Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

29 de abril de 2015

Música de pintura na idade de Caravaggio



Música de pintura na idade de Caravaggio

Esta exposição coloca em questão o que as pessoas "ouviram", quando olharam para pinturas de performances musicais de Caravaggio e seus contemporâneos? Não há dúvida que estas imagens tinham um componente aural intencional, bem como visual: música silenciosa é seu tema.
 
O período durante o qual as três pinturas em exibição na exposição - "Os músicos" de Caravaggio, "O alaúde jogador"  de Valentin de Boulogne e "Alegoria da música" de Laurent de La Hyre, quando criadas, testemunharam o nascimento da ópera e a promoção da voz solo interpretada por cantores profissionais, ao invés de amadores. Também testemunharam a criação de novos instrumentos que desafiaram a primazia do alaúde. A exposição mostra três pinturas com instrumentos musicais semelhantes aos descritos e um componente de áudio permite aos visitantes ouvir a música neles tocada. 

"Ouvindo pinturas" - Jayson Dobney, curador e administrador do departamento de Instrumentos Musicais do Metropolitan Museum of Art, NY
 


"Os músicos" - 1595 - óleo sobre tela -  92,1 x 118.4 cm - Caravaggio - Metropolitan Museum of Art, NY
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O Metropolitan Museum of Art possui grande variedade de artes visuais, convidando as pessoas a fazerem música. Estas imagens de músicos podem nos dizer muito sobre a vida musical no passado, mas o que exatamente foi a experiência dos espectadores contemporâneos quando viram estas obras? Certamente, familiaridade com os instrumentos descritos iria ter evocado música em suas mentes. Um exemplo moderno seria a utilização de uma guitarra em um anúncio de jeans azul e sua capacidade de trazer à mente uma balada de rock favorita.
 


"Alaúde" - Wendelin Tieffenbrucker - do final do século XVI - Museu Metropolitano de arte, NY. 


O instrumento mais proeminente nesta seleção de pinturas é o Alaúde. Considerado como o instrumento mais popular na Europa durante centenas de anos, o instrumento e original do Oriente Médio e apresentado ao público europeu no oitavo ou nono século.


Originalmente, o alaúde foi feito para tocar as cordas com uma palheta, mas no século XV, os tocadores do alaúde começaram a usar os dedos - como pode ser visto nas pinturas nesta galeria - que permitiu que aos tocadores executarem a música complexa, com várias partes. O instrumento tinha quatro ou cinco cursos de cordas de tripa, dobradas com duas cordas por nota, sintonizadas em oitavas ou em uníssono, que previa um som mais alto, mais ressonante. Mais cordas foram adicionadas mais tarde, e por volta do século XVI, o alaúde foi um proeminente instrumento solo.
 
O século XVII trouxe grandes mudanças nos estilos musicais, com cantores e violinistas. O alaúde passou a integrar o grupo de baixo contínuo - a linha de baixos e harmonias tonais para acompanhar solistas. Muitos  alaúdes foram adaptados para o novo estilo musical, como o belo alaúde retratado por Wendelin Tieffenbrucker de Pádua.
  


"Alegoria da música" - 1649 - Laurent de La Hyre - óleo sobre tela - 105.7 x 144.1 cm -  Metropolitan Museum of Art, NY.

Por volta de 1585, uma versão extremamente longo pescoço do baixo (grande Lira), apareceu em Florença. Na "Alegoria da música", a figura é vista fazendo a afinação do instrumento. O Museu tem um exemplo extraordinário feito em 1725 por David Tecchler que é conhecido como um archlute (instrumento de corda) romano. Esta instalação é uma rara oportunidade de ver a pintura e o archlute juntos, um emparelhamento que melhora muito o nosso entendimento de ambas as obras de arte. 

 


"
Archlute" - 1725 - Roma, Itália - ébano, marfim, carapaça de tartaruga, madrepérola e vários outros materiais - O Metropolitan Museum of Art, NY.



"Alaúde" - Wendelin Tieffenbrucker - Atribuído a Wendelin Tieffenbrucker 



Cornett - Século 17


Serviço


Exposição "Música de pintura na idade de Caravaggio"

Quando: Até 5 de abril de 2015

Onde: Edifício principal, 1000 Fifth Avenue (na rua 82), New York, NY
 
 
 





 
 
 
 

22 de abril de 2015

Oito grandes mostras que devem arrastar multidões aos museus em 2015



As filas nas portas dos museus foram uma constante em 2014. Um panorama que provavelmente deve se repetir neste ano, a começar pela trajetória da artista sérvia Marina Abramovic contada de forma imersiva no Sesc Pompeia. Além das obras, há programação de performances e uma visita especial por meio do ‘Método Abramovic’. A retrospectiva é apenas a primeira das grandes mostras que chegam a São Paulo em 2015.

Das famosas telas do espanhol Pablo Picasso à cinematografia do francês François Truffaut, pelo menos oito megaexposições prometem repetir o sucesso de público do ano passado – quando as obras de Salvador Dalí e Yayoi Kusama atraíram mais de 1 milhão de visitantes só ao Instituto Tomie Ohtake.
 
Seleção com oito grandes mostras que devem arrastar multidões aos museus em 2015.
 
 
O destaque do ano no MIS é a exposição da Cinemateca Francesa em homenagem ao cineasta François Truffaut (1932-1984), em julho. A programação inclui uma retrospectiva com as obras do francês, no Caixa Belas Artes. O museu também prevê mostras sobre Tim Burton, em 2016, e sobre Renato Russo, em 2017.

 
Com apoio do British Council, a Pinacoteca recebe telas da Tate Modern, de Londres. Em "Paisagens da Mente: Pinturas de Paisagens Britânicas" (1700- 1990), serão expostas obras de William Turner e John Constable (foto), entre outros.

 
Infelizmente, o Museu de Arte Moderna não vai mais receber o acervo latino-americano da Fundação Guggenheim. No entanto, entre os destaques do ano, está uma mostra de Alberto da Veiga Guignard (1896- 1962).

 
O Masp tem passado por reformas estruturais. Apesar de a agenda não estar oficialmente definida, o retorno ao projeto expográfico dos cavaletes de vidro de Lina Bo Bardi e uma mostra com o acervo do Foto Cine Clube Bandeirante estão entre os destaques do ano.

 
De 25/3 a 8/6, o CCBB fez uma homenagem a Pablo Picasso (1881-1973). São cerca de 100 obras do acervo do Museu Reina Sofía – a exposição apresenta obras de Picasso e trabalhos de outros modernistas espanhóis, como Joan Miró.

 
Sem ‘blockbusters’, o Museu de Arte Contemporânea da USP apresenta, desde 28/3, obras do fotógrafo Roger Baller e uma grande mostra de gravura com criações de Evandro Carlos Jardim e Oswaldo Goeldi (1895-1961).

 
Em julho, o CCBB de São Paulo abre a retrospectiva do pintor russo Wassily Kandinsky (1886-1944). A mostra reúne 156 peças – entre telas do artista e objetos pessoais - além de recursos de multimídia.

 
A Pinacoteca abre sua agenda de 2015, no dia 11/4, com um panorama da obra de Sean Scully, referência da arte abstrata. São cerca de cem criações do irlandês, feitas a partir de 1970.

 
Uma das apostas do Instituto Tomie Ohtake é uma grande mostra do pintor espanhol Joan Miró, que inaugura no dia 21/5, com cerca de 100 obras. Em setembro, o espaço também planeja uma mostra de Frida Kahlo.








15 de abril de 2015

"Henrique Oswald – Um Gravador, Um Desenhista, Um Pintor: Uma Obra em Transmutação”


"Casarão Rosa" - 1963/1965 - óleo s. duratex - Coleção família Oswald

Museu Afro Brasil abre exposição em homenagem ao artista Henrique Oswald

Nome fundamental das artes plásticas brasileiras no século XX, Henrique Oswald (1918-1965) está sendo homenageado com a exposição “Um Gravador, um Desenhista, um Pintor: Uma Obra em Transmutação” no Museu Afro Brasil, Instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Com abertura no mês de março, a mostra revela as múltiplas facetas do artista carioca cujo falecimento completa 50 anos em 2015.


"Inflamação" - 1949/1954 - Gravura em metal - Coleção família Oswald

A exposição é composta por cerca de 60 pinturas, desenhos e gravuras. As obras integram os acervos particulares da família do artista e do diretor curatorial do Museu Afro Brasil, Emanoel Araujo. Ele frequentou as aulas de gravura ministradas por Henrique Oswald na Escola de Belas Artes, em Salvador nos anos 1960. “Como mestre ele era calmo e sereno. Suas palavras concentravam uma sabedoria e um conhecimento das muitas e diferentes técnicas da gravura, da xilogravura”, afirma Araujo, que atesta a forte influência de Henrique Oswald sobre os artistas locais durante o período de professorado na Bahia. “Nos desenhos e nas gravuras explodia o drama do nosso tempo, protesto contra a opressão, a guerra, a tristeza, o avassalamento do homem. Nos óleos, porém, triunfava a Bahia, o mistério dos casarões”, afirmou o escritor Jorge Amado.

 

"Casarão Vermelho" - 1963/1965 - óleo s. Duratex - Coleção família Oswald

Na opinião de Emanoel Araujo as gravuras foram realizadas com grande maestria. “As gravuras em metal correspondiam a uma fase dramática, expressionista de temas ora sacro, ora humanístico. Depois vieram as xilogravuras cheias de tons de cinza, delicadas, e contrárias a tudo que se preconizava da gravura sobre madeira, de finas texturas naquelas formas entrelaçadas de muitos pretos”, comenta.


"Pipa preta" - 1960/1964 - óleo s. tela - Coleção família Oswald

A obra de Henrique Oswald é extensa: quadros abstratos, murais religiosos, pinturas (óleo sobre madeira, óleo sobre tela, óleo sobre duratex). Sobre suas pinturas o crítico de arte José Roberto Teixeira Leite apontou as seguintes características: o predomínio do tectônico; desprezo pelas leias da perspectiva aérea e linear; interesse cromático, com a obtenção de cores de valores e cromas verdadeiramente pessoais; uso de deformação expressiva; além de poder expressivo evidente, contrastando com não menos patente sensibilidade.


"Pipas verdes" - 1960/1964 - Xilogravura - Coleção família Oswald

Seus desenhos também representam parte significativa no conjunto da sua obra. “A qualidade plástica e a dramaticidade quase cósmica dos últimos desenhos de Oswald lhe conferem um nível internacional de primeira ordem. Representam o ponto mais alto de sua evolução artística”, afirmou o físico e critico de arte Mário Schenberg (1914-90).

Sobre o artista

Henrique Carlos Bicalho Oswald nasceu no Rio de Janeiro em uma família de artistas. Era filho do Carlos Oswald, pintor e introdutor da gravura pura no Brasil; e neto do pianista e compositor Henrique Oswald de quem herdou o nome. O início da sua formação artística se dá com seu pai, a quem substitui, no ano de 1947, na cadeira de gravura no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.

Em 1952 era aluno do pintor francês André Lhote. O prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Belas Artes, dá-lhe a oportunidade de viver na Europa entre os anos 1955 e 1959. Nesse período estuda gravura no ateliê de Johnny Friedlaender, um dos mais influentes artistas do século passado. De volta ao Brasil, em 1959, passa a residir em Salvador e torna-se professor da Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia. Morreu na cidade natal, em dezembro de 1965.

Serviço

Exposição: "Um Gravador, Um Desenhista, Um Pintor: Uma Obra em Transmutação” - Henrique Oswald. 

Quando: Até 10/05. De terça-feira a domingo, das 10 às 17h

Onde: Museu Afro Brasil - Av. Pedro Álvares Cabral, s/n - Parque Ibirapuera - Portão 10 - São Paulo / SP - Fone: 55 11 3320-8900

www.museuafrobrasil.org.br










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8 de abril de 2015

Samson Flexor –"Traçados e Abstrações" no MAC - USP




Samson Flexor - "Traçados e Abstrações'

O MAC-USP (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo) abre a exposição Samson Flexor – "Traçados e Abstrações", apresentando 35 trabalhos do artista, entre desenhos e pinturas, que pertencem ao acervo da instituição, enfatizando a abstração geométrica com obras de 1948 a 1960. A seleção apresenta aspectos da trajetória de Flexor (1907-1971), tornando possível observar a investigação e a transformação plástica que essa produção sofreu entre os anos de 1948 (quando o artista fixou residência em São Paulo) a 1960.




Cristo na Cruz - 1949
 
Na mostra Samson Flexor: "Traçados e Abstrações", a interação entre a curadora e a designer possibilitou uma discussão profícua desvelada em uma compreensão do estilo da exposição e dos imbricamentos do texto curatorial com a proposta de construção espacial. E as obras, os atores? Como se situam? O conjunto de obras selecionadas para a exposição reúne parte da coleção de desenhos e pinturas de Samson Flexor pertencentes ao Acervo do MAC USP. A seleção apresenta aspectos de sua trajetória, o que torna possível a visualidade de sua investigação e da transformação plástica que essa produção sofreu.
 
 
Geometria grande -1954

Cinco pinturas são os pontos de suporte para as correlações que os desenhos do artista procuram situar. E os agrupamentos dos desenhos buscam obedecer a uma movimentação na qual o desenho constrói e espacializa a estrutura do pensamento artístico de Flexor. Para Carmen Aranha, curadora da exposição e docente do MAC USP, “os desenhos indicam relações evidenciadas no próprio percurso de Flexor e, como decorrência, o título da mostra nasceu da observação desse segmento que, por meio de muitas aparências do seu pensamento, multiplicaram formas, planos e espaços em diagramas que se projetaram em muitos outros.”
 

 
Grafite sobre papel - 15x28cm - 1954

Os traçados e as decorrentes abstrações constituem a própria essência da estética do artista, entre abstrata, construtiva e expressiva, principalmente quando conduziu o “Ateliê Abstração” a partir de 1951. Os desenhos a lápis grafite e tinta nanquim mostram um recorte do trabalho de ateliê, permitindo o contato com aquilo que, normalmente, fica à sombra do público. “Ao observá-los, somos levados a perceber que a arte é resultado de trabalho meticuloso, dedicação ao exercício do fazer e, especialmente uma busca constante por uma linguagem que se desenvolve ao longo do tempo”, diz a curadora.
 

 
Óleo s. tela - 40x50cm - 1956
 
Por fim, ressalta-se que Samson Flexor: "Traçados e Abstrações" pode compor, para o visitante da mostra, um panorama da obra do artista. Walter Zanini definiu-a como “uma pesquisa da ordenação calculada de formas e cores, com incessante atenção para o movimento que atinge um clímax nas telas com múltiplos pólos de fuga, com espaços que afloram e recuam e que, mais tarde, aproxima-se de uma pintura gestual para desenvolver uma figuração rigorosa e sistemática de sua plástica”.

SERVIÇO:
 
Samson Flexor - "Traçados e Abstrações"

Quando: A partir de 23/1 - às t
erças-feiras das 10h às 21h, de quarta-feira a domingo das 10h às 18h - Fechado às segundas-feiras.

Quanto: Gratuito

Onde: MAC - USP - Avenida Pedro Álvares Cabral, 1301, São Paulo-SP - Fone: (11) 2648-0258 
 


 
 
 
 

 

1 de abril de 2015

Curiosidades e obras de Paul Gauguin



"Duas Mulheres Taitianas" - 1899 - Paul Gauguin - Museu Metropolitano de Nova York

Pintura do francês Paul Gauguin é atacada em Washington

No ano de 2011, uma mulher, aos gritos, tentou arrancar a obra da parede da National Gallery of Art, mas a obra não foi danificada.

Uma pintura do francês Paul Gauguin foi atacada por uma visitante da Galeria Nacional da capital dos Estados Unidos, informou o jornal Washington Post na ocasião. A porta-voz da galeria, Deborah Ziska, afirmou que nenhum dano foi detectado na obra - intitulada Duas Mulheres Taitianas, pintada em 1899. A pintura era uma das 120 obras de Gauguin na mostra que estava acontecendo na Galeria Nacional. Especialistas do museu fizeram uma análise detalhada da pintura.

De acordo com o jornal, uma visitante tentou tirar a pintura da parede. Ela gritava "Isso é o mal" enquanto esmurrava o quadro, protegido por uma placa de plástico. Produzida em 1899, quando Gauguin morava na Polinésia francesa, a obra "Duas Mulheres Taitianas" mostra um par de garotas com os seios aparentes. A mulher foi detida pela segurança do museu e acusada de destruição de propriedade e tentativa de roubo. A pintura atacada foi emprestada pelo Museu Metropolitano de Nova York. Conforme o Post, esse foi o primeiro caso de vandalismo na Galeria Nacional em duas décadas.


Sobre Paul Gauguin

Pintor, escultor e gravador francês, ao lado de Cézanne e de Van Gogh, foi o mais importantes dos artistas pós-impressionistas. Por ter passado a infância no Peru (terra natal de sua mãe) desenvolveu uma predileção por lugares coloridos e exóticos. 


Mulheres na praia

Gauguin via a civilização como uma “doença” e desejava “integrar-se à natureza”, por isso trocou a França pelo Taiti em 1891. Fora o período entre 1893 e 95, quando foi obrigado a retornar à França devido à doença e à pobreza, permaneceu nos trópicos pelo resto da vida; entre 1895 e 1901 viveu novamente no Taiti e, a partir de 1901, nas ilhas Marquesas, onde faleceu.


O dia dos Deuses

Apesar da doença, da pobreza e da depressão que o levou a tentar o suicídio, Gauguin pintou suas melhores obras nos mares do Sul. Transformou os mitos nativos em visões profundas da condição humana, abandonando as cores naturalistas dos impressionistas para usá-las em áreas chapadas e contrastantes, enfatizando seu efeito decorativo e emocional. Sua fama se consolidou em 1906, com a apresentação de 227 quadros em Paris. A influência de sua obra na arte do século 20 é fundamental.
 

O espirito do morto 

 
Algumas de suas obras


Esposa do Rei


De onde viemos? O que somos? para onde vamos?


Mulher com uma fruta

"Quando a tua mão direita estiver hábil, pinta com a esquerda; quando a esquerda ficar hábil, pinta com os pés". Paul Gauguin