Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

31 de julho de 2013

"Exposição dos figurinos do Cirque du Soleil"




Figurinos do Cirque du Soleil expostos no Shopping Vila Olímpia

Até o dia 21 de julho, alguns dos figurinos do espetáculo Corteo do Cirque du Soleil podem ser vistos bem de pertinho no Shopping Vila Olímpia, onde estão expostos os trajes dos personagens Palhaço Branco, Anjinha, A Bela, O Arlequim e O Baterista.

Corteo tem mais de 200 fantasias em cena durante a apresentação. Ao todo, são mais de 3 mil itens de figurino entre peças de roupa, colares, brincos, chapéus, sapatos, etc. Tudo isso é produzido à mão, e demanda oito horas diárias (de oito pessoas) com organização e manutenção. São necessárias duas carretas apenas para carregar toda essa estrutura de cidade em cidade.
 
 


Figurino d’O Baterista de Corteo.


O figurino de Corteo foi criado por Dominique Lemieux, com maquiagem de Nathalie Gagné, e é inspirado no período entre 1880 e 1920 da Itália. Por isso, no intuito de remeter à época do circo tradicional, apenas tecidos naturais como algodão, seda e linho foram usados.

 




Serviço

Figurinos de Corteo - Cirque du Soleil


Quando: Até 21/07 - das 10h às 22h

Onde: Shopping Vila Olímpia - R. Olimpíadas, 360 - Vl Olímpia - (11) 4003-4173

 
 
 
 
 
 

30 de julho de 2013

Concurso da National Portrait Gallery



Concurso da National Portrait Gallery premia retratos de celebridades e anônimos

Organizado pelo museu National Portrait Gallery, de Londres, a edição de 2012 do Taylor Wessing Photographic Portrait Prize recebeu 5.340 inscrições, de fotos de mais de 2,3 mil fotógrafos de diversas partes do mundo.

Participaram do concurso desde amadores talentosos que têm a fotografia como hobby até estudantes e fotógrafos experientes. O primeiro lugar, o espanhol Jordi Ruiz Cirera, levou um prêmio de 12 mil libras (cerca de R$ 40 mil).

De acordo com os organizadores, os participantes deste ano exploraram uma diversa gama de assuntos, estilos e técnicas ao criarem retratos contemporâneos, em imagens editoriais, publicitárias e artísticas.

Sessenta retratos foram escolhidos para integrar uma exposição na National Portrait Gallery, o mais prestigioso museu britânico dedicado a retratos.


A exposição fica até 17 de fevereiro de 2013.



Primeiro colocado: Jordi Ruiz Cirera enviou a imagem de uma mulher jovem sentada junto a uma mesa de cozinha. A foto integra um projeto do artista que visa retratar o cotidiano de uma comunidade religiosa na Bolívia. Ele recebeu um prêmio de 12 mil libras (cerca de R$ 40 mil).

Segunda colocação coube a  Jennifer Pattison que levou um prêmio de 3 mil libras (cerca de R$ 10 mil) com um retrato de sua amiga Lynne numa casa em Brighton, no litoral da Inglaterra. A imagem pertence a uma série que visa capturar “um momento em silêncio quando as pessoas esquecem que estão nuas. Eu as capturo enquanto ‘viajam’ para outro lugar”.



O terceiro colocado, Spencer Murphy fotografou o ator shakespeariano Mark Rylance para a capa da revista do jornal britânico The Telegraph,  celebrando o retorno do ator aos palcos do Globe Theatre.



Na quarta colocação, Alma Haser capturou seus amigos Luke e James. Seus cortes de cabelo parecidos inspiraram a fotógrafa a retratá-los lado a lado.


Sobre a National Portrait Gallery de Londres



A Galeria foi fundada em 1856 para coletar retratos de britânicos famosos, homens e mulheres. Seu acervo conta com mais de 175.000 retratos do século XVI até os dias atuais.

Além do concurso de fotografias a galeria apresenta atualmente a exposição The Lost Prince - The life and Death of Henry Stuart -  (O Principe Perdido - Vida e morte de Henri Stuart)




Corajoso, bonito, inteligente, atlético, nobre e culto, Henry Stuart (1594-1612) incorporou todas as virtudes principescas. O futuro rei Henrique IX era foco de grande esperança e expectativa e sua corte. Era o centro de um revival da cavalaria e do renascimento nas artes. Sua morte prematura causou luto nacional generalizado e fez nascer a ascensão ao trono de seu irmão mais novo, o condenado rei Charles I.

Marcando o aniversário de 400 anos da morte de Henry, The Lost Prince inclui algumas das obras mais importantes da arte e da cultura produzida e coletadas no período jacobino, incluindo retratos de Holbein, Hilliard Nicholas e Oliver Isaac, desenhos de Inigo Jones e poesia de Ben Jonson escritas de próprio punho. São apresentados em conjunto com uma grande seleção de pinturas, desenhos, livros, armaduras e outros artefatos, recolhidas a partir de museus e coleções particulares na Grã-Bretanha e no exterior, algumas nas quais nunca foram anteriormente expostas ao público.




Henry Principe de Gales - 1610/12 - Issac Oliver

Sob a curadoria de Catharine MacLeod, a exposição explora a vida a imagem de Henry e a reação extraordinária de sua morte. Facilitando a compreensão para os visitantes sobre esse príncipe excepcional e o tempo em que ele viveu.


29 de julho de 2013

Victoria & Albert Museum de Londres apresenta Hollywood Costumes


Cate Blanchett em “Elizabeth: A Era de Ouro” - 2007

HOLLYWOOD COSTUME mostra figurinos icônicos do cinema

Figurinistas são contadores de histórias, historiadores, críticos sociais e antropólogos. A frase, que está no release da exposição Hollywood Costume no Victoria & Albert Museum,

em Londres, já demonstra o que a instituição pretende: iluminar o papel e o processo criativo dos responsáveis pelo desenvolvimento de roupas para a indústria do entretenimento, mais especificamente no cinema. Dividida em três galerias, a mostra reúne cerca de 100 peças memoráveis de filmes produzidos no período entre 1912 e 2012.

Com curadoria de Deborah Nadoolman Landis, Sir Christopher Frayling e Keith Lodwick, a exposição traz desde itens das produções de Charlie Chaplin a longas-metragens recentes como Desejo e Reparação (2007) e Avatar (2009), passando pela chamada Era de ouro de Hollywood, com os vestidos de …E o Vento Levou (1939), O Mágico de Oz (1939), Lady in the Dark (1944) e Bonequinha de Luxo (1961). As mudanças comportamentais e tecnológicas, refletidas a partir dos figurinos, também serão abordadas na mostra, que tem o patrocínio da joalheria Harry Winston.



Vestidos usados por Ginger Rogers - em Lady in the Dark, de 1944 e Vivien Leigh - em …E o Vento Levou, de 1939.

A primeira galeria de Hollywood Costume, intitulada “Desconstruction”, tenta colocar o visitante no papel do figurinista dissecando seu o processo criativo. Filmes contam histórias sobre pessoas, célebres ou anônimas, e para traduzir a essência de alguém é preciso destrinchar códigos, inclusive estéticos, e é aí que reside a importância do figurino. Segundo Meryl Streep, “as roupas são metade da batalha para criar um personagem”, mas qualquer que seja o gênero da produção, o trabalho do profissional que concebe tais roupas se inicia pela pesquisa, fato que é explorado nessa ala da mostra, composta por peças de Clube da Luta - 1999, Os Caçadores da Arca Perdida - 1981, Elizabeth: A Era de Ouro - 2007 e Shakespeare Apaixonado - 1998, entre outros.

Em Dialogue, como foi chamada a segunda galeria da exposição, examina a relação colaborativa entre diretores e figurinistas a partir de inúmeras entrevistas exclusivas. Para o fim dessa sessão foi desenvolvido o vídeo Art of Becoming, que consiste em um estudo de caso com os atores Robert De Niro e Meryl Streep, conhecidos pela grande capacidade de “transformação”. Cinco figurinos que fizeram parte da trajetória cinematográfica de ambos foram selecionados para ilustrar seus depoimentos e encerrar a ala.




Keira Knightley em Desejo e Reparação de 2007 e Marilyn Monroe em Quanto Mais Quente Melhor de 1959.

Finale, terceira e última sessão da mostra, é a celebração derradeira do figurino na história do cinema contemporâneo. Nela, serão expostas peças de heróis e vilões de Hollywood: Amy Jolly, personagem vivida por Marlene Dietrich em Morocco, de 1930, estará ao lado de Sugar Kane Kowalczyk, interpretada por Marilyn Monroe em Quanto Mais Quente Melhor de 1959, Holly Golightly, da musa Audrey Hepburn no já citado Bonequinha de Luxo e até dos protagonistas de Matrix de 1999, Harry Potter de 2001 e Lua Nova de 2009.
Por meio de Hollywood Costume, o Victoria & Albert Museum reafirma que “roupas nunca são uma frivolidade, elas sempre significam algo”, como já dizia James Laver (1988-1975), curador da instituição por mais de 20 anos.


www.vam.ac.uk/





26 de julho de 2013

Di Cavalcanti - O enamorado da vida.



A mulher do caminhão

Di Cavalcanti, o pintor carioca do bairro do Catete, amou como poucos o Rio de Janeiro e incontáveis mulheres passaram por sua vida, muitas delas foram registradas em imagens para o deleite das gerações futuras. Artista, poeta escritor e boêmio entendia que da vida só se poderia levar os prazeres. O crítico Jaime Maurício disse certa vez: "... fez da boêmia uma bandeira romântica". E foi dessa maneira que o gigante da cultura brasileira levou a vida: em constante alegria e celebração.

Vinicius de Moraes em 1963, cantou o amigo pintor em seus versos.
"...Que bom existas, pintor
Enamorado das ruas. Que bom vivas, que bom sejas..."
 

Esses versos refletem a alegria de um Brasil que encerrou-se um ano depois sob os ventos negros da ditadura militar que se instalou no país.

Na ocasião o artista procurou refúgio em Paris, lá conheceu Picasso, Matisse e Jean Cocteau, declarou-se um admirador da mulher brasileira, sempre "soube revelar o rosado recôndito das mulatas" e mais que tudo: "é sempre o mais exato pintor das coisas nacionais" , segundo o escritor Mário de Andrade.

 
O nascimento de Venus

"Falar da pintura de Di Cavalcanti é falar da cara e do povo brasileiro, da exuberância tropical do país, de sua sensualidade sem folclore". Renato Rosa.
 
 
Carnaval - 1970
 
Sobre Di Cavalcanti (1897-1976)
 
Emiliano Di Cavalcanti nasceu em 1897, no Rio de Janeiro, na casa de José do Patrocínio, que era casado com uma de suas tias. Quando seu pai morreu em 1914, Di foi obrigado a trabalhar e começou fazendo ilustrações para a Revista Fon-Fon.
 

 
Revista Fon-Fon!
 
Em 1917 transferiu-se para São Paulo ingressando na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Continuou fazendo ilustrações e começou a pintar frequentando o atelier do impressionista George Elpons, conheceu e tornou-se amigo de Mario e Oswald de Andrade.

Em 1921 casa-se com Maria, filha de um primo-irmão de seu pai.
 


 
Minha mulher

Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 idealiza e organiza a Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo, criando para a ocasião do evento, o catálogo e programa.


 
Semana de arte moderna - 1922

Em 1923 fez sua primeira viagem a Paris permanecendo até 1925. Freqüentou a Academia Ranson. Expos em diversas cidades como Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdan e Paris. Conheceu Picasso, Léger, Matisse, Eric Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses.

Sua experiência com o cubismo, expressionismo e outras correntes artísticas inovadoras, conjugadas à consciência da sua posição de artista brasileiro, contribuiram para aumentar a sua convicção no propósito de ousar e destruir velhas barreiras, colocando as artes plásticas em compasso com o que acontecia no mundo.

Em 1926 retornou ao Brasil e ingressou no Partido Comunista criando os painéis de decoração do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro.



Painel do Teatro João Caetano

Curiosidades
 
No Carnaval, Di Cavalcanti era frequentador assíduo do Baile das Bonecas, evento clássico de travestis no Teatro da República.

Militante do Partido Comunista nos anos 20 e 30, aceitou ser adido cultural brasileiro em Paris. Viajaram no dia 30 de março. No dia 31 jantaram com Vinícius de Moraes e no dia seguinte ele soube do golpe militar. Di pensou que fosse trote do dia 1º de abril.

A modelo Marina Montini foi a musa inspiradora do pintor por mais de dez anos. Di Cavalcanti procurou a morena depois de vê-la em um outdoor que anunciava pneus. A modelo enriqueceu como musa do pintor, mas se afundou em dívidas e no alcoolismo. Faleceu em 2006 de insuficiência hepática.

Di Cavalcanti pintou o Brasil das rodas de samba, das gafieiras, das mulatas e do carnaval, numa produção que chegou perto de 5 mil obras, incluindo desenhos e esboços.

Morreu vítima de complicações causadas pela cirrose. Seu velório foi documentado por Glauber Rocha, num filme que foi proibido pela justiça a pedido da filha dele.

"Moço continuarei até a morte porque, além dos bens que obtenho com minha imaginação,
nada mais ambiciono."








 

25 de julho de 2013

Visita virtual pela Capela Sistina



Tour virtual pela Capela Sistina

A Visita Virtual da Capela Sistina é um tour online para conhecer as pinturas mais famosas de Michelangelo. O mouse é o único instrumento necessário para ver os afrescos da capela dos papas.

É, sem dúvida, um dos lugares com mais arte e histórias acumuladas no mundo. Visitar este marco imponente nem sempre é uma tarefa fácil: grandes filas de turistas, massificação, ingressos esgotados e um certo desconforto depois de olhar para o teto durante muito tempo.

A Visita Virtual da Capela Sistina pode ser uma boa solução para conhecer o monumento sem pressa e grátis. Realizado pelo Museu Vaticano, o tour virtual mostra uma foto de alta definição da capela completa.

Você pode utilizar o mouse ou as teclas de direção para explorar cada detalhe das pinturas, dar o zoom para aumentar o tamanho das imagens e observar melhor o talento de Michelangelo.

Além do teto e o Juízo Final de Michelangelo, a capela contém pinturas de outros mestres da Renascença como Boticelli, Rafael e Ghirlandaio.


A punição de Corá, Datã e Abirão - Boticelli - Capela Sistina
  


Detalhe de A Madona - Rafael - Capela Sistina



Apostolos - Ghirlandaio - Capela Sistina 

Opinião: Pena que a Visita Virtual da Capela Sistina não inclua nenhuma informação extra e seja apenas visual. Mesmo assim, vale muito a pena dar uma olhada.

Sobre a Capela Sistina

A Capela Sistina passou à posteridade devido à ousadia de Michelângelo. Este pintor e escultor italiano contrariou a vontade do papa e pintou o teto da capela com um estilo tipicamente renascentista. Muitos outros pintores do mesmo período ajudaram a transformar as paredes desta capela em uma verdadeira obra de arte renascentista.

Faça uma visita virtual e fique maravilhado. A Capela Sistina fica no Estado do Vaticano. Situada no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa, no Vaticano. É famosa pela sua arquitetura, inspirada no Templo de Salomão do Antigo Testamento com sua decoração de afrescos, pintada pelos maiores artistas da Renascença, incluindo Michelangelo, Raphael, Bernini e Sandro Botticelli.

A capela tem o seu nome em homenagem ao Papa Sisto IV, que restaurou a antiga Capela Magna, entre 1477 e 1480. Durante este período, uma equipe de pintores que incluiu Pietro Perugino, Sandro Botticelli e Domenico Ghirlandaio criaram uma série de painéis de afrescos que retratam a vida de Moisés e de Cristo, juntamente com retratos papais e da ancestralidade de Jesus. Estas pinturas foram concluídas em 1482. Em 15 de agosto de 1483, Sisto IV consagrou a primeira missa em honra a Nossa Senhora da Assunção.

Desde a época de Sisto IV, a capela serviu como um lugar tanto para religiosos, como funcionários para atividades papais. Hoje é o local onde se realiza o conclave, o processo pelo qual um novo Papa é escolhido.

Já vi este teto de Michelangelo na vida real e, apesar de ser um passeio às vezes cansativo e demorado, foi uma das experiências mais emocionantes que já tive num museu. Olhe para o céu e veja a Criação de Adão, mas não despreze o altar e as paredes laterais, já que é a chance de vê-los em detalhes. E não é só isso, a arquitetura, o acabamento e o piso, são maravilhosos!



A criação de Adão - Michelangelo - Capela Sistina

Se você não dispõe de tempo para conhecer pessoalmente ou quiser rever alguma cena com tranquilidade e detalhes, aqui está uma ótima oportunidade. Não deixe de acessar o site

www.visita-virtual-da-capela-sistina.softonic.com.br




24 de julho de 2013

O Museu Nacional das Joias do Irã


 
Joias dos monarcas do Irã brilham dentro de bunker

Na entrada do prédio há um raio-x para checar bolsas e mochilas. Todos os pertences, incluindo celulares e câmeras, devem ser deixados na bilheteria.

Sob o olhar dos seguranças, visitantes passam por detectores de metal e descem uma escada até chegar a um bunker cujo único acesso é uma porta de aço de quase um metro de espessura.

O Museu Nacional das Joias do Irã, no subsolo da antiga sede do Banco Central, abriga algumas das peças e pedras mais valiosas do mundo. É tido por vários guias de viagem como a melhor atração turística de Teerã.

A escuridão da sala realça o brilho das peças, que cintilam por trás das paredes de vidro que as protegem. O olhar se perde em meio a tantos objetos chamativos.

A coroa de Farah Diba, mulher do xá deposto Reza Pahlevi e última rainha do Irã, tem 34 rubis, 36 esmeraldas e 1.469 diamantes. Foi encomendada ao joalheiro francês Van Cleef & Arpels e entregue em 1967, 12 anos antes da Revolução Islâmica.
 
 

 
A coroa de Farah Diba
 
O Globo de Joias, construído por capricho do rei Nasser-ed-Din no século 19, é uma bola de ouro maciço de 34 quilos coberta por 51 mil brilhantes.
 

 
Globo de Joias, bola de ouro maciço

Os destaques entre as peças individuais são um diamante rosa de 182 quilates do tamanho de uma caixa de fósforo, tido como um dos maiores do mundo, e um raríssimo diamante vermelho.
 

Diamante rosa de 182 quilates.


A coleção inclui ainda roupas, enfeites de ouro para cavalos e caixinhas cobertas por brilhantes, usadas para guardar joias ou pós entorpecentes que eram inalados pelos reis da Pérsia.

O museu se recusa a estimar o valor do acervo. "Não há oferta nem demanda, por isso não se pode definir um preço", disse um representante do museu à imprensa.

Com o manual multilíngue vendido no museu, ou o auxilio de um guia local o visitante tem acesso a informações sobre a coleção, que é fruto de guerras, invasões e pilhagens. Mas exime o atual regime islâmico, autorretratado como mais virtuoso que as monarquias que o antecederam.

"Por um lado, esse tesouro retrata a cultura e civilização do povo iraniano que teve um passado aventureiro e, por outro, ecoa as lágrimas do povo oprimido que trabalhou duro, ao contrário dos seus dirigentes, que desfilavam arrogância [...] com seu ouro e joias."
 
Sobre o Museu das Joias

As joias da coroa Imperial da Pérsia incluem várias coroas e tronos decorativos, trinta tiaras, numerosas Aigrettes, espadas e escudos, um grande número de pedras preciosas, placas numerosas, serviço de refeições fundidos em metais preciosos e incrustrados com pedras preciosas e vários outros itens incomuns (como um grande globo dourado com os contines feitos de esmeraldas e as latitudes e longitudes marcadas em diamantes).

As joias foram coletadas pela monarquia iraniana durante seus 2.500 anos de existência. A coleção está alojada no Tesouro Nacional de Joias (o nome oficial), mas é conhecido popularmente como o Museu das Joias e está situado no interior do Banco Central da República Islâmica do Irã no Teerã. É o maior conjunto de joias exibidas em todo o mundo de posse do Estado em um único local. O museu tem folhetos e guias no local disponíveis em vários idiomas.
 
Exibição Pública

Devido ao seu grande valor e importância econômica, as joias da coroa iraniana foram mantidas longe da vista do público, durante anos, nos cofres do tesouro imperial However, no
 entanto, como o primeiro Shah Pahlavi tinha transferido a propriedade das joias da coroa para o estado, seu filho, Mohammad Reza Pahlavi, decretou que a mais espetacular coleção de joias deveria ser colocada em exposição pública no Banco Central do Irã

Quando a revolução iraniana derrubou a dinastia Pahlavi, em 1979, temia-se que, no caos as joias da coroa do Irã fossem roubadas ou vendidas pelos revolucionários. De fato alguns itens pequenos foram roubados e contrabandeados através das fronteiras do Irã, mas a maior parte da coleção permaneceu intacta e permanecem em exibição pública  até hoje. 


 
Coroa Pahlavi faz parte das insígnias de coroação utilizados pelo Pahlavi Shahanshahs do Irã 



 
A Espada Imperial


 
 
 
MUSEU DAS JOIAS DO IRÃ
Quando: Sáb. a ter. (14h às 16h30)
Onde: Av. Ferdowsi, Teerã
Quanto: 6.000 rials (R$ 1)



 



23 de julho de 2013

Tomie Ohtake relembra seis décadas de carreira



1952-1954. No início de sua carreira, por dois anos Tomie realizou pinturas figurativas influenciada por artistas japoneses radicados em São Paulo que ficaram conhecidos como grupo Seibi.

Perto de completar 100 anos, Tomie Ohtake relembra seis décadas de carreira.

Aos 99 anos, completados em 21 de novembro, Tomie Ohtake continua trabalhando três vezes por semana das dez da manhã até o final da tarde. Em seu estúdio de estilo modernista construído há 44 anos pelo filho, o arquiteto Ruy Ohtake, 75, o visitante tem a impressão de estar entrando em uma capela zen. Não existem capelas desse tipo, nem mesmo o zen é uma religião. Mas há um certo misticismo no ar, aquele que a arte libera na casa de alguns artistas.

A casa ateliê de Tomie fica numa rua discreta do Campo Belo, na zona sul de São Paulo. É feita de concreto, e o cinza do material é perfeito para receber, por contraste, as cores do mundo da artista (que ganha, a partir de 6 de fevereiro, a primeira das três exposições do Instituto Tomie Ohtake para comemorar seu centenário).
 
Tudo lá dentro merece um minuto de contemplação: os 40 anos da construção estão conservados nas paredes e nos móveis, nas cadeiras de design avançado do italiano Harry Bertoia, nos vasos redondos da ceramista nipo-brasileira Kimi Nii, nos retratos em que Tomie aparece jovem, moderna, alegre, ao lado de Pietro Maria Bardi, nos arquivos em aço, cor de mostarda, da tradicional marca Fiel, na parede sinuosa de mosaico azul que percorre o jardim interior. Ruy caprichou.


Ateliê Tomie Ohtake
 

O mais bonito de tudo é o seu ateliê, com uma claraboia de vidro em forma de dirigível alcança a proeza de iluminar o interior com mais intensidade do que o sol que brilha lá fora.


Tomie possui um estilo corporal inconfundível. Com seus cabelos até o pescoço pintado de preto. Os óculos de aro preto. O relógio de pulso minimalista, sem ponteiros, de pulseira preta. A roupa, na maioria das vezes preta.


 

Há mais de 30 anos, ela alterna o preto e o branco no guarda-roupa, deixando as cores para os seus quadros. É uma mulher muito elegante no seu minimalismo. "É mais fácil na hora de escolher", ela diz, simplificando. "Não precisa ficar pensando. E a camiseta Hering é boa para trabalhar." Após 76 anos no Brasil, Tomie ainda fala um português carregado de sotaque japonês.

AZUL

Seus novos trabalhos ainda não podem ser fotografados porque eles ainda são uma obra em progresso. São oito telas azuis de tamanhos variados. "Não dou nome às obras. Prefiro que a pessoa interprete. É um tipo de pensamento puro." Mas ela tem o conceito.

  

"Eu estava procurando profundidade nesses aí, uma transparência. Queria saber como é a luz que vem de trás." Ela acrescenta que esses quadros novos em folha não são só azuis. "Misturei com um pouco de roxo. Com o roxo, fica mais quente." E não há preto neles.
 
 

Os críticos dizem que a pincelada é a chave dos seus quadros. Para quem não é do ramo, mas aprecia a arte japonesa, seus gestos parecem ter achado um caminho entre as formas de teatro nô e kabuki.

Outras quatro telas, verdes, amarelas e azuis, em tamanhos variados, grandes e pequenas estão expostas em seu ateliê. Vistas de muito perto, não oferecem as relevâncias características do óleo, pois são feitas em tinta acrílica. Tomie abandonou o óleo e as aquarelas do começo da carreira.

A vida de artista só começou por volta dos 40 anos, em 1952. Até então, Tomie havia se dedicado à criação dos filhos. Ela aportou no Brasil em 1936, vinda de Kyoto, onde nasceu, para passar um ano com um de seus quatro irmãos (é a caçula e a única mulher).

O que era para durar um ano vingou para sempre, Tomie se apaixonou por um amigo do irmão, o engenheiro-agrônomo japonês Ushio Ohtake, acabou se casando e ficando por aqui.

"Ele era bonito. Meu filho Ruy, quando jovem, tinha a cara dele." O casamento durou até a morte de Ushio, em 1976.

SIMPLICIDADE

Já a pintura ficou adormecida até o início dos anos 1950, quando ela levou uma dura do artista plástico japonês Keiya Sugano, de passagem pelo Brasil.

Tomie havia estudado pintura apenas como parte do currículo escolar. Mas, ao descobrir que ela tinha talento e vontade, Keiya disse: "Começa agora, hoje mesmo! Criança cresce sozinha".

E foi o que fez, retomando as aquarelas do tempo de menina e, depois, passando para as coisas mais abstratas.

Isso sem nunca deixar de prestar atenção à criação dos filhos. Morando na Mooca, na zona leste de SP, Tomie integrou os meninos de forma surpreendente. "É um país de católicos? Pois meus filhos serão católicos", determinou.

Talvez sua religião seja a simplicidade: nas cores, nas curvas e círculos que sua arte revela, nas roupas que usa, até mesmo no ateliê, espetáculo à parte, que ela chama de "bagunça". Mas que está mais próximo de um cômodo japonês, onde tudo parece em ordem, com objetos organizados por afinidade (insetos feitos de chumbo, livros de arte do escultor contemporâneo Richard Serra e do pintor russo naturalizado americano Mark e vasos com formas que lembram pinturas do italiano Giorgio Morandi, etc.).

"MAMMA" JAPONESA

Artista das cores, Tomie não tem nenhuma favorita, embora o vermelho, o azul e o amarelo predominem. "Todas as cores são bonitas, mas elas ficam ainda mais bonitas quando combinadas. Um azul forte com um azul mais fraco, por exemplo."


 

Quem ajuda na trabalheira do estúdio é outro artista, o japonês Futoshi Yoshizawa, de Saitana, uma província de Tóquio. Futoshi, 48, já auxilia Tomie há 14 anos. "Ele sofre", ela conta, pois é uma mulher exigente. Ela explica para ele a força e a leveza necessárias para uma pincelada de Tomie Ohtake. Isso porque, em alguns quadros maiores, é ele quem efetivamente maneja o pincel, sob as ordens da pintora.


 

Se não tivesse nascido japonesa, Tomie poderia muito bem ter sido uma "mamma" italiana. A Mooca lhe deu os primeiros amigos, o gosto pelas massas ("Adoro macarrão!") e a mania de juntar toda a família em torno da mesa aos domingos.

Ela gosta de dizer que morava numa casa abstrata, em Kyoto, de tão simples. De lá, ela trouxe essa marca, mas foi aqui que fez os grandes amigos - e eles são muitos.

Na parede de sua sala convivem, na mais absoluta harmonia, obras de Yoko Ono dedicadas a ela e outras de pessoas bem menos conhecidas, mas não menos queridas.

Há também uma camisa número nove da seleção, com o nome de Tomie, presente gaiato do amigo Ayao Okamoto, professor da PUC.

A artista acredita que o trabalho permanente pode explicar sua longa vida. "Além da família e dos amigos", completa ela, "nesta casa, que é o melhor lugar do mundo".



22 de julho de 2013

Exposição em Londres reúne registros de Pompéia



Vesúvio em erupção

Entre as quatro paredes do museu, os olhos se voltam para o que sobrou da vida das famílias em Pompéia.

A natureza não deu aviso. Por volta do meio-dia de 24 de agosto do ano 79 d.C., o Vesúvio, um gigante adormecido na região de Nápoles, no sul da Itália, entrou em erupção, surpreendendo os habitantes de Pompéia e Herculano.

Em apenas 12 horas, a mistura de gases tóxicos, superaquecimento e lava dizimou a população das duas cidades. A tragédia matou ao menos 15 mil pessoas, mas também ajudou a preservar para a história um retrato único sobre a vida na Roma Antiga.

Os registros desse cotidiano, soterrados sob a lama vulcânica até o século 18, são o foco de uma megaexposição que ficará em cartaz até o fim de setembro no British Museum, em Londres.

A mostra reúne móveis, obras de arte e utensílios domésticos recuperados por gerações de arqueólogos, que ainda se espantam com novas descobertas. Uma das mais recentes, uma escultura de sátiros em mármore, foi encontrada há quatro anos.


Restos mortais de vítima do Vesúvio exposto em Londres

A exposição oferece uma experiência diferente de uma viagem a Pompéia, onde se vive a sensação de caminhar numa cidade fantasma.



Pompéia

Com o acervo entre as quatro paredes do museu, os olhos se voltam para o que sobrou da vida das famílias. Os afrescos que decoravam as casas revelam uma civilização que herdou dos gregos o culto a deuses como Vênus e Dionísio, associados ao amor, à fertilidade e ao prazer.


Afresco

A morte, claro, também está presente. Entre os itens mais impactantes está um berço de madeira quase intacto, embora carbonizado pela lava. Uma placa informa que ele foi encontrado com os restos mortais de um bebê.

Os famosos corpos de Pompéia, preservados com gesso após a morte a 300ºC, ficaram para o fim da exposição. Lá estão uma mulher deitada, um homem encolhido e um casal com duas crianças. Todos imobilizados para sempre pela fúria do vulcão.










19 de julho de 2013

Andy Warhol do outro lado do mundo



Autoretrato Andy Warhol

Andy Warhol do outro lado do mundo

Uma das maiores exposições de Andy Warhol com cerca de 260 pinturas, desenhos, esculturas, filmes e vídeos acaba de chegar a Cingapura e vai percorrer outros quatro países asiáticos nos próximos dois anos. A mostra faz parte das homenagens e tributos pelo mundo que marcam os 25 anos da morte do rei do pop. Além das famosas latas de sopa Campbell e dos clássicos retratos de Marilyn Monroe, a exposição também apresenta obras menos conhecidas do período artístico inicial de Warhol, nos anos 1940 e 1950.

Estes primeiros trabalhos, segundo o curador da mostra Andy Warhol: 15 minutos eterno, têm a marca da “magia e da fantasia” e fogem um pouco do estamos acostumados a ver quando o tema é Andy Warhol. Uma das surpresas da exposição é a obra “Folding Screen”, da década de 1950, representando o que parecem ser anjos olhando um para o outro, com asas coloridas em tons brilhantes.
 


Quem tiver a oportunidade não pode deixar de visitar a exposição e se surpreender com as obras que formaram o alicerce da arte de um dos maiores gênios do século 20.

Depois de Cingapura, a previsão é passar por Hong Kong, Xangai, Pequim e Tóquio.

Acontece

Museu Warhol não poderá expor retratos de Mao na China




"Mao" - 1972 - Andy Warhol

A exposição do artista Andy Warhol que atualmente passa por cidades asiáticas não poderá apresentar os famosos retratos de Mao durante suas escalas em Pequim e Xangai por problemas de censura, informaram nesta terça-feira fontes do Museu Warhol, entidade sediada em Pittsburgh (EUA) e responsável pela mostra.

Em comunicado, o diretor do museu, Eric Shiner, admitiu ter esperanças de poder expor oito destes retratos de Mao, realizados pelo "pai da pop art" em 1972. Apesar da decepção, Shiner diz "compreender que certas imagens ainda não podem ser mostradas na China".

As autoridades chinesas, por outro lado, não confirmaram esse veto, fato que causa certa estranheza, já que Mao e todo imaginário da Revolução Cultural são amplamente utilizadas pelos artistas chineses, muitas vezes com os mesmos fins irônicos e "pop" que levaram Warhol a retratar o líder comunista em cores vivas.


Além disso, em 2006, uma das muitas variações de Mao pintada por Warhol já foi exibida em Pequim durante uma Exposição Internacional de Galerias.

 
 
 
 
 

18 de julho de 2013

Casas-museus de pintores famosos

Roteiro pelas casas de pintores famosos

Dos castelos de Picasso e Dalí ao albergue de Van Gogh, conheça as casas-museus de pintores famosos pelo mundo.

O pintor catalão Pablo Picasso se refugiou por dois anos em um castelo francês, em Aix-em-Provence. Desejava fugir do burburinho de Cannes. Outro artista da mesma região, Salvador Dalí, também morou em um castelo.

Para Claude Monet, outro pintor celebridade, o luxo ficava do lado de fora de casa. Ele mesmo projetou e cuidava de seus jardins. E foi ali, em Giverny, no ateliê a céu aberto, que ele pintou suas melhores telas impressionistas. Diferentemente de Picasso, Dalí e Monet, um dos pintores mais valorizados da atualidade, Vincent Van Gogh, foi miserável durante toda a vida e passou por 37 albergues espalhados pela Holanda, Bélgica, Inglaterra e França.

Do México à Espanha, da casa azul de Frida Khalo à moradia quase nua de Goya, passando pelos castelos dos pintores-celebridades, foram selecionadas as casas de grandes pintores que merecem uma visita. Vamos conhecer lugares em que autênticas obras-primas foram concebidas.


MONET
Em Giverny, França

 

Os jardins da casa de Monet foram planejados e cuidados pelo pintor
 
Os amantes do trabalho do pintor impressionista Claude Monet (1840-1926) vão se sentir dentro de um quadro do artista ao visitarem sua casa em Giverny, França. O lugar é lindo e o ponto alto da visita é um passeio demorado pelos jardins que inspiraram Monet a fazer vários de seus quadros.

Monet viveu nessa casa de 1883 até a sua morte, em 1926. Apaixonado por jardinagem, ele mesmo projetou o jardim, mantido até hoje da mesma maneira. A casa fica a cerca de 70 quilômetros de Paris. Atenção na hora de programar a visita, já que o local permanece fechado durante o inverno, ou seja, de 1º de novembro a 31 de março.

Visitação: De terça-feira a domingo, das 9h30 às 18h.


PICASSO
Em Aix-en-Provence, França



Castelo de Vauvenargues em Aix-em-Provence foi morada de Pablo Picasso

O artista mais revolucionário do século 20, Pablo Picasso (1881-1973) viveu no Castelo de Vauvenargues, em Aix-em-Provence, com a fotógrafa Jacqueline, sua mulher na época. A temporada não foi tão longa – de fevereiro de 1959 até junho de 1961 -, mas, naquele lugar inspirador, ele criou muitas de suas obras.


Destaque para Jacqueline de Vauvenargues, retrato de sua esposa.

Entre 25 de maio e 27 de setembro de 2009, o castelo foi aberto ao público pela primeira vez. A abertura foi motivada pelo sucesso da exposição Picasso e os Mestres, no Grand Palais de Paris.

Após isso, ele abriu suas portas somente mais uma vez até 2 de outubro de 2010. No site oficial não há indicação de uma nova temporada de visitação. Mas se você planeja viajar à região, vale ficar atento.

O período que passou no castelo foi considerado por Picasso como um retiro. Ele queria descansar e se afastar do burburinho de Cannes, onde vivia. O lugar foi tão importante em sua vida que é ali mesmo, na entrada do castelo de Vaunevargues, que ele está enterrado, junto com Jacqueline.

Visitação: abre para o público em ocasiões especiais, por temporadas.

 
VAN GOGH
Lamartine em Arles, França



A Casa Amarela - Arles
 
1888 - Estúdio do Sul 

Em fevereiro de 1888, Van Gogh, exausto de suas atividades em Paris escreve para o seu irmão Théo. "Parece quase impossível trabalhar em Paris". Com seu velho sonho de artista, ele aluga um estúdio em Arles, a Casa Amarela, e convida Gauguin para morar com ele. Até à chegada de Gauguin, Van Gogh pintou telas de natureza morta de girassóis para decorar a sala de seu amigo. As flores são um símbolo do sol, a característica dominante do verão provençal. Gauguin descreve os quadros como "Van Gogh em poucas palavras." 
 
Em Auvers-sur-Oise, França

 
Fachada do Albergue Ravoux, onde funciona também um restaurante

Conhecida como a casa de Van Gogh, o Albergue Ravoux foi a última morada do pintor. Em sua vida de apenas 37 anos (1853-1890), Vincent Van Gogh passou por 37 residências, espalhadas pela Holanda, Bélgica, Inglaterra e França.

Monumento histórico na França, o local - onde também funciona um restaurante - é o único habitado pelo pintor que ainda conserva seu estado original. O quarto 5, onde Van Gogh viveu por 70 dias, mantém o clima sombrio de quando ele esteve no albergue.

Visitação: De 3 de março a 31 de outubro, das 10 às 18h, de quarta-feira a domingo.


RENOIR
Em Cagnes-sur-Mer, França

 
Fachada da casa onde Renoir viveu seus últimos anos de vida

O Renoir Museum fica localizado em uma casa em Cagnes-sur-Mer, onde Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) passou seus últimos anos de vida. Logo após a morte deste expoente do impressionismo, o local virou museu. Ele tem uma aura mágica. Observe as oliveiras e os pomares ao seu redor. Eles inspiraram muitas das últimas pinturas de Renoir.

No acervo, os visitantes encontram uma seleção de esculturas e uma série de lindas paisagens assinadas pelo mestre impressionista.

Visitação: todos os dias, menos terça-feira.

De julho a setembro, das 10 às 12h, e das 14 às 18h.

De outubro a junho, das 10 às 12h30, e das 14 às 17h


REMBRANDT
Em Amsterdã, Holanda


Atelier é uma das áreas do Rembrandt House Museum

A casa onde Rembrandt (1606-1669) viveu entre 1639 e 1658 foi transformada em museu. O Museu Casa de Rembrandt fica na construção que data de 1606/1607. A fachada é nova e mais um segundo andar foi adicionado à construção.

Nos primeiros anos do museu, aberto em 1911, a coleção de gravuras começou a crescer, graças às doações e compras. A partir dos anos 90, muitas mudanças importantes foram feitas no local. Uma delas foi a construção de uma nova ala, inaugurada em maio de 1998. Ela abriga duas galerias de exposição, a secretaria, os escritórios e a biblioteca, com o Centro de Informação Rembrandt.

Visitação: todos os dias, das 10 às 17h.

O Rembrandt House Museum só fica fechado no dia 1º de janeiro.


SALVADOR DALÍ
Em Portlligat, Catalunha


Salvador Dalí morou em Portlligat até a morte de Gala, em 1982

Atraído pela paisagem belíssima da região, Salvador Dalí (1904-1989) foi hospedado, em 1930, em uma pequena cabana de pescadores de Portlligat. A luz e o isolamento encantaram o pintor surrealista e o convenceram a se mudar para a região. Ele viveu e trabalhou ali até que, em 1982, com a morte de Gala, mudou-se para o Castelo Púbol.

A casa-museu tem um formato labiríntico. Todos os cômodos estão repletos de recordações de Dalí: tapetes, móveis, entre outras peças que pertenceram ao pintor. O público visita os quartos, salas de estudo e áreas ao ar livre.

Visitação: De 1º a 6 de janeiro das 10h30 às 18h (fechado de 7 de janeiro a 11 de fevereiro)

De 12 de fevereiro a 14 de junho; das 9h30 às 21h

De 15 de junho a 15 de setembro; das 10h30 às 18h.


Salvador Dali
Em La Pera, Catalunha



O Castelo de Púbol, para onde Dalí se mudou depois da morte da amada Gala, está aberto ao público desde 1996. Essa construção medieval foi a última oficina do pintor surrealista, entre 1982 e 1984, além de ter se tornado também o mausoléu de sua musa.

Com três andares, o castelo foi provavelmente construído entre a segunda metade do século 14 e começo do século 15. Dalí comprou o imóvel em 1969. Na época, a construção tinha muitas rachaduras e o jardim estava abandonado.

Visitação: De 15 de março a 14 de junho e de 16 de setembro a 1º de novembro; das 10h às 18h

De 15 de junho a 15 de setembro; das 10h às 20h

De 2 de novembro a 31 de dezembro; das 10h às 17h


Conversa informal
 
A matéria Roteiro pelas casas de pintores famosos será apresentada em dois capítulos às terças-feiras. Na próxima semana mostramos as casas-museus dos artistas Goya, Frida Kahlo, Pollock e Lee Krasner, Edward Hopper e Kandinsky.