Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

13 de agosto de 2012







CHORO: Um estilo instrumental brasileiríssimo

 

O choro surgiu no século XIX em áreas tradicionais do Rio de Janeiro. É um estilo instrumental popular que deriva principalmente da música de Bach. Sofisticado e complexo é talvez um dos primeiros estilos musicais a se firmar nas Américas. Já foi dito que o choro é o jazz brasileiro, porém o choro é algumas décadas mais antigo do que o estilo instrumental americano. Não é um gênero tipicamente moderno como jazz, mas não estranha quando é trabalhado em novas formas.

Grandes músicos brasileiros surgiram deste estilo. Na primeira metade do século XX, Pixinguinha, João Pernambuco, Garoto, Dino 7 cordas, Jacob do Bandolim, Valdir Azevedo e muitos outros marcaram época e levaram o estilo, já tradicional, para as novas gerações que cultuam o choro até hoje.

Muitos outros grandes músicos fizeram parte desta história. Desde Ernesto Nazareth e Joaquim Callado no século XIX até Raphael Rabello no final do século XX, considerado até hoje um violonista insuperável.

Atualmente o choro é um estilo propagado pelo mundo a fora. Há grupos de choro até no Japão, país que há algum tempo vem absorvendo a música brasileira.

Dentro do país há várias instituições relacionadas ao assunto como os clubes de choro de Brasília e São Paulo. Com poucas, porém marcantes alterações de forma, continua sendo um dos mais autênticos estilos da música brasileira.

O músico, compositor ou instrumentista, ligado ao choro é chamado chorão. A característica bastante apreciada no choro é o virtuosismo dos instrumentistas, bem como a capacidade de improvisação dos executantes.

As rodas de choro são reuniões mais informais de chorões, muito diferentes de apresentações e shows. Geralmente acontecem em bares ou na própria casa dos músicos, em que todos se juntam para tocar choro. Não existe uma formação específica e os músicos que vão chegando se juntam à roda.


Origem do nome

Existe controvérsia entre os pesquisadores sobre a origem da palavra "choro".

Eis algumas das hipóteses levantadas por estudiosos: Segundo Lúcio Rangel e José Ramo Tinhorão, a expressão choro pode derivar da maneira chorosa de se tocar as músicas estrangeiras no final do século XIX e os que a apreciavam passaram a chamá-la de música de fazer chorar.

Câmara Cascudo afirma que o termo pode também derivar de "xolo", um tipo de baile que reunia os escravos das fazendas, expressão que, por confusão com a parônima portuguesa, passou a ser conhecida como "xoro" e finalmente, na cidade, a expressão começou a ser grafada com "ch".

Depois de já estabelecido o nome choro, o gênero foi apelidado de ‘’chorinho’’. Entretanto, muitos chorões e apreciadores do gênero não gostam dessa denominação.

Alguns dos chorões mais conhecidos são: Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e Pixinguinha.

Alguns dos choros mais famosos são: Brasileirinho, de Waldir Azevedo,  Noites Cariocas, de Jacob do Bandolim, Carinhoso e Lamento de Pixinguinha, Odeon, de Ernesto Nazareth, entre outros.


Conversa informal

No CD, Choro das 3 - Meu Brasil Brasileiro, da Gravadora Som Livre, você vai poder se deliciar com o rítmo e as músicas, Tico-tico no Fubá, Carinhoso, Aquarela do Brasil, Brejeiro e muitas outras.
Ouça, é maravilhoso!


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