Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

30 de setembro de 2012

  
 
 
Flores de Connecticut
 
Hoje postei no Blog duas telas que criei nessa última viagem a Westport Connecticut.
 
Passei o final do verão e começo de outono. É incrível como a natureza é precisa no hemisfério norte. A mudança de estação é visível ao mesmo tempo que poética e inspiradora. A vegetação em New England - Nova Inglaterra - (ou Connecticut), é bem diferente da nossa, é selvagem e devido a luminosidade transmitida através da posição geográfica predominam os tons avermelhados e azulados, compondo um visual harmonioso de um colorido intenso.
 

 
Por do Sol em Connecticut (foto)

 

Jardim Greenwich - (foto)
 
Como artista plástica, não pude deixar de registrar essa poética maravilhosa que faz tão bem aos nossos olhos.
 

 
Flores de Connecticut 1 - Mista - 1,10 X 0,90 cm - Aline Hannun
 


Flores de Connecticut  2 - mista - 0,80 X 1,00 cm - Aline Hannun



 
 
 

29 de setembro de 2012




 
Apresenta a exposição: Horizonte Aparente da artista plástica Francisca B. Ashforth
 

Ashforth cresceu em uma família de gravadores, escultores e pintores. Seu amor pela paisagem - que vem desde seus primeiros anos em New Hampshire e do Vale do Connecticut - a levou a uma paixão pela linha do horizonte e suas relações entre o céu, a terra e a água. Ashforth afirma: "Estou perfeitamente consciente da tensão inata e do equilíbrio que reside dentro dessa linha. Formações de nuvens, padrões de tempo, vento, luz, este equilíbrio entre a paisagem e a criação a partir da memória".
 
As obras de Ashforth são sobre a descoberta da beleza natural do espaço aberto. Tanto em suas gravuras como em seus quadros, ela procura a pura essência da paisagem, quase abstratas. Ela é mestra na manipulação da luz e suas composições, apresentando uma nova perspectiva sobre o eterno equilíbrio da linha do horizonte. Os 50 trabalhos apresentados na Galeria Bendheim demonstram uma essência especial que tem o poder de manter-se na memória por muito tempo após a visualização real da paisagem.
 






De 13/09 a 4/112012
 
Conversa informal

Recentemente tive o prazer de visitar essa exposição e posso garantir que os trabalhos são maravilhosos. A artista utiliza uma técnica muito boa, suas cores são harmoniosas e o resultado é surpreendente. O casarão da exposição é lindo e a cidade de Greenwich é muito charmosa.





28 de setembro de 2012


Museu d'Orsay tem exposição sobre impressionismo e moda

O parisiense Museu d'Orsay, templo da pintura impressionista, apresenta uma exposição de 70 quadros de Manet, Monet, Renoir, Degas e Caillebote, entre outros, acompanhada de 40 vestidos utilizados por mulheres durante a época em que floresceu este movimento artístico, na segunda metade do século 19. 





A exposição, aberta até 20 de janeiro de 2013, é organizada de maneira conjunta pelo Museu d'Orsay, pelo Metropolitan Museum of Art de New York e pelo Art Institute de Chicago.

"Os impressionistas, apaixonados pela modernidade, se interessam pela moda, fenômeno que estava em pleno auge naquela época, com o desenvolvimento das revistas especializadas e das grandes lojas", diz Gloria Groom, curadora da exposição.

"Ao estudar seus grandes retratos de mulheres, me dei conta que pintavam roupas contemporâneas que podiam ser encontradas nos desenhos de moda", explica Groom, do Art Institute de Chicago.
 
A partir daí veio a ideia de utilizar, do acervo do Museu Galliera, os vestidos que se aproximavam desses desenhos, revivendo as silhuetas de quem os usava.

Os impressionistas faziam posar as mulheres que os rodeavam, suas companheiras e amantes. O verdadeiro herói do quadro, no entanto, é o vestido, sua maneira de captar a luz, seus reflexos. Os pintores desse movimento eram especialistas em reproduzir a transparência da luz, seu resplendor fugidio.

Em Mulher com Papagaio (1866), de Manet, a camisola rosa pálido de Victorine Meurent, modelo do pintor, provocou muitos comentários ao ser apresentada no salão de 1868. "Um rosado falso e raro", segundo o escritor Théophile Gautier, uma roupa "suave" para Emile Zola.



Mulher com papagaio - Manet

Manet conhecia bem a moda. Sua parisiense veste uma roupa preta com anquinhas, ajustada na cintura e adornada com um chapéu alto. Ela arrasta a cauda do vestido com segurança, deixando entrever suas botas.

 

Silhueta em S - Manet

Os impressionistas se interessam pela mulher em movimento, diz Groom. Nos anos 1870, as crinoligas (anáguas usadas para armar os vestidos) eram rebaixadas na frente, enquanto na parte traseira eram infladas com almofadas. É o triunfo da silhueta em S, que se aprecia de perfil. O corpete ainda está lá para emprestar uma cinturinha de vespa às mais elegantes.


Albert Bartholomé pinta em Invernar sua esposa vestida com um traje de verão de algodão branco estampado com círculos e detalhes lilás. A roupa da senhora Bartholomé, exposta ao lado da tela na exposição, ostenta uma cintura de 32 centímetros.


 



Quadro de Albert Bartholome em exposição com vestidos no Museu d'Orsay

A cor preta já estava na moda. No grande quadro Senhora Charpentier e seus Filhos, de Renoir, a esposa do célebre editor usa um traje amplo de muita elegância.



Senhora Charpentier e seus Filhos - Renoir

Com Naná, Manet explora o que está por baixo. O corpete de cetim azul-céu da atriz que serviu de modelo, suas anáguas, seu salto alto, exibidos sob a atenção de um homem vestido, ofenderam a moral da época: o quadro foi rejeitado no salão de 1877.
 

 
Naná - Manet
 
Os trajes brancos florescem nos quadros ao ar livre. Para Mulheres no Jardim (1866), de Claude Monet, a companheira do pintor, Camille, veste quatro roupas diferentes para encarnar quatro mulheres em diversas poses.
 







27 de setembro de 2012

 
A maior e mais completa coleção de Arte Naïf do mundo



Exposições permanentes e temporárias no Museu Internacional de Arte Naïf

O Rio de Janeiro é mesmo uma cidade que respira arte. Seus museus, ateliês, artistas e composições artísticas são ótimas representações de toda manifestação cultural que a cidade apresenta para o resto do país e do mundo. Por isso, a maior a mais completa coleção de Arte Naïf do mundo não poderia pertencer a um museu de outra cidade. A arte dos poetas anarquistas do pincel, tida como primitiva, impressionista e cubista, é apresentada em exposições permanentes e temporárias no Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil.
Localizado no bucólico bairro do Cosme Velho, em uma belíssima casa tombada pelo Patrimônio Histórico, próximo ao trenzinho que leva ao Corcovado, o MIAN (Museu Internacional de Arte Naïf) abriga obras de grandes nomes internacionais em seu acervo. O Museu oferece visitas guiadas para grupos e escolas para apresentar seu acervo com obras compostas entre o século XV e os dias atuais, feitas por artistas brasileiros e de 130 países. 

O Museu oferece também o maior e mais completo acervo de arte Naïf do mundo, o MIAN apresenta ao público os dois maiores painéis de obras do gênero, instalados no salão principal do museu. Logo na entrada os visitantes são apresentados à obra da pintora Lia Mittarakis, num painel de 28m2. Já no mezanino do museu vê-se a obra de Aparecida Azevedo, Brasil, 500 anos, que retrata grandes acontecimentos da história do país num enorme painel de 1,40m X 24m. 


Rio de Janeiro Gosto de Você - Lia Mittarakis



Brasil, 500 anos - Aparecida Azevedo

MIAN - Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil.

Rua Cosme Velho, 561 -Cosme Velho - RJ 
www.museunaif.com.br

Sobre o MIAN - Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil

Nascido na França de uma família de origem judia polonesa, Lucien Finkelstein (1931-2008) chegou ao Rio de Janeiro sozinho, aos 16 anos, pouco após a Segunda Guerra acabar, sem falar uma palavra em português. Tinha passado o conflito escondido em uma casa no interior da França.

No Brasil, construiu uma família, um nome como joalheiro de reputação internacional e a maior coleção de arte naïf que ele legou à cidade. O Museu Internacional de Arte Naïf fica no Cosme Velho, a poucos passos do bondinho do Corcovado, que leva ao Cristo Redentor.

“Ele achava que a arte naïf era a mais genuína de um povo. E o museu era o jeito dele para pagar uma dívida com a cidade que o tinha acolhido. Meu avô chegou aqui com uma mão na frente e a outra atrás, passando fome”, conta a educadora Tatiana Levy, neta de Lucien gerente executiva do Mian.
 
O museu ficou fechado durante cinco anos e foi reaberto recentemente, mostrando 250 obras em oito exposições. Uma delas é a panamenha Molas, que apresenta 15 telas com técnicas de sobreposição de tecidos feitas pelas índias da tribo Kuna.
 

A história do criador do museu

Lucien veio morar com os tios e começou a trabalhar na loja que vendia pedras e gemas brasileiras de propriedade do marido de sua tia, um imigrante judeu russo. Aprendeu português, virou atleta e chegou a competir pelo Fluminense em modalidades olímpicas.
 
Gostava de desenhar e pintar. Se encantou ao ver uma aquarela de Di Cavalcanti e um quadro de Heitor dos Prazeres na Livraria Francesa, em Copacabana. Daí nasceu o interesse pela arte naïf - também conhecida como arte primitiva moderna - ela se caracteriza pela ingenuidade dos traços e por ter um caráter autodidata, não vinculado a qualquer corrente acadêmica formal.



Os Arcos da Lapa - pintor Agostinho

Ao casar, Lucien Finkelsteinresolveu criar uma joalheria e desenhar as próprias peças, valorizando um design próprio, em vez de apenas vender as gemas. Acabou descoberto por socialites como Teresa Souza Campos e foi catapultado para a capa da Manchete, importante revista da época.
 
Viveu seu auge profissional nos anos 50 e 60, quando uma pulseira fez parte do acervo da rainha Elizabeth II e criou uma coleção com Di Cavalcanti – de quem ficou amigo e passou a trocar quadros por joias. Pelo design de suas obras, acabou agraciado com o De Beers, o mais importante prêmio do mercado joalheiro mundial,.

Foi com o dinheiro das joias que ele começou sua coleção. Colecionou durante 40 anos. E reuniu cerca de 6 mil obras de mais de 100 países. Teve que arranjar um apartamento para colocar o acervo. Em 1988, exibiu parte dele em uma exposição no Paço Imperial.

O sucesso levou ao desejo de montar um local para a exibição permanente. Ele comprou um casarão do século 19 no Cosme Velho para abrigar as obras. O MIAN foi aberto em 1995, pelo esforço dele. O museu acabou recebendo uma verba municipal para o funcionamento, que foi cortada. Em 2007 ele foi fechado pela falta de recursos financeiros para operar.

“O museu fechou em 2007 e meu avô morreu no ano seguinte de ataque cardíaco. Ele ficou deprimido e triste. Não conseguia entender como o governo não se interessava em manter na cidade um acervo tão significativo”, diz Tatiana. Ela conta que o avô tinha recebido convites para levar o acervo para outras instituições, mas queria que ficasse no Rio.
 
Entre 2007 e 2011, embora de portas fechadas, o museu ainda podia ser visitado por grupos que o contatassem. Em 2010, contudo, uma chuva destruiu o telhado e inundou a reserva técnica. Trezentos quadros foram danificados.
 
Em abril do ano passado o museu fechou completamente. A ajuda chegou com a Secretaria Municipal de Cultura, que liberou uma verba, e o Prince Claus Fund, instituição holandesa que preserva acervos pelo mundo, que custeou a reforma do telhado e da reserva técnica.
 
O museu reabre reformado. Houve uma reforma museológica que privilegiou uma nova identidade visual e elementos de tecnologia com audioguias. No subsolo há uma videoinstalação em homenagem a Henri Rousseau, le douanier, francês precursor e nome mais conhecido da arte naïf no mundo.
 
Mas ainda tem muita coisa a fazer. A lojinha deve começar a funcionar este mês. O café ainda não tem prazo. A perspectiva do site é ficar pronto em maio. E Tatiana diz que é preciso restaurar a fachada do museu e que não há verba de manutenção básica para serviços de limpeza, conservação, jardim, gastos com luz, água… – a família ainda arca com isso.
 
“Queremos transformar o museu em uma instituição auto-sustentável. Mas ainda falta um caminho a percorrer”, diz Tatiana.

 

26 de setembro de 2012


Cartunista Zélio é homenageado em Salão de Humor de Piracicaba

Exposição paralela à 39ª edição do evento no interior paulista lembra os 50 anos de galhofa do artista.



Umas das obras de Zélio em destaque no Salão de Humor do Piracicaba: homenagem a 50 anos de aventura visual.

Fatos que marcam o nascimento do Salão Internacional de Humor de Piracicaba. Quem conta é o cartunista Paulo Caruso, que esteve presente na abertura da mostra. Segundo ele, a primeiro fato ocorreu em 1972, quando foi feito o primeiro contato com o saudoso jornal O Pasquim. A ideia era pedir apoio para a criação de um espaço para desenhos de humor dentro do badalado Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba.
O segundo, e definitivo fato, foi em 1973 e saiu de Piracicaba rumo à cidade maravilhosa. A diferença, segundo Caruso, é que desta vez estava a frente o cartunista, escritor e jornalista Zélio Alves Pinto, irmão de Ziraldo e integrante do Pasquim. Eles foram num Ford Galaxie preto da prefeitura. Dentro do carro, alguns jornalistas, os jovens grumetes e alguns garrafões de um líquido precioso aos nativos da região: pinga.

E assim, conta Caruso, pouco depois, em agosto de 1974, no saguão do Banco Português, na praça José Bonifácio, nascia o 1° Salão de Humor de Piracicaba.

Portanto, não é à toa que Zélio desenhou e dá nome ao troféu entregue aos primeiros colocados nas cinco categorias do Salão de Humor, cartoon, caricatura, charge, tiras e trabalhos temáticos. Junto ao prêmio de R$ 5 mil. E ainda tem o Grande Prêmio Zélio de Ouro, de R$ 10 mil, ao melhor desses cinco.

O cartunista que completou 50 anos de carreira em 2011, é homenageado na exposição, paralela ao Salão, Zélio Cartunista. Baseada no livro Zélio - 50 anos de uma Aventura Visual, do crítico de arte Enock Sacramento, a mostra traz cartoons produzidos pelo artista entre os anos 1950 e 1980. Em entrevista à Revista do Brasil, Zélio defende que o Brasil é sensacional por não perder o senso do humor ao longo de sua saga.
 





 


 

25 de setembro de 2012


Obras de arte ganham vida com antigos resíduos 
 
Não é de hoje que resíduos inutilizados dão origem a novas peças e criações curiosas. Muitos tipos de obras de arte só existem graças a esses objetos que, em teoria, seriam rapidamente descartados. Ao contrário do que muita gente pensa, o lixo pode ser reaproveitado, sim, e ainda surpreender qualquer um. Vejam algumas dessas obras.
 
Um incrível arco gigante foi construído na entrada de um estacionamento de bicicletas. E ele se relaciona com o local, já que foi construído com partes de bicicletas quebradas. Todas as “magrelas” danificadas foram recolhidas de organizações sem fins lucrativos que armazenam bicicletas para crianças carentes. A ideia foi dos designers Mark Grieve e Ilana Spector que levaram todas as bikes para reciclagem após desmontarem a estrutura temporária.


 
Arco de bicicletas

Toda criança acaba sempre quebrando algum brinquedo, que vai para o lixo. O escultor britânico Robert Bradford recolhe tudo, estejam as peças quebradas, velhas ou inutilizadas. Com elas e com muita criatividade monta diversos animais, principalmente cachorros, que são parte de seu projeto chamado Recycled Toy Sculptures. 



Cachorro de brinquedo

Estas são obras de arte que não poderiam faltar na lista. A artista Sandhi Schimmel encontrou uma forma incrível de dar um fim decente à papelada que recebemos diariamente nas ruas, seja panfletos, formulários, comprovantes, cupons fiscais e outros. Inspirada na pop art, ela cria retratos - muitas vezes de pessoas famosas - e ainda ajuda o meio ambiente.
 


Mosaico

O boneco não é realmente feito de neve, mas os materiais utilizados nele mantêm sua forma tradicional, sem falar que não derrete! O projeto foi desenvolvido pelas próprias crianças de uma creche no Canadá a partir da técnica do reaproveitamento. Foram utilizados recipientes, embalagens plásticas e caixas vazias de suco. De forma criativa e divertida elas puderam aprender sobre a importância de reutilizar o lixo
 


Boneco de neve reciclado

O artista HA Schult criou a original e perturbadora exposição que tem mil homens feitos de lixo. As estátuas se parecem muito com pessoas reais e são todas feitas com peças de computador, plástico e alumínio. É considerada uma das maiores exposições de arte reciclada do mundo.
 
 
Pessoas de Lixo?
 
Conversa informal
 
Reciclar significa transformar objetos e materiais usados em novos produtos para o consumo. Esta necessidade foi despertada pelos seres humanos, a partir do momento em que se verificou os benefícios que este procedimento traz para o planeta Terra.

A reciclagem pode e deve fazer parte da vida de qualquer pessoa. Alguns anos atrás eu, como artista plástica, senti que deveria colaborar com essa necessidade do nosso planeta e divulgá-la. Criei, então, uma série que chamei de Pequeno Formato e venho trabalhando nela até os dias de hoje como uma bandeira, um incentivo a todas as pessoas que são solidárias à causa, mas não sabem como ajudar.

Comecei a fazer meus trabalhos usando a lona reciclada de caminhões como suporte e madeiras de demolição, obras e sucatas. O resultado vocês podem conferir nas fotos abaixo. Posso adiantar que a minha atitude agradou muito a todos e, como consequência, as obras foram um sucesso.
 

 

 

 

 

 

 
Devemos assumir essa conduta, não só profissionalmente, mas também no dia a dia. É só usarmos a criatividade. Veja o que nós (minha filha e eu) fizemos com o berço que, por enquanto, não está sendo usado: uma escrivaninha para o quarto da nenê. Ela adorou!



Nada melhor do que reciclar para eternizar. Assim o passado estará sempre presente. Aline Hannun

 
 
 
 

24 de setembro de 2012






Beatriz Milhazes: primeira artista brasileira a ganhar retrospectiva no Malba em Buenos Aires
 
A exposição da artista plástica Beatriz Milhazes, foi aberta no último dia 15 no Malba Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, e rompe algumas tradições. Trata-se da primeira retrospectiva de sua obra num museu hispano-americano e a primeira de um artista brasileiro no Malba, uma instituição especializada na arte do continente. 

"É impressionante como falta diálogo entre as culturas e como há dificuldades para organizar coisas entre os nossos países", disse Milhazes.
 
Para introduzir aos argentinos seu trabalho, de projeção internacional reconhecida, a artista e o curador da mostra, o francês Frederic Paul, resolveram fechar o recorte apenas nas pinturas. Ficaram de fora as colagens, gravuras e outros gêneros. "Como primeira mostra, achei bom focar naquilo que é o centro da minha produção desde os anos 1980", diz Milhazes
 
As mais de 30 telas estão distribuídas de forma generosa no segundo piso do museu, que conta com bastante luz natural, ajudando a projetar as cores de suas telas. 


 
O Mágico - 2001- compõe a exposição de Beatriz Milhazes no Malba

A disposição das obras não obedece uma ordem cronológica, mas sua organização permite distinguir as diversas fases de seu trabalho, do início com muitas referências da cultura brasileira até a fase atual, mais abstrata. 

Vieram quadros de coleções latino-americanas e dos EUA, entre eles Os Pares (1999), O Caipira (2004) e Pierrot e Colombina (2009). Na abertura da sala, está uma cortina realizada para um dos espetáculos de dança de sua irmã, a coreógrafa Marcia


 
Pierrot e Colombina



Cenografía para o espetáculo de dança  
 
Milhazes diz que não sabe como será a recepção do público argentino a seu trabalho, mas adianta que as diferenças entre percepções de distintos países não obedece a questões geográficas. A artista diz que no México foi mais difícil ser entendida do que na Alemanha. "O México tem uma tradição figurativa, expressionista e com uma carga dramática que dificulta a leitura do tipo abstrato que eu desenvolvo. Já a Alemanha e a Inglaterra tiveram uma compreensão imediata porque têm forte relação com essa tradição", resume.
 
A exposição fica em cartaz em Buenos Aires até o dia 19 de novembro.
 
Sobre Beatriz Milhazes

Beatriz Milhazes nasceu no Rio de Janeiro, 1960 é pintora, gravadora, ilustradora e professora. A sua trajetória pelas artes plásticas começou em 1980. Em 1997, participou como ilustradora do livro As Mil e Uma Noites à Luz do Dia: Sherazade Conta Histórias Árabes, de Katia Canto.

Seu estilo

A cor é um elemento onipresente na obra de Beatriz Milhazes. Seu repertório estrutural inclui a abstração geométrica, o carnaval, o modernismo, f
lores, arabescos, alvos e quadrados. Milhazes eventualmente usa a colagem na superfície da tela e aplica adicionais para viabilizar as obras como pintura, decalque, justaposição e sobreposições.

Suas obras da década de 1980 revelam uma tensão entre figura e fundo, entre representação e ornamentalismo. Posteriormente, faz opção por uma pintura de caráter decididamente bidimensional. Beatriz Milhazes revela sensibilidade no uso da cor, como nas obras O Príncipe Real (1996) ou As Quatro Estações (1997). Na tela Mares do Sul (2001), Milhazes estabelece um jogo com o gênero da paisagem. Em trabalhos mais recentes, utiliza constantemente formas como estrelas e espirais e as cores tornam-se mais luminosas, como em Nazaré das Farinhas (2002).
 


O Principe Real
 
 
As Quatro Estações 
 

 
Mares do Sul 
 

 
Nazaré das Farinhas  
 
Técnica
 
A artista trabalha freqüentemente com formas circulares, sugerindo deslocamentos ora concêntricos ora expansivos. Na maioria dos trabalhos, prepara imagens sobre plástico transparente, que são descoladas, como películas, e aplicadas na tela por decalque. Aglomera as imagens, preenchendo o fundo e retocando a imagem final. Os motivos e as cores são transportados para a tela por meio de colagens sucessivas, realizadas com precisão. A transferência das imagens da superfície lisa para a tela faz com que a gestualidade seja quase anulada. As numerosas sobreposições não apresentam, nenhuma espessura: os motivos de ornamentação e arabescos são colocados em primeiro plano. O olhar do espectador é levado a percorrer todas as imagens, acompanhando a exuberância gráfica e cromática presente em seus quadros.

"Estou interessada no conflito. E no momento que você adiciona mais cores, um conflito sem fim é iniciado. Portanto é um movimento constante em seus olhos, em você mesmo, em seu corpo…e eu gosto.”

Milhazes já teve obras vendidas em leilão por mais de um milhão de dólares.

Assista ao vídeo

 





23 de setembro de 2012


Visitas grátis





Em menos de cinco minutos pode-se visitar o Museu de Arte Moderna de Nova York - MoMA, apreciar A Noite Estrelada, de Vincent van Gogh, e depois andar pelos inúmeros salões do Palácio de Versalhes, na França. Sem gastar um tostão nem sair de casa. O Google Art Project (www.googleartproject.com) permite ao usuário navegar por mais de 150 coleções de 40 países, ver obras em altíssima resolução, conhecer, em 360°, as galerias de museus, incluindo brasileiros. Desde abril passado, a Pinacoteca e o Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM fazem parte do projeto.

www.googleartproject.com
 
 
 
 

22 de setembro de 2012


Música e artes plásticas: exposição homenageia Vinicius de Moraes
 


O Artista plástico Elifas Andreato convidou músicos, como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Toquinho, Martinho da Vila, Marcelo Camelo, entre outros grandes nomes da MPB, para celebrar a obra de Vinicius de Moraes. O resultado da exposição O HaverPintura e música para Vinícius, que conta com o patrocínio da Petrobras, já pode ser conferido pelo público.

Inspirados no poema O Haver, de Vinícius, os 15 músicos compuseram canções – instrumentais ou letradas – e depois, junto com Elifas, cada um deles fez uma pintura em homenagem ao poeta. Além da exposição, o projeto tem ainda como produtos um DVD e um livro.

 


Com quase 50 anos de carreira, o artista gráfico, cenógrafo e jornalista Elifas Andreato é considerado o mais importante autor de capas e um dos nomes mais importantes das artes gráficas do país. Ele produziu capas de disco para grandes nomes da música popular: de Chico Buarque a Paulinho da Viola; de Adoniran Barbosa a Elis Regina. A relação do artista gráfico com o poeta começou em 1975, quando foi convidado a criar a capa do disco Vinicius e Toquinho.
 
O Haver
Vinicius de Moraes
 
 
Serviço: O Haver – Pinturas e Músicas para Vinicius de Moraes

Elifas Andreato e convidados

Onde: Galeria BNDES – Av. República do Chile, 100. Centro. Rio de Janeiro.

Quando: Até 11/10, de segunda a sexta, das 10h às 19h.

Grátis.

Mais informações: www.ohaver.com.br

 
 
 
 

20 de setembro de 2012






Grace Kelly atriz e princesa: 30 anos de sua morte.
 
Há 30 anos que a mesma estrada que a imortalizou no cinema em Ladrão de Casaca testemunhou a morte de Grace Kelly, atriz transformada em princesa, máxima expressão da loira de Hitchcock, símbolo vigente de elegância e glamour e matriarca do midiático clã Grimaldi.

Grace Kelly, então Grace de Mônaco, morreu no dia 14 de setembro de 1982 no hospital de Monte Carlo que leva seu nome, um dia após um acidente de automóvel que deu um giro de 180 graus no conto de fadas da atriz que se apaixonou por um príncipe.

Porém, sua história não foi a do patinho feio transformado em cisne. Grace Kelly nasceu bonita e rica na Filadélfia em 1928, filha de um con strutor multimilionário que a matriculou nas melhores escolas do país.

Após estudar Artes Dramáticas em Nova York, sua pose aristocrática e sua beleza mais que perfeita não demoraram a chamar a atenção de Hollywood, onde a esperavam papéis de loira cândida em Matar ou Morrer, ao lado de Gary Cooper, e Mogambo, no qual a futura princesa contracenou com Clark Gable.

Um especialista em fazer explodir o vulcão que se escondia por trás do gélido, Alfred Hitchcock, encontrou nela a melhor de suas musas, a que estimulou sua imaginação e lhe inspirou alguns de seus melhores diálogos.

Tudo começou com Disque M para Matar. A cena na qual Grace Kelly comete um assassinato em defesa própria com uma tesoura de escritório ficou na retina de várias gerações de espectadores.

Depois chegaria Janela Indiscreta, sublimação do espírito voyeurista de Hitchcock, que aproveitava a intriga para ironizar as relações de casal entre a belíssima mulher que era Grace Kelly e um James Stewart impedido em sua cadeira de rodas.
 
 

Grace numa nuvem de chiffon, no antológico vestido de Janela Indiscreta

Mas talvez o filme no qual a atriz mais brilhou tenha sido um que é considerado um clássico menor na filmografia do cineasta: Ladrão de Casaca, trama de suspense que, por outro lado, brilhava como comédia de vaudeville.

Com um excelente figurino de Edith Head e um jogo erótico de alta voltagem com Cary Grant aplacado pelos espartilhos da época (era 1955), a aristocrata que Grace interpretou nadava no Mediterrâneo, frequentava bailes de máscaras e conduzia de maneira temerária pelas estradas da Côte D'Azur.
 


Cena de Ladrão de Casaca, do diretor Alfred Hitchcock.

Certa ve z Grace Kelly perguntou. "De quem são esses jardins?", ao roteirista do filme, John Michael Hayes, em um dos intervalos das cenas. "Do príncipe Grimaldi", respondeu ele.

Doze meses depois, quando apresentou em Cannes Amar é Sofrer, a atriz conheceu o príncipe pessoalmente. Grace teve alguns amores, como Gary Cooper, Clark Gable, William Holden, Jean-Pierre Aumont, Ray Milland e David Niven. Mas tudo ficou no passado depois que passou por Mônaco. A carreira meteórica e cheia de sucesso foi interrompida de forma espontânea depois que conheceu o príncipe Rainier. Isso foi em 1955, ao ser convidada pelo governo francês para participar do festival de Cannes.

Rainier de Mônaco tinha 33 anos e ela 28 quando no dia 19 de abril de 1956 protagonizaram o que foi considerado o casamento do século, ao qual compareceram David Niven, Gloria Swanson, Ava Gardner e Conrad Hilton, entre outros famosos da época.

Enquanto Grace dava a Rainier a descendência necessária para manter a independência do principado - com seus filhos Albert, Caroline e Stéphanie, também atraía os negócios, enchia seus cassinos e suas praias.

Grace Kelly criou o baile anual da Cruz Vermelha, evento imperdível para as classes altas europeias que uniu-se ao tradicional Baile da Rosa, que tinha sido criado em 1954 mas também recebeu uma injeção de glamour depois que ela entrou para a família Grimaldi.

Porém, quando tentou voltar ao cinema com Hitchcock em Marnie recebeu a negativa do palácio por uma questão de image m, pois não lhes pareceu o mais adequado ver sua princesa interpretando uma cleptomaníaca.

Seu glamour ficou reduzido às revistas de estilo e moda, como musa de marcas como Givenchy - que desenhou seu figurino para seu encontro com a família Kennedy em 1961 - ou como portadora da "Kelly", bolsa da Hermès que recebeu seu nome. E a sua vida restrita a um papel vitalício, o de grande anfitriã e perfeita consorte, de mãe elegante e impecável banhista do litoral de Mônaco.



Grace fazendo a famosa bolsa Kelly de escudo, elegância suprema.
 
Apesar da vida de princesa em Mônaco, biógrafos e amigos relatam que a atriz não era muito feliz longe de casa e sentia falta da vida nos Estados Unidos. Ciumento, Rainier determinou que os filmes da mulher fossem banidos do principado.

Foi assim até a morte da princesa, em 14 de setembro de 1982. Sua filha Stéphanie, então com 17 anos, que a acompanhava, foi acusada de ter conduzido o veículo e causado o acidente após uma discussão com sua mãe. Mas comprovou-se que não foi verdade.

Grace Kelly, atriz, princesa, mito, morreu há exatos 30 anos, em acidente de carro, depois de sofrer derrame cerebral, em Monte Carlo, onde vivia. Deixou marido, o Príncipe Rainier, e três filhos: Caroline, Albert (hoje príncipe de Mônaco) e Stefanie. Tinha apenas 52 anos.
 


Escultural no longo de cetim que repetiu em três ocasiões (à esq.), falsamente virginal entre as madrinhas no casamento com o príncipe de Mônaco e outonal, no palácio, vestindo Dior (à dir.): ícone de estilo.