, que fica no bairro judeu de Praga, República Tcheca.



"Le Pouce', uma estranha escultura de dedo polegar gigante. Paris, França



Curiosa estátua representado Buda, localizada no Monastério dos Dez Mil Budas em Hong Kong. 
 
 
Procurando a Utopia', escultura itinerante que mostra o próprio criador da obra, Jen Fabre, montado em cima de uma tartaruga gigante.
 


Assistam ao vídeo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 



 

18 de janeiro de 2014

Osho, em "Corpo e Mente em Equilíbrio"




"Fico doente com muita facilidade e acho que isso tem relação com o fato de me esforçar demais. Quando isso acontece, não me sinto mais conectado ao meu centro e o corpo adoece."


Todo mundo tem de entender o funcionamento do próprio corpo. Se está tentando fazer algo
além do que o seu corpo pode tolerar, mais cedo ou mais tarde ficará doente.

Existe um limite para o que você pode impingir ao corpo, então chega o momento em que ele não aguenta mais. Pode estar trabalhando demais. Para as outras pessoas, pode não parecer que você está trabalhando tanto, mas isso não interessa. O seu corpo não aguenta tanto esforço, você
tem de descansar.

E o resultado final será o mesmo. Em vez de trabalhar por duas ou três semanas e depois descansar durante um período equivalente, trabalhe por seis semanas seguidas, mas reduza o esforço pela metade... É
simples aritmética.

E é muito perigoso trabalhar demais porque pode prejudicar muitas coisas frágeis no corpo - você se sobrecarrega de trabalho e depois
fica exausto, deprimido, se joga na cama e se sente mal com relação a todas as coisas.

Reduza o ritmo,
vá mais devagar em tudo o que fizer. Por exemplo, pare de andar do jeito que anda. Ande devagar, respire devagar, fale devagar. Coma devagar: se você costuma levar 30 minutos para fazer uma refeição, leve 40 minutos. Tome banho devagar: se está acostumado a tomar banho em 10 minutos, prolongue o banho por 30 minutos.

Não estou falando apenas de seu lado profissional. Nas 24 horas do dia,
tudo tem de ser reduzido, o ritmo tem de voltar para o mínimo, para a metade. Tem de ser uma mudança em todo o padrão e estilo de vida.

Fale mais devagar, leia mais devagar, pois a mente tende a fazer tudo de uma determinada maneira. A pessoa que trabalha muito lê rápido, fala rápido, come rápido - é uma obsessão. Seja lá o que estiver fazendo, ela o fará rapidamente,
mesmo quando não houver necessidade. É o seu mecanismo automático e passa a ser uma característica quase inerente.

Pare com isso. De hoje em diante, reduza tudo pela metade. Levante-se devagar, ande devagar. E isso também
lhe dará uma consciência maior, pois, quando fizer alguma coisa mais lentamente, ficará alerta ao que está fazendo. Quando move a mão depressa, faz o movimento de forma mecânica.

Se quiser ir mais devagar, terá de fazer isso conscientemente. Não é uma questão de falta de capacidade, é uma questão de ritmo. Cada pessoa possui
seu próprio ritmo e tem de se movimentar de acordo com ele. Você pode trabalhar o suficiente obedecendo a esse ritmo, e acho até que poderá trabalhar mais. Depois que chegar ao seu ritmo certo, conseguirá fazer muito mais.

Seu trabalho não será febril, transcorrerá de um jeito muito mais suave e você será capaz de produzir mais. Existem pessoas que trabalham devagar, mas
essa lentidão tem suas qualidades. E, na verdade, são as melhores qualidades. A pessoa que trabalha rápido pode ser quantitativamente melhor. Consegue produzir mais, mas, qualitativamente, nunca será muito eficiente.

A pessoa que trabalha devagar faz as coisas com mais qualidade. Toda a energia dela flui numa dimensão qualitativa. A quantidade pode não ser grande, mas não é o importante. Se você puder fazer poucas coisas, mas bemfeitas, quase perfeitas, se sentirá muito feliz e realizado.
Não há necessidade de fazer muitas. Se conseguir até mesmo fazer uma única coisa que cause extremo contentamento, isso basta; sua vida estará preenchida.

Não existe o que as pessoas chamam de natureza humana. Existem tantas naturezas humanas quanto existem seres humanos, por isso não há critério. Uma pessoa corre velozmente, a outra anda devagar. Não se pode comparar as duas, porque estão separadas,
ambas são totalmente únicas e individuais. Portanto, não se preocupe com isso.

Essa preocupação
vem da comparação. Você vê que alguém está trabalhando duro e não precisa dormir, enquanto você faz uma só coisa e precisa ir para a cama. Por isso se sente mal, acha que não tem a capacidade que deveria.

Mas quem é essa outra pessoa e como é possível comparar-se a ela?
Você é você e ela é ela. Se ela for obrigada a diminuir o ritmo, pode ficar doente. Ela estará indo contra a natureza dela. O que você está fazendo é ir contra a sua natureza - portanto, fique atento à sua essência.

Sempre ouça seu corpo. Ele sussurra, nunca grita, porque não pode gritar. Ele transmite suas mensagens sussurrando. Se você ficar alerta, será capaz de entendê-lo. E o corpo tem uma
sabedoria só dele, muito mais profunda que a da mente.

O corpo ainda detém o controle de todas as coisas básicas. Só as
coisas inúteis foram atribuídas à mente: pensar. Pensar sobre filosofia, sobre Deus, sobre o inferno e sobre a política.

As funções
mais básicas - respiração, digestão, circulação do sangue - estão sob o controle do corpo, enquanto apenas os luxos foram dados à mente.

Ouça seu corpo e
nunca faça comparações. Nunca antes existiu alguém como você e nunca existirá. Você é absolutamente único - no passado, no presente e no futuro. Não é possível comparar-se com alguém e também não é possível imitar outra pessoa.

Osho, em "Corpo e Mente em Equilíbrio"

Imagem por stuartpilbrow

Publicado no blog palavras de Osho
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13 de janeiro de 2014

Museu Victoria & Albert planeja construir filial na Escócia



Museu Victoria & Albert planeja construir filial desenhada por Kengo Kuma na Escócia

Um dos maiores museus de design no mundo, o Victoria & Albert, em Londres, planeja abrir sua primeira filial fora da capital britânica e já encomendou um projeto ao arquiteto japonês Kengo Kuma para o novo edifício, que será construído em Dundee, na Escócia.

Cerca de R$ 36 milhões de um orçamento total de R$ 176 milhões já estão garantidos para a obra. De acordo com o diretor do museu, Philip Long, a filial do V&A em Dundee deve ser inaugurada no fim de 2016 ou em 2017.

Croquis do projeto já circulam na internet e mostram que o novo museu terá o formato da proa de um barco que se projeta sobre o rio Tay, que corta a cidade escocesa, e será estruturado em camadas de pedra e vidro.

Além de uma das maiores coleções de design do mundo, o V&A tem realizado em Londres uma série de mostras campeãs de bilheteria, como a exposição dedicada à obra do músico David Bowie, que virá ao Museu da Imagem e do Som de São Paulo no fim deste mês.


Sobre o Museu Victoria & Albert



O Victoria and Albert Museum ou V&A, em Londres, é o maior museu do mundo das artes decorativas e design, que abriga uma coleção permanente de mais de 4,5 milhões de objetos. Foi fundado em 1852, a origem de seu nome se deve à rainha Victoria e ao príncipe Albert. Localizado no distrito de Brompton do Royal Borough of Kensington e Chelsea, em uma área que se tornou conhecida como "Albertopolis" devido a sua associação com o príncipe Albert, o Albert Memorial e as principais instituições culturais com as quais ele foi associado, incluem o Museu de História Natural , o Museu da Ciência e do Royal Albert Hall. O museu é um orgão público patrocinado pelo Departamento de Cultura, Mídia e Esporte. À semelhança de outros museus britânicos nacionais, entrada para o museu é livre desde 2001.






10 de janeiro de 2014

"Passagem por Paris" obras modernistas em exposição no Masp


Banco de pedras do Asilo Saint Remy - Van Gogh

Pinturas de Paul Cézanne, Cândido Portinari, Van Gogh e Renoir levam público aos séculos 19 e 20

Fazer uma viagem à capital francesa dos séculos 19 e 20. Isso é o que propõe a exposição “Passagens por Paris“, que leva 51 obras-primas dos mais importantes artistas modernistas da época ao
Masp.


Retrato de Lunia Czechowska - Amedeo Modigliani

As obras foram produzidas entre 1866 e 1948 e todos os renomados pintores que fazem parte da mostra, como Paul Cézanne, Cândido Portinari, Van Gogh e Renoir, entre outros, viveram, produziram e passaram por Paris, cidade criativa antes mesmo que o termo existisse.



Duas mulheres em camisola - Toulouse Lautrec

Nos anos 1920, a expressão Escola de Paris veio a designar a arte imediatamente anterior e aquela logo posterior feita nessa cidade, farol do mundo cultural até que se impusesse outra “Escola”, a de Nova York, com uma arte abstrata em tudo oposta à de Paris que, porém, continuou a fascinar.

Àquela época Paris era considerada a capital do mundo e sua força criativa e inspiradora atraía (e ainda hoje atrai) artistas de todas as partes.


Madame Cézanne de vermelho - Paul Cézanne

O título da mostra inspira-se em uma citação de Walter Benjamin em seu ensaio “Paris, capital do século XIX”. Nele aparece a célebre menção às passagens e galerias comerciais levando de uma rua a outra, cheias de lojas atraentes, cenário singular da vida moderna, parte do mito da Cidade Luz.

A exposição traz em seu repertório o nascimento do moderno com o abandono do academicismo dominante, além da chegada do contemporâneo e do abstrato.


Rosa e Azul - Pierre Auguste Renoir  

Serviço

"Passagens por Paris"
no Masp

Quando: Em cartaz por tempo indeterminado. Às terças, quartas, sextas, sábados e domingos das 10:00h às 18:00h, às quintas das 10:00h às 20:00h.


Quanto: R$ 15,00 (inteira), R$ 7,00 (meia-entrada) às quartas, quintas, sextas, sábados e domingos

Onde:
Masp - Museu de Arte de São Paulo - Av. Paulista, 1578 - Cerqueira César - Centro
S. P. - (11) 3251-5644 - Estação Trianon-Masp (Metrô - Linha 2 Verde).

http://www.masp.art.





9 de janeiro de 2014

Festival de esculturas em gelo e neve da China



O festival é competitivo e recebe artistas de diferentes países

Todos os anos, em janeiro, a cidade de Harbin, nordeste da China, recebe o Festival Internacional de Escultura em Gelo e Neve na qual diversos artistas constroem castelos e esculturas de gelo e neve, que recebem iluminação durante a noite.

Durante o evento, os visitantes podem andar pelas construções, que além da riqueza de detalhes, impressionam pelo tamanho.



Em 2007, uma obra do festival foi considerada a maior escultura de neve do mundo pelo Livro Guinness dos Recordes com 250 metros de comprimento e 8,5 metros de altura. A escultura é uma releitura das Cataratas do Niágara, no Canadá.



O festival acontece desde 1963 e foi interrompido durante a Revolução Cultural Chinesa e retomou as atividades em 1985. As temperaturas na cidade podem chegar a – 20ºC.
 
Assista um pequeno trecho do vídeo mostrando os escultores trabalhando











7 de janeiro de 2014

Stanley Kubrick no MIS - últimos dias



O MIS apresenta Stanley Kubrick, inédita na América Latina.
 
Realizada em parceria com a Mostra Internacional de Cinema, a exposição reúne a singularidade das obras e influências do diretor na trajetória do cinema mundial a partir de centenas de documentos originais, como materiais em áudio e vídeo e diversos objetos de cena, documentos e fotos utilizados em seus longas-metragens.

Stanley Kubrick é dividida em dezesseis ambientes apresentados em uma expografia inovadora concebida e adaptada pela direção do MIS, que proporciona uma experiência multisensorial inédita.



Nascido em 1928 em Nova York, Kubrick é autor de grandes clássicos do cinema, e reconhecido pelas inovações técnicas, diversidade e riqueza dos temas apresentados ao longo de sua carreira como fotógrafo, diretor, roteirista e produtor. Mesmo antes de começar a fazer filmes, enquanto trabalhava como fotógrafo para a revista Look na década de 1940, Kubrick demonstrou virtuosismo em suas composições, que caracterizaria suas realizações como um dos diretores mais inovadores entre as décadas de 1950 e 1990.

Mais do que trazer uma cronologia do artista, desde o início de sua carreira até os últimos filmes que concebeu, a exposição apresenta a singularidade de sua obra e suas influências em seções dedicadas aos clássicos como Lolita (1962), 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), Laranja Mecânica (1971) e O Iluminado (1980).
 


Além de produzir um catálogo exclusivo da exposição, o MIS é coeditor do livro Stanley Kubrick, de Michel Ciment (Cosac Naify), que foi lançado em outubro. Stanley Kubrick foi feita com recursos do Governo do Estado de São Paulo e conta com patrocínio do Itaú e da Sabesp.

Serviço

MIS - Exposição Stanley Kubrick

Última semana: até12/01/2014 de terças a sextas, das 12h às 21h; sábados das 10h às 22h; domingos e feriados das 11h às 20h

Quanto: R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia), à venda na recepção do MIS ou pelo site:
www.ingressorapido.com.br

Onde:
Museu da Imagem e do Som - MIS - Avenida Europa, 158 - Jardim Europa - S.P.

NOTA DE RODAPÉ: Neste último final de semana da mostra sobre Stanley Kubrick, a mostra terá horário estendido para visitação. Na sexta-feira (10) a exposição estará aberta das 12h até meia-noite. No sábado (11), o horário de visitas será das 10h às 3h do dia seguinte. E no domingo (12), último dia, a exposição reabre às 10h e se encerra às 23h.
 
Assista um pouco do documentário sobre a exposição 

 
 

6 de janeiro de 2014

CCBB de S. P. apresenta exposição de Art Pop

 
 
Aos leitores do blog, obrigada pelo prestigio em 2013, pelo interesse sobre as matérias, pelas dicas, críticas e principalmente pelo respeito ao meu trabalho.
2014 chegou e com ele muita fé e esperança em dias melhores, que mais crianças possam frequentar e aprender nas escolas e que tenhamos um tratamento de saúde digno para a população.
A criança respeitada hoje será um adulto mais consciente amanhã.
 
  
Falando em 2014, para começar bem o ano, nada como uma boa programação cultural.

 
MESTRES DA ART POP SERÃO EXPOSTOS EM S.P.
 
Depois dos impressionistas e renascentistas, que levaram filas imensas às portas do Centro Cultural Banco do Brasil, no centro de São Paulo, a próxima mostra do endereço pode ser pensada como um desfile das maiores estrelas da arte do século 20.
 
No fim de janeiro, o CCBB vai ser tomado por uma avalanche de arte pop, com obras dos americanos Andy Warhol, Jean-Michel Basquiat, Jasper Johns, Roy Lichtenstein e Robert Rauschenberg, os líderes do movimento que estourou nos anos 1960, e estrelas contemporâneas, como o alemão Gerhard Richter.

 
Robert Rauschenberg 
 
Querubins ensaiam um flerte angelical, brincando com um ursinho de pelúcia. Uma vitrine exibe esculturas de bolas de sorvete que nunca derretem --a banana split vista como Pietà. É como se os anjinhos de Jeff Koons e a sorveteria de Claes Oldenburg retratassem os vícios e virtudes da vida contemporânea.
 


Tela sem título pintada em 1984 pelos americanos Andy Warhol e Jean-Michel Basquiat

É um recorte de 74 obras da coleção do casal alemão Peter e Irene Ludwig, que juntos acumularam por volta de 20 mil peças hoje espalhadas por 12 museus mundo afora.

Só a seleção que vem a São Paulo está avaliada em cerca de R$ 500 milhões, e a mostra, orçada em R$ 4 milhões, vai exigir malabarismo logístico semelhante às últimas megaexposições no CCBB.

Mas em vez de Roma, como no caso dos renascentistas, ou Paris, com os impressionistas, as peças vêm de São Petersburgo, onde um museu recebeu uma doação de 300 obras dos Ludwig.



Peter e Irene Ludwig
 
Também nos mesmos moldes das mostras passadas, já está confirmada uma virada madrugada adentro na noite do vernissage, em 25 de janeiro, quando o museu ficará aberto sem interrupções desde a manhã de sábado até o fim da noite do domingo.

Isso porque leva tempo para ver as "maiores tendências" da arte do século passado, nas palavras de um dos curadores, Rodolfo Athayde.

Como o cubista Pablo Picasso nunca saiu da moda, a mostra inclui uma tela dele de 1969, feita quatro anos antes de sua morte. Exemplo tardio de sua produção, a peça não destoa do conjunto de obras pop e contemporâneas na exposição.
 

 
Le baiser - outono de 1969

Na tela, Picasso suaviza o cubismo que o consagrou ao mesmo tempo em que faz uma síntese nervosa entre estados de consciência, ou o retrato de um "mundo aos farrapos", nas palavras da curadora Evgenia Petrova, também à frente da mostra.

Gravitam em torno de Picasso uma série de peças que formam o "núcleo duro" da arte pop na exposição, entre elas um retrato de Peter Ludwig feito por Andy Warhol e uma enorme tela de Roy Lichtenstein, que retrata ruínas gregas e romanas no registro das histórias em quadrinhos.
 


Peter Ludwig por Andy Warhol

Famoso por replicar na pintura o pontilhado frágil da impressão dos gibis, Lichtenstein era obcecado por esses ícones da antiguidade e lastreava seu pensamento nesse rebaixamento da alta cultura para o universo pop.

Nessa mesma pegada, Rauschenberg misturou numa colagem signos do romantismo francês, como fragmentos de pinturas de Jean-Auguste Dominique Ingres, do século 19, com cadeiras e objetos banais do cotidiano.

 

The Turkish Bath of Ingres - 1967 de Rauschenberg

HOMENS E MULHERES

Mais adiante, uma tela de Warhol feita com seu discípulo, o grafiteiro Jean-Michel Basquiat, faz a ponte entre os pop norte-americanos e os neoexpressionistas alemães por sua rapidez e certa cacofonia intencional nos traços.

Na ala alemã está uma das obras mais poderosas da mostra --o painel de 48 retratos dos maiores pensadores da história do século 20 que Gerhard Richter construiu para a Bienal de Veneza em 1972.
 

 
48 Retratos de Gerhard Richter, óleo s/.papel  - 16X24 cm cada - 2011

Em chave hiper-realista, como se fossem fotografias, esses retratos de Richter, hoje o artista vivo mais caro do mundo, abriram a fase mais poderosa de sua obra que pensa a relação entre a técnica da pintura e a fotografia.

Também causaram polêmica por excluir as mulheres. Em contraponto, o austríaco Gottfried Helnwein, também na mostra, criou um painel com 48 retratos só de mulheres. Sua pintura monumental de uma menina, tela de seis metros de altura, ficará exposta no átrio do museu, como peça central da mostra.