Sobre as Sombras na Aquarela
Tudo começou com as nuvens.
A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.
Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.
As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.
Aline Hannun
25 de maio de 2016
Crystal Gregory - Dando vida à paisagem urbana
18 de maio de 2016
Piet Mondrian e o movimento De Sttijl em Brasília
11 de maio de 2016
"Di Cavalcanti - Conquistador de Lirismos"
4 de maio de 2016
Uma história do Modernismo na Pinacoteca de São Paulo
"Família" - 1935 - Cândido Portinari
"Flores" (Abricó-de-macaco) - déc. 1930 - óleo sobre tela - 65 x 53,5 cm - Alberto da Veiga Guignard - Coleção particular
A exposição, que ficará em cartaz até setembro de 2016, tem patrocínio do Banco HSBC por meio da Lei de incentivo à cultura. "Valorizar a cultura de países e estimular o câmbio cultural faz parte da nossa estratégia de patrocínio global. É uma grande satisfação apoiar esta exposição que mostrará os principais momentos da arte Moderna do país", conclui Renata Brasil, diretora de marketing para pessoa jurídica e patrocínios institucionais do HSBC.
Alguns destaques da mostra:
Tarsila do Amaral (1886-1973)
"Abapuru" - 1928 - Tarsila do Amaral
Em janeiro de 1928, Tarsila do Amaral presenteou o marido Oswald de Andrade com a pintura "Abaporu", que o inspiraria a redigir o "Manifesto Antropófago", documento seminal do Modernismo brasileiro, no qual o autor propõe uma assimilação crítica do legado cultural europeu e seu reaproveitamento para a criação de uma arte genuinamente brasileira.
"Antropofagia" - 1929 - Tarsila do Amaral
Ernesto de Fiori (1884 - 1945)
São poucos os dados precisos sobre a formação artística de Ernesto de Fiori. Sabe-se que em 1904 ingressou na Akademie der Bieldenden Künste de Munique, na Alemanha, onde frequentou aulas de desenho. Desde o início interessado em pintura, mas dedicado, sobretudo, à escultura, chegou ao Brasil, em 1936, vindo de Berlim, e começou a se firmar no ambiente artístico ao participar de mostras locais. A figura do homem andando ou em marcha está presente em seu trabalho desde 1920 até aproximadamente 1938. Mas estas peças tem as suas especificidades no modo como o homem projeta o seu corpo à frente, com cabeça e tronco lançados para a esquerda, em passo largo, sugerindo velocidade e obstinação. A superfície áspera, desigual, com aspecto inacabado, e a simplificação das formas, sem a divisão dos dedos das mãos ou dos pés, reforçam a rapidez e o dinamismo da escultura, desde a ideação, passando pela moldagem da matéria. O resultado é uma imagem urgente, que insinua um processo em curso, ou no mínimo uma situação que aponta para transformações.
"Fachada" - 1955 - Alfredo Volpi