Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

14 de agosto de 2012




Bacon, Warhol, Pollock, Munck, Hockney entre outros,
escondidos no Museu de Arte Contemporânea de Teerã




O Museu de Arte Contemporânea de Teerã (em persa موزه هنرهای معاصر تهران) foi inaugurado em 1977, a partir do acervo adquirido pela imperatriz Farah Pahlavi e a seleção das peças ficou a cargo do arquiteto Kamran Diba, primo de Farah, responsável também pelo projeto do edifício-sede do museu, localizado no Parque Laleh, na capital do país.


O museu possui uma das mais completas, melhores e valiosas coleções de arte ocidental no continente asiático, desde o período do Impressionismo às últimas décadas do século XX, ostentando obras de Jackson Pollock, Francis Bacon, Andy Warhol, Edvard Munch, René Magritte e Mark Rothko. 


Abriga também um conjunto expressivo de arte persa e iraniana, a partir do século XVI, além de manter biblioteca, cinemateca e exposições temporárias.


As peças passaram mais de 30 anos atulhadas no porão do Museu de Arte Contemporânea de Teerã (Tmoca), pegando poeira. Censores do Irã classificaram algumas delas como anti-islâmicas, pornográficas ou excessivamente gays, e elas nunca foram expostas ao público. Outras foram exibidas apenas uma ou duas vezes. 


Agora, várias pinturas do acervo estão sendo exibidas pela primeira vez em Teerã, como parte de uma exposição do museu chamada Pop Art & Op Art, com obras de Warhol, David Hockney, Roy Lichtenstein, Victor Vasarely, Richard Hamilton e Jasper Johns.


"Muitas das obras na exposição estão sendo expostas pela primeira vez", disse Hasan Noferesti, diretor de programas artísticos do museu; "O objetivo da exposição é mostrar a evolução desses movimentos artísticos", afirma o diretor. 

 


O acervo inclui "Mural on Indian Red Ground", considerada uma das obras mais importantes de Pollock e com valor estimado em mais de US$ 250 milhões, e também peças importantes de Picasso, Van Gogh, Monet, Pissarro, Renoir, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Degas, Whistler e Marcel Duchamp.





Mural em uma terra indígena Red, Pollock.






Menina com Lovelock 1889, Lautrec.






Gabrielle com a camisa aberta 1907, Renoir.


Há até mesmo obras de artistas que a ex-imperatriz conheceu pessoalmente, com o pintor franco-russo Marc Chagall e o escultor inglês Henry Moore. Estima-se que o acervo todo valha mais de US$ 2,5 bilhões.


Em 2005, um grande número de pinturas saiu do porão para uma exposição. O evento causou polêmica. "Two Figures Lying on a Bed with Attendants", obra de Francis Bacon com conteúdo aparentemente homossexual, foi considerada inadequada e retirada da exposição.





"Duas figuras deitado em uma cama com Atendentes", Triptico de Francis Bacon



Por fim, o museu conserva um amplo conjunto de obras de artistas contemporâneos iranianos, nomeadamente Noreen Motamed. Há também uma coleção de miniaturas persas, datadas a partir do século XVI.




Noreen Motamed







 

Um comentário: