Pinacoteca apresenta: Carlos Cruz-Diez em A Cor no Espaço e no Tempo
A Pinacoteca do Estado
de São Paulo apresenta a
exposição Carlos Cruz-Diez: A cor no espaço e no tempo, com cerca de
150 obras, entre pinturas, gravuras, ambientes cromáticos, desenhos e vídeo. Há
mais de cinco décadas, Carlos Cruz-Diez (Venezuela, 1923) vem
pesquisando ativamente as origens e a ótica das cores. Sua extensa obra inclui
estruturas não-convencionais de cor, ambientes de luz, intervenções em via
pública, projetos de integração arquitetônica e até trabalhos experimentais.
A exposição refaz a trajetória
do artista, desde suas pinturas figurativas a óleo, raramente vistas, realizadas
quando Cruz-Diez ainda era um estudante (1940), até explorações plenas de cor em
movimento (2000). Entre os trabalhos apresentados na mostra está a série cores
físicas - que consiste em uma sequência de linhas coloridas alinhadas
verticalmente e de filtros refletores que são modificados conforme o ângulo da
luz ambiente e da posição do observador, projetando, assim, a cor no espaço e
criando um efeito que evolui continuamente, dependendo do deslocamento do
observador.
Metámorfoses cromáticas - pintura a óleo
Série Cores Físicas
Para Cruz-Diez, "as cores não precisam de formas para acontecer, elas simplesmente existem", diz o venezuelano, que trabalha há pelo menos 40 anos estudando a percepção cromática do olho.
Cromosaturação
Cerca de 50 fisicromias serão expostas pela primeira vez, revelando
os oito estágios que marcam a evolução conceitual e tecnológica da série: desde
madeira cortada e pintada à mão e peças de papelão, até o emprego de tiras de
alumínio e tecnologia de impressão digital. Cor aditiva e Indução cromática,
ambas de 1963, são duas séries de trabalhos que estão inter-relacionadas e que leva a
retina do observador a produzir uma terceira cor virtual quando confrontada com
duas cores complementares em um plano.
Indução Cromática
As peças que dão título à mostra, cor
no espaço e no tempo, serão exibidas em três ambientes diferentes. No espaço
central do museu, Octógono, os visitantes encontrarão Cromointerferência,
1964-2012. Trata-se de um grande espaço branco no qual dois planos de cor
ondulam constantemente em faixas projetadas nas paredes e no piso, dissolvendo
em cor os volumes ao redor – inclusive os corpos dos observadores. Ainda fora
das salas de exposição, será apresentado Transcromia, 1965-2010, formada por
conjuntos de lâminas que estarão dispostos em quatro vãos dos corredores que dão
acesso à entrada da mostra. A última, Cromosaturação, 1965-2004, consiste em uma
sequência de três espaços independentes em que Cruz-Diez isola a cor “crua” e
cria um display com efeitos de puro cromatismo.
Completando a
exposição, serão exibidos os projetos arquitetônicos de Cruz-Diez e suas
intervenções no cenário urbano, calçadas para pedestres, usinas
hidroelétricas, silos de trigo e dois vídeos sobre o
processo do artista.
A mostra Carlos Cruz-Diez: A cor
no espaço e no tempo traz uma seleção de obras que pertencem ao acervo da
Cruz-Diez Foundation no MFAH, e ao
Atelier Cruz-Diez em Paris e no Panamá, além de coleções públicas e particulares
na Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Itália e nos Estados
Unidos.
Até: 23 de setembro
Endereço: Pinacoteca do Estado de São Paulo - Praça da Luz, 2, Bom Retiro – São Paulo
Horário: 3ª a dom, das 10 às 18h
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