Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

28 de dezembro de 2012

Dadaísmo e Marcel Duchamp



"O indivíduo, o homem é um homem, um homem como um cérebro, me interessa o que ele faz, porque tenho notado que a maioria dos artista se repetem". Marcel Duchamp
 
Dadaismo

O Dadaísmo surge em meio à guerra, em 1916, do encontro de um grupo de refugiados (escritores e artistas plásticos) com o intuito de fazer algo significativo que chocasse a burguesia da época.

Este movimento é o reflexo da perspectiva diante das conseqüências emocionais trazidas pela Primeira Guerra Mundial: o sentimento de revolta, de agressividade, de indignação, de instabilidade.

O Dadaísmo é considerado a radicalização das três vanguardas européias anteriores: o Futurismo, o Expressionismo e o Cubismo. Os artistas desse período eram contra o capitalismo burguês e a guerra promovida com motivação capitalista. A intenção desta vanguarda é destruir os valores burgueses e a arte tradicional.

Não se sabe ao certo a origem do termo dadaísmo, mas a versão mais aceita diz que ao abrir aleatoriamente um dicionário apareceu a palavra dada, que significa cavalinho de brinquedo e foi adotada pelo grupo de artistas.

O movimento artístico conhecido como Dadaísmo surge com a clara intenção de destruir todos os sistemas e códigos estabelecidos no mundo da arte. Trata-se, portanto, de um movimento antipoético, antiartístico, antiliterário, visto que questiona até a existência da arte, da poesia e da literatura. O dadaísmo é uma ideologia total, usada na forma de viver e com a absoluta rejeição de todo e qualquer tipo de tradição ou esquema anterior.

É contra a beleza eterna, contra as leis da lógica, contra a eternidade dos princípios, contra a imobilidade do pensamento e contra o universal. Os adeptos deste movimento promovem uma mudança, a espontaneidade, a liberdade da pessoa, o imediato, o aleatório, a contradição, defendem o caos perante a ordem e a imperfeição frente à perfeição.

Os dadaístas proclamam a antiarte de protesto, do escândalo, do choque, da provocação, com o auxílio dos meios de expressão oníricos e satíricos. Baseiam-se no absurdo, nas coisas carentes de valor e introduzem a desordem em suas cenas, rompendo com as antigas formas tradicionais de arte.

Marcel Duchamp: um dos principais representantes do dadaísmo

Marcel Duchamp foi um pintor francês (1887 - 1968). Nascido em Blainville, foi um dos líderes do movimento dadaísmo e o inventor dos ready made. É um dos precursores da arte conceitual e introduziu a ideia de ready made como objeto de arte.

Começou sua carreira como artista criando pinturas de inspiração romantista, expressionista e cubista. Dessa fase, destaca-se o quadro Nu descendo a escada, que apresenta uma sobreposição de figuras de aspecto humano numa linha descendente, da esquerda para a direita, sugerindo a ideia de um movimento contínuo. Em 1913 a mesma obra provocou escândalo na exposição de arte moderna Armory Show, em Nova York. Foi mal recebido pelos partidários do Cubismo, que o julgaram profundamente irônico para com a proposta artística por eles pretendida.



Nu descendo a escada - Marcel Duchamp

Essa fase lhe rendeu o quadro O rei e rainha cercados de nus, que sugere um movimento através de duas figuras humanas e A noiva que apresenta formas geométricas bastante delineadas e sobrepostas, insinuando uma figura de proporções humanas.



O rei e a rainha cercados de nus - 1912 - Marcel Duchamp




A noiva - Marcel Duchamp

A obra A noiva é formada de duas lâminas de vidro, uma sobre a outra, onde se vê uma figura abstrata na parte de cima, que seria a noiva, inspirada no quadro acima mencionado, e, na parte de baixo, se percebe uma porção de outras figuras (feitas de cabides, tecido e outros materiais), dispostas em círculo, ao lado de uma engrenagem (retirada de um moinho de café). Essa obra consumiu anos inteiros de dedicação de Duchamp, e só veio a público muito depois do início de sua construção, intercalada, portanto, por uma série de obras. Não se tem um consenso acerca do que representa essa obra, mas diversas opiniões conflitantes, com base em psicologismos e biografismos, renderam e ainda rendem bastante discussão.

Ready made

Duchamp foi o responsável pelo conceito de
ready made, que é o transporte de um elemento da vida quotidiana, a priori não reconhecido como artístico, para o campo das artes. A princípio, como numa brincadeira entre seus amigos, entre os quais Francis Picabia e Henri-Pierre Roché, Duchamp passou a incorporar material de uso comum nas suas esculturas. Em vez de trabalhá-los artisticamente, ele simplesmente os considerava prontos e os exibia como obras de arte.



A fonte - 1917 - Marcel Duchamp

A Fonte foi a obra que fez repercutir o nome Duchamp ao redor do mundo - especialmente depois de sua morte -, baseada nesse conceito de ready made: pensada inicialmente por Duchamp (que enviou-a com a assinatura "R. Mutt" - fábrica que produziu o urinol - lida ao lado da peça) para figurar entre as obras a serem julgadas para um concurso de arte promovido nos Estados Unidos. A escultura foi rejeitada pelo júri, uma vez que, na avaliação deste, não havia nela nenhum sinal de labor artístico. Com efeito, trata-se de um urinol comum, branco e esmaltado, comprado numa loja de construção e assim mesmo enviado ao júri, entretanto, a despeito do gesto iconoclasta de Duchamp, há quem veja nas formas do urinol uma semelhança com as formas femininas, de modo que se pode ensaiar uma explicação psicanalítica, quando se tem em mente o membro masculino lançando urina sobre a forma feminina.

Entre suas obras destacam-se também a Roda de Bicicleta (1913). Em suas "anticriações", interfere em obras já existentes. A Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, pintada com bigode e cavanhaque, é a mais conhecida. Em 1923 deixa a pintura para dedicar-se ao xadrez.

Conversa informal:

Marcel Duchamp deixou uma forte influência após sua passagem pela história da arte. Não há artísta que não o conhece e que nunca tenha refletido sobre sua coragem e desprendimento em relação à arte conhecida até então.

Como artista interessada, sempre em busca de novos estimulos e aprendizado, não pude deixar de experimentar a sensação e emoção de fazer duas releituras, uma da  obra O Amor e outra da Roda de bicicleta.



O Amor -  Marcel Duchamp   O Amor - Aline Hannun


Roda de bicicleta - Marcel Duchamp  / Roda de bicicleta - Aline Hannun

Duchamp abandonou a pintura no auge da fama. “Eu me interessava por idéias e não simplesmente pelos produtos visuais”, disse. “Eu queria colocar a pintura novamente a serviço da mente”.







27 de dezembro de 2012

Mark Rothko


Tela de Rothko é arrematada por US$ 67 milhões em Nova York

O quadro de Mark Rothko No.1 (Royal Red and Blue) foi arrematado por US$ 67 milhões em um leilão da casa Sotheby's em Nova York, no qual também foram vendidas obras de Jackson Pollock, Francis Bacon e Andy Warho.




A obra foi pintada por Rothko em 1954 e se enquadra em um período considerado como o apogeu da carreira deste mestre do expressionismo abstrato americano.

"O tamanho, a qualidade, o estado de conservação e as cores tão comerciais faziam deste quadro um candidato ideal para alcançar um preço recorde", explicou Augusto Uribe, porta-voz da Sotheby's.

No.1 (Royal Red and Blue) faz parte de uma série de oito trabalhos que foram selecionados pelo próprio autor para integrar uma exibição individual realizada em 1954 no Instituto de Arte de Chicago, a qual representou um marco na trajetória do artista.

 
No.1 (Royal red and blue) - Mark Rothko

A obra permaneceu na mesma coleção durante os últimos 30 anos, e sua venda constitui "um grande acontecimento", segundo Uribe, já que as pinturas de Rothko não costumam aparecer em leilões.

No segundo trimestre deste ano, uma tela do artista intitulada Laranja, Vermelho, Amarelo foi vendida pela casa Christie's por US$ 86,8 milhões.

 
Laranja, vermelho , amarelo
 



Outras obras referentes ao expressionismo abstrato alcançaram grandes valores, como Number 4, (1951) de Pollock, que foi vendida por US$ 36 milhões.


 



Untitled (Pope), de Bacon, encontrou um comprador por US$ 26,5 milhões, após ter permanecido na mesma coleção privada desde 1975.

 



Abstraction, de Willem de Kooning, saiu por US$ 17,5 milhões, enquanto Abstraktes Bild (712), de Gerhard Richter, foi arrematada por US$ 15,5 milhões.


 



Warhol foi representado no leilão por Green Disaster e Suicide, quadros pertencentes a sua provocativa série Morte e desastre e que foram vendidos, respectivamente, por US$ 13,5 milhões e US$ 14,5 milhões.

 
 
Sobre Mark Rothko

Markus Rotkovičs, (1903-1970) foi um pintor expressionista abstrato (embora ele rejeitasse tal classificação), nascido na Rússia (Letónia) e naturalizado estadunidense.

De origem
judaica, Rothko emigrou com a mãe e a irmã para Portland (Oregon), em 1913, para se reunir ao pai e irmãos. Fez seus estudos no Lincoln High School de Portland, depois na Universidade Yale.

Em
1929, tornou-se professor de desenho para crianças. Em 1932 casou-se com Edith Sacharem e em 1934, fundou a Artist Union de Nova York.

Em 1940, adotou o nome anglicizado Mark Rothko, dois anos após ter conseguido a nacionalidade americana.

De acordo com seus amigos, tinha uma natureza difícil. Profundamente ansioso e irascível, podia ser também extrememente afetuoso. É nos anos
1950 que sua carreira verdadeiramente deslancha, graças sobretudo ao colecionador Duncan Philips que lhe comprou vários quadros e, após uma longa viagem do pintor à Europa, consagrou uma sala inteira à sua coleção (um sonho de Rothko, que desejava que os visitantes não fossem perturbados por outras obras).

Os
anos 1960 foram para ele um período de grandes encomendas públicas - da Universidade Harvard, da Marlborought Gallery, de Londres, a Capela em Houston) - e de desenvolvimento das suas idéias sobre a pintura. Mas este impulso criador e de reconhecimento foi interrompido por um aneurisma de aorta - doença incapacitante que o impediu de pintar em grandes formatos.

Reconhecido na Europa e na América pelo seu papel no desenvolvimento da arte não-representacional, Rothko cometeu suicídio em 25/2/1970 em meio à depressão e à doença.

Rothko era um intelectual, um homem extremamente culto que amava a música e a literatura e era muito interessado pela
filosofia. Influenciado pela obra de Henri Matisse
– a quem ele homenageou em uma de suas telas.

Rothko ocupou um lugar singular na Escola de Nova York.

Após ter experimentado o
expressionismo abstrato e o surrealismo, ele desenvolveu, no final dos anos 1940, uma nova forma de pintar. Hostil ao expressionismo da Action Painting, Mark Rothko (assim como Barnett Newman e Clyfford Still) inventa uma forma meditativa de pintar, que o crítico Clement Greenberg definiu como Colorfield Painting (pintura do campo de cor).
Em suas telas, ele se exprime exclusivamente por meio da cor em tons indecisos, em superfícies moventes, às vezes monocromáticas e às vezes compostas por partes diversamente coloridas. Ele atinge assim uma dimensão espiritual particularmente sensível.


Mark Rothko no teatro

Sua vida e obra são o tema da peça de teatro Vermelho com Antonio Fagundes atualmente em cartaz no Teatro GEO

Numa coprodução do ator Antonio Fagundes e do diretor Jorge Takla, a montagem de Vermelho, texto do roteirista e dramaturgo norte-americano John Logan, além de inaugurar o belíssimo Teatro GEO, com 627 lugares, dentro do Instituto Tomie Ohtake, em Pinheiros, é encenada pela primeira vez no Brasil. A peça estreou em 2009 em Londres e no ano seguinte arrebatou diversos prêmios na Broadway/Nova York, inclusive o de melhor espetáculo.
 
A trama (traduzida por Rachel Ripani) gira em torno do duelo de gerações entre o consagrado pintor russo (naturalizado norte-americano) Mark Rothko e seu assistente Ken. Mais do que a entrega de bastão do artista mais velho para o iniciante, a peça discute a relação do mercado com a obra de arte, além das diferentes visões de mundo, ideologia e modo de encarar a vida entre os dois personagens.

A montagem brasileira traz um elemento a mais: como no palco Rothko e Ken são interpretados por pai e filho, o duelo de gerações fica ainda mais evidente para a plateia.

Na peça, tudo se passa entre 1958 e 59 quando ele estava em seu ateliê de Nova York produzindo a série de murais para o restaurante Four Seasons, no Edifício Seagram, encomenda feita a ele por uma quantia recorde para a época. Para auxiliar neste trabalho, ele contrata o assistente Ken e é deste encontro que surge uma relação no mínimo inusitada. Se no início o rapaz se mostra inexperiente e submisso à arrogância e ironia do mestre, com o passar do tempo Ken amadurece e passa a questionar com fortes e seguros argumentos a postura de veterano pintor.


Fagundes num dos embates do mestre com o principiante.

A grande atração de Vermelho é justamente esta relação criada entre os dois artistas: em embates calorosos Rothko tenta passar ao jovem pintor toda sua experiência profissional e de vida; entretanto é o rapaz que, ao final, consegue por em xeque o consagrado artista.

“Vermelho é uma obra exigente que, como Rothko, nos leva a criar um clima de luzes delicadas, um ambiente suave para valorizar as obras e deixá-las pulsantes e vivas. Aliás, a luz foi um dos desafios da montagem, pois Rothko dizia que uma obra vive por simbiose, precisa do olhar empático do observador e, por isso, ele tinha que protegê-la, controlando a luz, a altura em que ela está exposta, a distância do observador; senão a obra poderia morrer desprotegida”, conta o diretor.

Vermelho é um espetáculo que prende a atenção do público principalmente pela simbiose criada entre os dois personagens: em diálogos profundos, às vezes até cortantes, mas também de muita emoção, os atores são exigidos no grau máximo. E aí é que a montagem ganha maior dimensão: Antonio Fagundes surpreende na composição do velho e neurastênico pintor: o figurino (calças sociais com cinto colocado acima da barriga) contribui muito para deixar o ator obeso e ao mesmo tempo prepotente, marca de Rothko.


Bruno dá o tom perfeito do jovem que amadurece e questiona o mestre.

Bruno Fagundes, pela primeira vez contracenando com o pai no palco, é outra grande surpresa: traz os holofotes para si na composição do jovem pintor que sai de uma postura ingênua para se mostrar ao final um promissor artista plástico. Nos diálogos finais, vemos dois atores de extrema grandeza e talento.


Vermelho - Cena 2
 



Serviço

Vermelho

Onde: Teatro Geo (Rua Coropés, 88, Alto de Pinheiros).Tel. (011) 3728-4925

Quando: Quinta: 21h. Sexta,:às 21h30. Sábado: às 21h. Domingo: 18h.

Quanto: De R$ 100 a R$ 120.

Censura: 12 anos.

www.teatrogeo.com.br


21 de dezembro de 2012

FELIZ NATAL! FELIZ ANO NOVO!




Amigos do Blog.

O tempo passou e as festas chegaram. É Natal e um novo ano se inicia.

Nos corações, a Esperança de tempos melhores.

No momento vivemos a magia do Natal, irradiando Paz, Amor, Compaixão, Bondade, Respeito ao próximo e tudo o que faz do ser humano uma pessoa melhor.

Celebramos momentos de união e fraternidade e seguimos todas as tradições, desde a mesa farta, até os abraços calorosos.

Como faço parte desse contexto, sigo as tradições e deixo aqui como registro uma pergunta e o meu pedido ao Papai Noel.

Porque só no Natal? Porque não perpetuar em nossos corações toda essa boa energia, toda essa magia que se chama Natal para sermos, nos 365 dias no ano, pessoas melhores fazendo um mundo melhor.


Feliz Natal SEMPRE!!!


História e curiosidades do Natal

O Natal

O Natal é uma data especial no calendário cristão. Representa o nascimento de Jesus Cristo, o Salvador. Comemora-se esta data todo dia 25 de dezembro de cada ano. Não é apenas um momento de dar e ganhar presentes, mas, principalmente, de reflexão e valorização dos verdadeiros sentidos cristãos: paz, amor ao próximo, harmonia, caridade, solidariedade, etc.

Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração.

Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.

As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três Reis Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus.

Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las depois do Dia de Reis (6 de janeiro)




A Árvore de Natal e o Presépio

Em muitos países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Em conjunto com as decorações natalinas, as árvores proporcionam um clima especial neste período.

Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.


Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram morar na América durante o período colonial. No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares, pois, além de decorar, simbolizam alegria, paz e esperança.

O presépio também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. A tradição católica diz que o presépio surgiu no século XIII, quando São Francisco de Assis quis celebrar um Natal o mais realista possível e, com a permissão do papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, um boi e um jumento vivos perto dela. Nesse cenário foi celebradada em 1223 a missa de Natal. O sucesso dessa representação do presépio foi tanta que rapidamente se estendeu por toda a Itália. Logo se introduziu nas casas nobres européias e de lá foi descendo até as classes mais pobres.




Os Reis Magos

No tempo do Rei Herodes, três Reis Magos chegaram do Oriente a Jerusalém: Melchior, que era um ancião, Gaspar, um jovem branco, e Baltazar, um homem de raça negra e barba. Em sua chegada, os Reis Magos anunciaram ao povo de Jerusalém que havia nascido o rei dos judeus em Belém. Ainda que todo o povo tenha se alarmado, Herodes lhes deu permissão de viajar até Belém na busca do menino e pelo caminho uma estrela os guiou até o berço onde estava o bebê com sua mãe.


Os três reis ficaram alegres ao vê-lo e ofereceram seus presentes: ouro, incenso e mirra. Depois disso, regressaram a sua terra por outro caminho, com medo da reação de Herodes. Desde então, o dia 6 de janeiro é celebrado em muitos países pela chegada dos Reis Magos.



 
A Estrela de Belém

A Bíblia relata que uma estrela guiou os três Reis Magos desde o Oriente e indicou o lugar onde era possível encontrar o Menino Jesus. São muitas as teorias que tentam explicar este milagre, entre elas está a que se tratava do brilhante planeta Vênus, da passagem dos cometas Halley ou Hale-Bopp, etc.


Uma das hipóteses aceitas é a do astrônomo Johannes Kepler, que em 1606 afirmou que a estrela era uma rara tripla conjugação da Terra com os planetas Júpiter e Saturno, passando pelo Sol e ao mesmo momento pela Constelação de Peixes. Esta conjugação se apresenta aos olhos do observador terrestre como uma estrela muito brilhante. Outra suposição, esta mais recente, tem a idéia de uma nova estrela brilhante observada próxima da estrela Theta Aquilae.

A estrela de Belém é relembrada situando-a tanto na representação do presépio como na ponta da árvore de Natal.




A Missa do Galo

É com o nome de Missa do Galo que se conhece a missa celebrada na noite de Natal. Sua denominação provém de uma fábula que afirma que foi esse animal o primeiro a presenciar o nascimento de Jesus, ficando encarregado de anunciá-lo ao mundo. Até o começo do século 20 era costume que a meia-noite fosse anunciada dentro do templo por um canto de galo, real ou simulado.


Essa missa apareceu no século V e, a partir da Idade Média, transformou-se em uma celebração jubilosa longe do caráter solene com que hoje a conhecemos. Até princípios do século XX, perdurou o costume de reservar aos pastores congregados ali o privilégio de serem os primeiros a adorarem o Menino Jesus. Durante a adoração, as mulheres depositavam doces caseiros, que logo trocavam por pão bento ou Pão de Natal.




Panetone

O bolo recheado de frutas secas e uvas secas é uma tradição do Natal italiano e surgiu em Milão, mas há três versões diferentes para explicar sua origem.
 
A primeira versão é que o produto nasceu no ano 900, inventado por um padeiro chamado Tone. Por isso, o bolo teria ficado conhecido como Pane-di-Tone. A segunda versão da história diz que o mestre-cuca Gian Galeazzo Visconti, primeiro duque de Milão, preparou o produto para uma festa em 1395. E a última versão conta que um certo Ughetto resolveu se empregar numa padaria para poder ficar pertinho da sua amada Adalgisa, filha do dono. Ali ele teria inventado o panetone, entre 1300 e 1400. Feliz com a novidade, o padeiro permitiu que Ughetto se casasse com Adalgisa.

No Brasil, a tradição começou a se expandir depois da Segunda Guerra Mundial, quando imigrantes italianos resolveram fazer o mesmo panetone consumido por eles na Itália na época de Natal.





O Papai Noel : origem e tradição

Estudiosos afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.

Foi transformado em santo (São Nicolau) pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele.

A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos, ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.


A roupa do Papai Noel

Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.

Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.








Conversa informal

Aproveito para agradecer a todos que prestigiaram e incentivaram o Blog durante esses cinco meses. Confesso que tenho me surpreendido com o número de visualizações que chegaram a mais de 8.000 durante esse período. Comunico que o Blog estará de férias até 13 de janeiro de 2013. Nesse período será postado uma retrospectiva das melhores matérias.

Desejo um Feliz Natal com tranquilidade e paz e que venha o 2013 com muita saúde e sucesso!

Grande abraço a todos.


20 de dezembro de 2012

Livros. Para ler, pensar, presentear ou guardar.


  
LIVRO -  O DIÁRIO DE FRIDA KAHLO


Fora de catálogo desde 1995, este livro fac-similar é, como frisa seu subtítulo, um autorretrato íntimo de Frida Kahlo (1907-54). O leitor ávido pelo ícone pop, vai encontrar um pouco da vida da artista na sua última década de vida, o culto ao companheiro, Diego Rivera (1886-1957), e a dedicação ao comunismo --em 1951, ela lamenta que sua pintura tenha sido até ali autobiográfica, e não engajada. As cores da arte popular aparecem nos desenhos e nos escritos, traduzidos ao final do livro --alguns, baseados na livre associação, lembram-nos outra matriz de sua obra, o surrealismo. Para ir além do aspecto plástico, a introdução feita pelo crítico Frederico Morais para esta edição dá conta da biografia da artista e da construção do mito Frida.

Autor: Carlos Fontes - Tradução: Mário Pontes - Editora: José Olympio - R$ 99 (aproximado)


 


LIVRO - 80 DESENHOS DE GUTO LACAZ

Coloridos, minimalistas e bem-humorados, os desenhos que o paulistano Guto Lacaz publicou ao longo de 15 anos na revista Caros Amigos têm a graça de cartuns e ganham força vistos em conjunto nesta seleta.

Autor: Guto Lacaz - Editora: Dash - R$ 78 (aproximado)




LIVRO - A MONTANHA E O RIO

O livro narra a saga de dois irmãos que trilham caminhos distintos, mas cujas vidas se encontram quando se mesclam aos acontecimentos que marcam a história política e social da China no final do século XX. Numa trama repleta de conspiração, mistério e paixão, Tan e Shento se tornam inimigos ferozes tanto no campo político quanto no pessoal, pois, por um capricho do destino, se apaixonam pela mesma mulher, o que contribui para acirrar ainda mais o ódio que sentem um pelo outro. Com esta história envolvente, que levou oito anos para ser concluída, Da Chen, conhecido por suas obras memorialísticas, faz sua primeira incursão pela área da ficção. A marca de Da Chen está por certo presente nesta narrativa que possui também traços do romance histórico e é perpassada pelas milenares tradições do Oriente e suas relações com o mundo ocidental.


Autor: Da Chen - Editora: Nova Fronteira - R$ 49 (aproximado)




LIVRO -  ÁGUA PARA ELEFANTES

Desde que perdeu sua esposa, Jacob Jankowski vive numa casa de repouso, cercado por senhoras simpáticas, enfermeiras solí­citas e fantasmas do passado. Por 70 anos Jacob guardou um segredo. Ele nunca falou a ninguém sobre os anos de sua juventude em que trabalhou no circo. Até agora. Aos 23 anos, Jacob era um
estudante de veterinária. Mas sua sorte muda quando seus pais morrem num acidente de carro. Órfão, sem dinheiro e sem ter para onde ir, ele deixa a faculdade antes de prestar os exames finais e acaba pulando em um trem em movimento - o Esquadrão Voador do circo Irmãos Benzini, o Maior Espetáculo da Terra. Admitido para cuidar dos animais, Jacob sofrerá nas mãos do Tio Al, o empresário tirano do circo, e de August, o ora encantador, ora intratável chefe do setor dos animais. É também sob as lonas dos Irmãos Benzini que Jacob vai se apaixonar duas vezes: primeiro por Marlena, a bela estrela do número dos cavalos e esposa de August, e depois por Rosie, a elefanta aparentemente estúpida que deveria ser a salvação do circo. Água para elefantes é tão envolvente que seus personagens continuam vivos muito depois de termos virado a última página. Sara Gruen nos transporta a um mundo misterioso e encantador, construí­do com tamanha riqueza de detalhes que é quase possível respirar sua atmosfera.

Autora: Sara Gruen - Editora: Sextante - R$ 25,00 (aproximado)




LIVRO - A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a morte três vezes. E saiu viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em A menina que roubava livros. Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido de sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona-de-casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, O manual do coveiro. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro dos vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram esses livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto da sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal.

Autor: Markus Zuzak - Tradução: Vera Ribeiro - Editora: Intrinseca - R$ 39,00 (aproximado)




18 de dezembro de 2012

Louvre inaugura sede no norte da França



Louvre inaugura sede em antigas minas de carvão no norte da França

O presidente francês François Hollande inaugurou uma sede do museu do Louvre construída sobre minas de carvão abandonadas em Lens, pequena cidade do norte da França afetada economicamente pelo declínio do setor minerador.

O novo espaço, que custou mais de 150 milhões de euros, é a primeira sede do Louvre fora da capital francesa - outra unidade está prevista para ser inaugurada em Abu Dhabi em 2015.

O projeto, cuja ideia começou a germinar há dez anos, pretende reviver uma das áreas mais pobres da França e atrair meio milhão de visitantes por ano. "Nós sabemos que um museu não faz verão. Mas pelo menos avisa o final do inverno", declarou Daniel Percheron, presidente socialista do Nord-Pas-de-Calais. A cidade de Lens está localizada no centro desta região onde o índice de desemprego é superior a 16%.

Projetado pela empresa japonesa de arquitetura SANAA, as linhas futuristas atraem atenção para o belo edifício, que abriu suas portas em 12 de dezembro. "É uma jóia maravilhosa", afirmou o prefeito Guy Delcourt.

O acesso ao museu é gratuito durante o primeiro ano. O objetivo é que o Louvre-Lens atraia 700.000 visitantes no primeiro ano e 500.000 nos seguintes.

O novo centro cultural aspira seguir os passos da cidade espanhola de Bilbao, no País Basco, que se tornou em um polo econômico e cultural graças ao Museu Guggenheim, projetado por Frank Gehry

Sobre o Museu

Em 2003, Jean-Jacques Aillagon, o então ministro de Cultura e Comunicação, e Henri Loyrette, presidente do Musée du Louvre, anunciaram planos para criar uma filial regional do Louvre. O presidente do Nord-Pas de Calais. Daniel Percheron, expressou grande interesse no projeto e  comprometeu-se a prestar sólido suporte.

Após o anúncio, cinco cidades da região, juntamente com Amiens, capital da região vizinha, Picardia, enviaram propostas para acolher o novo museu. Foram feitas algumas visitas as cidades após à proposta e em 2004 a cidade de Lens foi a vencedora.

O melhor local

A cidade de Lens dispõe de um local de mais de 20 hectares numa área onde em 1960 foi uma mina. Um local ideal para a construção do edifício do museu contemporâneo, sem restrições de design, como o Musée du Louvre desejava. A sua proximidade com a estação de trem, a ausência de problemas geotécnicos, a qualidade estética da paisagem, a localização no coração de uma densa aglomeração urbana foram as principais qualidades.

Geográficamente Lens também é o local perfeito. Encontra-se entre Lille e Arras, as duas capitais regionais. A cidade está na junção de rodovias populares entre os motoristas britânicos, belgas e holandês.



O povo de Lens emprestou apoio incondicional à campanha. Um comitê de apoio foi criado e habitantes locais foram convidados a participar com assinaturas. Mais de 8.000 pessoas assinaram o livro. Durante uma visita ao Lens, o ministro da Cultura ficou impressionado com a força da campanha local para trazer o Louvre para a cidade como um símbolo de renovação, orgulho e cultura.

A decisão de construir o novo museu na antiga mina é altamente simbólica. É um modo de a nação francesa expressar a sua gratidão a este local da França que sofreu muito no passado. Hoje, as condições econômicas e sociais da região ainda continuam difíceis, com uma taxa de desemprego superior à média de 15%.

Seguindo o exemplo da Tate em Liverpool e do Museu Guggenheim, em Bilbao, o Louvre-Lens pretende desempenhar um papel na regeneração local, ajudando a modernizar a imagem da região.

Um projeto de renovação urbana

As autoridades locais tem como objectivo tornar o Louvre-Lens a chave para o desenvolvimento econômico do futuro. Missão Bassin Minier, uma agência especializada em planejamento de regiões mineiras, fez um estudo de planejamento urbano para garantir a facilidade de acesso para o novo museu e sua integração bem sucedida com a área urbana. A Municipalidade de Lens está apoiando ativamente o projeto. Em 2007 foram anunciados os principais planos para renovar a área em torno das estações de trem.

Exposições atuais:


Arte Contemporânea - Jean-Baptiste Huynh, Remanence

O Louvre mantém uma tradição de artistas de todos os períodos inspirando-se nas obras em exposição para criar novas peças. Depois de visitar todos os departamentos e salas em uma busca de objetos e pinturas, Jean-Baptiste Huynh selecionou as obras que o inspiraram.


Late Raphael - Salle de la Maquette, até 31 de dezembro de 2012

Esta exposição inédita, organizada pelo Museu do Louvre, em parceria com o Museu do Prado, reúne os trabalhos produzidos por Raphael em Roma durante os últimos anos de sua curta vida.

 
 
 
Desenhos de Giulio Romano, Estudante de Raphael e pintor para a Família Gonzaga - Napoleo Hall, até 14 de janeiro de 2013.

Seleção de cerca de 50 obras da rica coleção do Louvre de desenhos de Giulio Romano Fornece uma visão geral da carreira do artista que nos dá a sensação das suas qualidades como extraordinário desenhista.

 

 
Luca Penni, discípulo de Raphael, em Fontainebleau - Asa Denon, sala Mollien, até 14 janeiro de 2013

Luca Penni ganhou experiência em Roma, como parte do círculo próximo de Rafael, nunca se esforçou para imitar o mestre. Embora a origem de suas composições são muitas vezes encontradas nas obras de Rafael, as linhas são pura e simples, um legado dos anos passados ​​nos projetos em Fontainebleau. 

 

 
Enlart Camille (1862-1927). Um francês em Chipre - Asa Sully, salas 20-23, até 14 de janeiro de 2013

Para a exposição Entre Chipre Bizâncio e o Ocidente, o Departamento de Esculturas lança luz sobre o papel do francês em Chipre.
 

17 de dezembro de 2012

Art Basel Miami Beach



 

Brasil ganha espaço na maior feira de arte das Américas
 

Diante da piscina art déco do hotel Raleigh, em Miami, Marc Spiegler, num terno bege, foi o centro das atenções e alvo dos fotógrafos. Rodeado dos mandachuvas da arte contemporânea, ele abriu a feira suíça Art Basel no momento em que o evento parece ter atingido o auge da popularidade e despertado polêmicas.

Antes do início, a feira foi atacada por críticos de peso por transformar arte contemporânea num circo de ostentação dos supermilionários que comandam o mercado. O comentário despertou a ira de colecionadores, que saíram em defesa do papel de mecenas que desempenham.

Neste ano, a Art Basel Miami Beach, a maior feira de arte das Américas, registrou uma presença recorde de galerias brasileiras --14 delas bateram ponto no balneário americano. No total participaram mais de 260 galerias da América do Norte, Europa, América Latina, Ásia e África, apresentando trabalhos de mais de 2.000 artistas dos séculos XX e XXI.

 
 As galerias expositoras estavam entre os negociantes de arte do mundo mais respeitados, oferecendo peças excepcionais dos artistas renomados e dos recém-chegados. A feira ofereceu também arte performática, projetos de arte pública e vídeo-arte. O evento foi uma fonte vital para os amantes da arte, permitindo-lhes descobrir novos desenvolvimentos da arte contemporânea.
 
 
Programas especiais para colecionadores de arte e curadores também ajudaram a tornar o evento um momento especial de encontro com a arte. A Art Basel Miami Beach, é considerada - o ponto de encontro favorito de inverno para o mundo da arte internacional.

O grupo suíço MCH, que controla o evento comercial, comprou a feira de arte de Hong Kong, exportando sua marca para o centro do mercado asiático.

Em 1970, quando fundou a marca Art Basel na cidade suíça de Basileia, o grupo se firmou como potência imbatível no mercado das artes visuais e se mantém até hoje no topo do ranking -- grife global que se estende por três continentes.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

15 de dezembro de 2012

Leonardo da Vinci retornará à Itália



A Batalha de Anghiari - Leonardo da Vinci

 
Painel de Leonardo da Vinci retornará à Itália após pertencer a museu japonês

O afresco A Batalha de Anghiari, pintado por Leonardo da Vinci no século XVI, irá retornar à Itália. A informação é do jornal The New York Times. A pintura, que já fez parte de coleções particulares, pertencia ao Museu de Arte Fuji, de Tóquio, Japão.

As autoridades italianas exigiram a restituição da obra de arte ao país. Segundo eles, o painel havia sido exportado para outros países ilegalmente após a Segunda Guerra Mundial. O museu japonês comprou a pintura em 1992.

O vice-ministro da Cultura da itália, Roberto Cecchi disse que o painel será estudado por especialistas para determinar sua autenticidade. Akira Gokita, diretor do museu de arte Fuji, afirmou que o retorno da obra à Itália permitirá que novas pesquisas possam ser realizadas a fim de que A Batalha de Anghiari seja exibida ao público.

Gokita preferiu não revelar quanto o museu teria pago pela obra, no entanto Cecchi frisou que a pintura pode chegar ao valor de 18 milhões de euros.

Sobre A Batalha de Anghiari

Trata-se de um afresco pintado por Leonardo Da Vinci em 1505 no Palazzo Vecchio , Florença . O afresco teria sido escondido por baixo  um Vasari em meados do século XVI e redescoberto em 2012. Investigadores estão trabalhando no caso para um melhor entendimento.

 
 
Estudo de um personagem da Batalha de Anghiari feito por Leonardo da Vinci. 

Por volta de 1503, Leonardo da Vinci recebeu a que talvez tenha sido a sua encomenda mais importante - pintar um enorme afresco na Sala del Gran Consiglio, um salão nobre no Palazzo Vecchio em Florença. A vitória dos florentinos sobre os milaneses na batalha de Anghiari foi o tema escolhido e há muito tempo que Leonardo queria pintar uma batalha.

No cartão o trabalho começou em 1503. Em 1505, quando ele começou a pintar, experimentou uma nova técnica, o trabalho terminado resistiu a um certo tempo, mas depois em 1565 acabou passando por uma grande restauração. O cartão se perdeu, mas os esboços preliminares feitos com pena ainda existem.

Leonardo descreveu os detalhes que desejava incluir e as emoções que queria transmitir. Ele menciona poeira, terra e fumaça, o terror e a agonia da morte. Mesmo os esboços transmitem vividamente o medo da batalha. Leonardo desenhou muitas das suas formas contorcidas preferidas e figuras sobrepostas para planejar a composição. Trabalhou nas formas individuais dos guerreiros durante muitos anos. Desenhou também esboço de grupos - cavalos e guerreiros, os vivos e os mortos, vitoriosos e derrotados.
 
A Equipe de Investiçâo Seracini trabalha com o Apoio da National Geographic, da Universidade de San Diego e da Prefeitura de Florença, entre outras instituições.






14 de dezembro de 2012

A arte como narrativa: um concurso uma história.




São Paulo-Brasil: Criação, Expansão e Desenvolvimento - Antônio Henrique Amaral.

A Curadoria do Acervo dos Palácios - órgão ligado à Casa Civil - apresenta a Mostra "A arte como narrativa: um concurso uma história".

A exposição pretende além de apresentar a história do concurso Painel dos Bandeirantes, realizado em 1989, mostrar a trajetória, o desenvolvimento artístico e a atual produção dos seis artistas convidados: Antônio Henrique Amaral, Claudio Tozzi, Emanoel Araújo, José Roberto Aguilar, Sérgio Ferro e Valdir Sarubi.
A exposição reúne 62 obras, entre pinturas, esculturas e desenhos, provenientes do Acervo dos Palácios e de coleções particulares dos artistas que participaram do concurso de 1989.

A Comissão de Críticos e Historiadores de Arte integrada por Carlos Alberto Cerqueira Lemos, José Roberto Teixeira Leite, Jacob Klintowitz, Ernestina Karman, Casimiro Xavier de Mendonça, escolheu a obra São Paulo-Brasil: Criação, Expansão e Desenvolvimento de Antônio Henrique Amaral. O Painel substituiu no saguão de entrada do Palácio dos Bandeirantes o Mural Tiradentes, de Cândido Portinari, transferido para o Memorial da América Latina.


Tiradentes - Candido Portinari

O Painel Tiradentes, 1948-1949, de autoria do artista Cândido Portinari, é uma pintura a tempera composta por três telas justapostas, com dimensão total de 17,70 X 3,09m. A obra foi comprada pelo Governo do Estado em 1975 e permaneceu no Salão Nobre do Palácio dos Bandeirantes até 1989, quando foi transferida para o Memorial da América Latina, em sua inauguração. Criado originalmente para o colégio de Cataguases, escola projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer em Minas Gerais, no ano de 1946, e instalado no Palácio dos Bandeirantes em 1977, o mural encontra-se em exposição permanente no Memorial da América Latina
.

A curadora Ana Cristina Carvalho destaca que a exposição pretende evidenciar as associações, relações, semelhanças e diferenças da produção desses artistas, em especial a participação ativa como representantes de uma geração contestadora nos movimentos das décadas de 1960 e 1970.

Segundo a Curadora, trata-se de uma exposição há muito esperada pelo enfoque para a história do Painel dos Bandeirantes. A idéia para o primeiro módulo é contextualizar o momento do concurso de 1989, e os porquês da aquisição do Painel (abordando a transferência do Painel Tiradentes para o Memorial da América Latina) e dos convites realizados a tais artistas.

O painel de Antonio Henrique Amaral, vencedor do concurso, fará parte da exposição sendo destacado de forma a não sair do lugar. O Acervo dos Palácios possui uma quantidade reduzida de obras de alguns desses artistas, a Curadora está estudando a possibilidade de incluí-las na exposição, mas não há definição neste sentido.

O segundo módulo da exposição trará a produção contemporânea dos mencionados artistas. A intenção é que esse módulo conte com 30 obras emprestadas, sendo 5 de cada artista. Para tal a Curadora está visitando os ateliês e selecionando esses trabalhos.


Serviço

Onde: Avenida Morumbi, 4.500 - Portão 2, São Paulo/SP 

Quando: Até 21/03/2013

Horário: De terça a domingo das 10 às 17 h

Entrada: grátis

Informações: (11) 2193-8282



Sobre Antonio Henrique Amaral

Antonio Henrique Amaral (1935) .É formado em Direito pela Universidade de São Paulo.

Nos anos 50 estudou desenho com Roberto Sambonet e gravura com Livio Abramo, nesta mesma época fez sua primeira exposição individual de gravuras, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 1959 vai para o Pratt Graphic Institute, em Nova York, onde estuda gravura com Shiko Munakata  W. Rogalsky.

Em 1967 publica o álbum de xilogravuras O meu e o seu iniciando o seu trabalho em pintura. No mesmo ano faz sua primeira individual, a série Bocas, na galeria Astréia, em
São Paulo.

 
Entre 1968 e 1975 elabora a série Bananas, composta de litografias e pinturas. É nesta fase que troca gradativamente a gravura pela pintura. Em 1971, com o prêmio de viagem ao exterior recebido no Salão de Arte Moderna do Rio de Janeiro, vai para Nova York e retorna ao Brasil em 1975. Nesse período realiza exposições nos Estados Unidos e em outros países. Quando volta ao Brasil revitaliza sua pintura e chega gradativamente à pintura abstrata.




Bananas - 1970


Bananas - 1972


Ao longo dos últimos 40 anos vem realizando diversas exposições individuais e tem participado de exposições coletivas no Brasil e no exterior. Sua obra está representada em coleções particulares, públicas brasileiras e estrangeiras..

Vive e trabalha em São Paulo.