Sobre as Sombras na Aquarela
Tudo começou com as nuvens.
A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.
Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.
As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.
Aline Hannun
30 de setembro de 2012
29 de setembro de 2012
De 13/09 a 4/112012
Recentemente tive o prazer de visitar essa exposição e posso garantir que os trabalhos são maravilhosos. A artista utiliza uma técnica muito boa, suas cores são harmoniosas e o resultado é surpreendente. O casarão da exposição é lindo e a cidade de Greenwich é muito charmosa.
28 de setembro de 2012
O parisiense Museu d'Orsay, templo da pintura impressionista, apresenta uma exposição de 70 quadros de Manet, Monet, Renoir, Degas e Caillebote, entre outros, acompanhada de 40 vestidos utilizados por mulheres durante a época em que floresceu este movimento artístico, na segunda metade do século 19.
A exposição, aberta até 20 de janeiro de 2013, é organizada de maneira conjunta pelo Museu d'Orsay, pelo Metropolitan Museum of Art de New York e pelo Art Institute de Chicago.
"Os impressionistas, apaixonados pela modernidade, se interessam pela moda, fenômeno que estava em pleno auge naquela época, com o desenvolvimento das revistas especializadas e das grandes lojas", diz Gloria Groom, curadora da exposição.
"Ao estudar seus grandes retratos de mulheres, me dei conta que pintavam roupas contemporâneas que podiam ser encontradas nos desenhos de moda", explica Groom, do Art Institute de Chicago.
Os impressionistas faziam posar as mulheres que os rodeavam, suas companheiras e amantes. O verdadeiro herói do quadro, no entanto, é o vestido, sua maneira de captar a luz, seus reflexos. Os pintores desse movimento eram especialistas em reproduzir a transparência da luz, seu resplendor fugidio.
Em Mulher com Papagaio (1866), de Manet, a camisola rosa pálido de Victorine Meurent, modelo do pintor, provocou muitos comentários ao ser apresentada no salão de 1868. "Um rosado falso e raro", segundo o escritor Théophile Gautier, uma roupa "suave" para Emile Zola.
Mulher com papagaio - Manet
Manet conhecia bem a moda. Sua parisiense veste uma roupa preta com anquinhas, ajustada na cintura e adornada com um chapéu alto. Ela arrasta a cauda do vestido com segurança, deixando entrever suas botas.
Silhueta em S - Manet
Os impressionistas se interessam pela mulher em movimento, diz Groom. Nos anos 1870, as crinoligas (anáguas usadas para armar os vestidos) eram rebaixadas na frente, enquanto na parte traseira eram infladas com almofadas. É o triunfo da silhueta em S, que se aprecia de perfil. O corpete ainda está lá para emprestar uma cinturinha de vespa às mais elegantes.
Albert Bartholomé pinta em Invernar sua esposa vestida com um traje de verão de algodão branco estampado com círculos e detalhes lilás. A roupa da senhora Bartholomé, exposta ao lado da tela na exposição, ostenta uma cintura de 32 centímetros.
Quadro de Albert Bartholome em exposição com vestidos no Museu d'Orsay
A cor preta já estava na moda. No grande quadro Senhora Charpentier e seus Filhos, de Renoir, a esposa do célebre editor usa um traje amplo de muita elegância.
Senhora Charpentier e seus Filhos - Renoir
Com Naná, Manet explora o que está por baixo. O corpete de cetim azul-céu da atriz que serviu de modelo, suas anáguas, seu salto alto, exibidos sob a atenção de um homem vestido, ofenderam a moral da época: o quadro foi rejeitado no salão de 1877.
27 de setembro de 2012
Exposições permanentes e temporárias no Museu Internacional de Arte Naïf
O Rio de Janeiro é mesmo uma cidade que respira arte. Seus museus, ateliês, artistas e composições artísticas são ótimas representações de toda manifestação cultural que a cidade apresenta para o resto do país e do mundo. Por isso, a maior a mais completa coleção de Arte Naïf do mundo não poderia pertencer a um museu de outra cidade. A arte dos poetas anarquistas do pincel, tida como primitiva, impressionista e cubista, é apresentada em exposições permanentes e temporárias no Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil.
Localizado no bucólico bairro do Cosme Velho, em uma belíssima casa tombada pelo Patrimônio Histórico, próximo ao trenzinho que leva ao Corcovado, o MIAN (Museu Internacional de Arte Naïf) abriga obras de grandes nomes internacionais em seu acervo. O Museu oferece visitas guiadas para grupos e escolas para apresentar seu acervo com obras compostas entre o século XV e os dias atuais, feitas por artistas brasileiros e de 130 países.
O Museu oferece também o maior e mais completo acervo de arte Naïf do mundo, o MIAN apresenta ao público os dois maiores painéis de obras do gênero, instalados no salão principal do museu. Logo na entrada os visitantes são apresentados à obra da pintora Lia Mittarakis, num painel de 28m2. Já no mezanino do museu vê-se a obra de Aparecida Azevedo, Brasil, 500 anos, que retrata grandes acontecimentos da história do país num enorme painel de 1,40m X 24m.
Rio de Janeiro Gosto de Você - Lia Mittarakis
Brasil, 500 anos - Aparecida Azevedo
MIAN - Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil.
Rua Cosme Velho, 561 -Cosme Velho - RJ
Sobre o MIAN - Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil
Nascido na França de uma família de origem judia polonesa, Lucien Finkelstein (1931-2008) chegou ao Rio de Janeiro sozinho, aos 16 anos, pouco após a Segunda Guerra acabar, sem falar uma palavra em português. Tinha passado o conflito escondido em uma casa no interior da França.
A história do criador do museu
Foi com o dinheiro das joias que ele começou sua coleção. Colecionou durante 40 anos. E reuniu cerca de 6 mil obras de mais de 100 países. Teve que arranjar um apartamento para colocar o acervo. Em 1988, exibiu parte dele em uma exposição no Paço Imperial.
O sucesso levou ao desejo de montar um local para a exibição permanente. Ele comprou um casarão do século 19 no Cosme Velho para abrigar as obras. O MIAN foi aberto em 1995, pelo esforço dele. O museu acabou recebendo uma verba municipal para o funcionamento, que foi cortada. Em 2007 ele foi fechado pela falta de recursos financeiros para operar.
26 de setembro de 2012
Cartunista Zélio é homenageado em Salão de Humor de Piracicaba
Fatos que marcam o nascimento do Salão Internacional de Humor de Piracicaba. Quem conta é o cartunista Paulo Caruso, que esteve presente na abertura da mostra. Segundo ele, a primeiro fato ocorreu em 1972, quando foi feito o primeiro contato com o saudoso jornal O Pasquim. A ideia era pedir apoio para a criação de um espaço para desenhos de humor dentro do badalado Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba.
25 de setembro de 2012
Obras de arte ganham vida com antigos resíduos
Cachorro de brinquedo
O boneco não é realmente feito de neve, mas os materiais utilizados nele mantêm sua forma tradicional, sem falar que não derrete! O projeto foi desenvolvido pelas próprias crianças de uma creche no Canadá a partir da técnica do reaproveitamento. Foram utilizados recipientes, embalagens plásticas e caixas vazias de suco. De forma criativa e divertida elas puderam aprender sobre a importância de reutilizar o lixo
Boneco de neve reciclado
O artista HA Schult criou a original e perturbadora exposição que tem mil homens feitos de lixo. As estátuas se parecem muito com pessoas reais e são todas feitas com peças de computador, plástico e alumínio. É considerada uma das maiores exposições de arte reciclada do mundo.
Nada melhor do que reciclar para eternizar. Assim o passado estará sempre presente. Aline Hannun
24 de setembro de 2012
Beatriz Milhazes: primeira artista brasileira a ganhar retrospectiva no Malba em Buenos Aires
Beatriz Milhazes nasceu no Rio de Janeiro, 1960 é pintora, gravadora, ilustradora e professora. A sua trajetória pelas artes plásticas começou em 1980. Em 1997, participou como ilustradora do livro As Mil e Uma Noites à Luz do Dia: Sherazade Conta Histórias Árabes, de Katia Canto.
A cor é um elemento onipresente na obra de Beatriz Milhazes. Seu repertório estrutural inclui a abstração geométrica, o carnaval, o modernismo, flores, arabescos, alvos e quadrados. Milhazes eventualmente usa a colagem na superfície da tela e aplica adicionais para viabilizar as obras como pintura, decalque, justaposição e sobreposições.
Suas obras da década de 1980 revelam uma tensão entre figura e fundo, entre representação e ornamentalismo. Posteriormente, faz opção por uma pintura de caráter decididamente bidimensional. Beatriz Milhazes revela sensibilidade no uso da cor, como nas obras O Príncipe Real (1996) ou As Quatro Estações (1997). Na tela Mares do Sul (2001), Milhazes estabelece um jogo com o gênero da paisagem. Em trabalhos mais recentes, utiliza constantemente formas como estrelas e espirais e as cores tornam-se mais luminosas, como em Nazaré das Farinhas (2002).
"Estou interessada no conflito. E no momento que você adiciona mais cores, um conflito sem fim é iniciado. Portanto é um movimento constante em seus olhos, em você mesmo, em seu corpo…e eu gosto.”
Milhazes já teve obras vendidas em leilão por mais de um milhão de dólares.
Assista ao vídeo
23 de setembro de 2012
Visitas grátis
www.googleartproject.com
22 de setembro de 2012
O Artista plástico Elifas Andreato convidou músicos, como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Toquinho, Martinho da Vila, Marcelo Camelo, entre outros grandes nomes da MPB, para celebrar a obra de Vinicius de Moraes. O resultado da exposição O Haver - Pintura e música para Vinícius, que conta com o patrocínio da Petrobras, já pode ser conferido pelo público.
Inspirados no poema O Haver, de Vinícius, os 15 músicos compuseram canções – instrumentais ou letradas – e depois, junto com Elifas, cada um deles fez uma pintura em homenagem ao poeta. Além da exposição, o projeto tem ainda como produtos um DVD e um livro.
Com quase 50 anos de carreira, o artista gráfico, cenógrafo e jornalista Elifas Andreato é considerado o mais importante autor de capas e um dos nomes mais importantes das artes gráficas do país. Ele produziu capas de disco para grandes nomes da música popular: de Chico Buarque a Paulinho da Viola; de Adoniran Barbosa a Elis Regina. A relação do artista gráfico com o poeta começou em 1975, quando foi convidado a criar a capa do disco Vinicius e Toquinho.
Elifas Andreato e convidados
Onde: Galeria BNDES – Av. República do Chile, 100. Centro. Rio de Janeiro.
Quando: Até 11/10, de segunda a sexta, das 10h às 19h.
Grátis.
Mais informações: www.ohaver.com.br
20 de setembro de 2012
Grace Kelly, então Grace de Mônaco, morreu no dia 14 de setembro de 1982 no hospital de Monte Carlo que leva seu nome, um dia após um acidente de automóvel que deu um giro de 180 graus no conto de fadas da atriz que se apaixonou por um príncipe.
Porém, sua história não foi a do patinho feio transformado em cisne. Grace Kelly nasceu bonita e rica na Filadélfia em 1928, filha de um con strutor multimilionário que a matriculou nas melhores escolas do país.
Após estudar Artes Dramáticas em Nova York, sua pose aristocrática e sua beleza mais que perfeita não demoraram a chamar a atenção de Hollywood, onde a esperavam papéis de loira cândida em Matar ou Morrer, ao lado de Gary Cooper, e Mogambo, no qual a futura princesa contracenou com Clark Gable.
Um especialista em fazer explodir o vulcão que se escondia por trás do gélido, Alfred Hitchcock, encontrou nela a melhor de suas musas, a que estimulou sua imaginação e lhe inspirou alguns de seus melhores diálogos.
Tudo começou com Disque M para Matar. A cena na qual Grace Kelly comete um assassinato em defesa própria com uma tesoura de escritório ficou na retina de várias gerações de espectadores.
Depois chegaria Janela Indiscreta, sublimação do espírito voyeurista de Hitchcock, que aproveitava a intriga para ironizar as relações de casal entre a belíssima mulher que era Grace Kelly e um James Stewart impedido em sua cadeira de rodas.
Mas talvez o filme no qual a atriz mais brilhou tenha sido um que é considerado um clássico menor na filmografia do cineasta: Ladrão de Casaca, trama de suspense que, por outro lado, brilhava como comédia de vaudeville.
Com um excelente figurino de Edith Head e um jogo erótico de alta voltagem com Cary Grant aplacado pelos espartilhos da época (era 1955), a aristocrata que Grace interpretou nadava no Mediterrâneo, frequentava bailes de máscaras e conduzia de maneira temerária pelas estradas da Côte D'Azur.
Certa ve z Grace Kelly perguntou. "De quem são esses jardins?", ao roteirista do filme, John Michael Hayes, em um dos intervalos das cenas. "Do príncipe Grimaldi", respondeu ele.
Doze meses depois, quando apresentou em Cannes Amar é Sofrer, a atriz conheceu o príncipe pessoalmente. Grace teve alguns amores, como Gary Cooper, Clark Gable, William Holden, Jean-Pierre Aumont, Ray Milland e David Niven. Mas tudo ficou no passado depois que passou por Mônaco. A carreira meteórica e cheia de sucesso foi interrompida de forma espontânea depois que conheceu o príncipe Rainier. Isso foi em 1955, ao ser convidada pelo governo francês para participar do festival de Cannes.
Rainier de Mônaco tinha 33 anos e ela 28 quando no dia 19 de abril de 1956 protagonizaram o que foi considerado o casamento do século, ao qual compareceram David Niven, Gloria Swanson, Ava Gardner e Conrad Hilton, entre outros famosos da época.
Enquanto Grace dava a Rainier a descendência necessária para manter a independência do principado - com seus filhos Albert, Caroline e Stéphanie, também atraía os negócios, enchia seus cassinos e suas praias.
Grace Kelly criou o baile anual da Cruz Vermelha, evento imperdível para as classes altas europeias que uniu-se ao tradicional Baile da Rosa, que tinha sido criado em 1954 mas também recebeu uma injeção de glamour depois que ela entrou para a família Grimaldi.
Porém, quando tentou voltar ao cinema com Hitchcock em Marnie recebeu a negativa do palácio por uma questão de image m, pois não lhes pareceu o mais adequado ver sua princesa interpretando uma cleptomaníaca.
Seu glamour ficou reduzido às revistas de estilo e moda, como musa de marcas como Givenchy - que desenhou seu figurino para seu encontro com a família Kennedy em 1961 - ou como portadora da "Kelly", bolsa da Hermès que recebeu seu nome. E a sua vida restrita a um papel vitalício, o de grande anfitriã e perfeita consorte, de mãe elegante e impecável banhista do litoral de Mônaco.
Grace fazendo a famosa bolsa Kelly de escudo, elegância suprema.
Foi assim até a morte da princesa, em 14 de setembro de 1982. Sua filha Stéphanie, então com 17 anos, que a acompanhava, foi acusada de ter conduzido o veículo e causado o acidente após uma discussão com sua mãe. Mas comprovou-se que não foi verdade.
Grace Kelly, atriz, princesa, mito, morreu há exatos 30 anos, em acidente de carro, depois de sofrer derrame cerebral, em Monte Carlo, onde vivia. Deixou marido, o Príncipe Rainier, e três filhos: Caroline, Albert (hoje príncipe de Mônaco) e Stefanie. Tinha apenas 52 anos.