"O indivíduo, o homem é um homem, um homem como um cérebro, me interessa o que ele faz, porque tenho notado que a maioria dos artista se repetem". Marcel Duchamp
O Dadaísmo surge em meio à guerra, em 1916, do encontro de um grupo de refugiados (escritores e artistas plásticos) com o intuito de fazer algo significativo que chocasse a burguesia da época.
Este movimento é o reflexo da perspectiva diante das conseqüências emocionais trazidas pela Primeira Guerra Mundial: o sentimento de revolta, de agressividade, de indignação, de instabilidade.
O Dadaísmo é considerado a radicalização das três vanguardas européias anteriores: o Futurismo, o Expressionismo e o Cubismo. Os artistas desse período eram contra o capitalismo burguês e a guerra promovida com motivação capitalista. A intenção desta vanguarda é destruir os valores burgueses e a arte tradicional.
O movimento artístico conhecido como Dadaísmo surge com a clara intenção de destruir todos os sistemas e códigos estabelecidos no mundo da arte. Trata-se, portanto, de um movimento antipoético, antiartístico, antiliterário, visto que questiona até a existência da arte, da poesia e da literatura. O dadaísmo é uma ideologia total, usada na forma de viver e com a absoluta rejeição de todo e qualquer tipo de tradição ou esquema anterior.
Os dadaístas proclamam a antiarte de protesto, do escândalo, do choque, da provocação, com o auxílio dos meios de expressão oníricos e satíricos. Baseiam-se no absurdo, nas coisas carentes de valor e introduzem a desordem em suas cenas, rompendo com as antigas formas tradicionais de arte.
Marcel Duchamp foi um pintor francês (1887 - 1968). Nascido em Blainville, foi um dos líderes do movimento dadaísmo e o inventor dos ready made. É um dos precursores da arte conceitual e introduziu a ideia de ready made como objeto de arte.
Começou sua carreira como artista criando pinturas de inspiração romantista, expressionista e cubista. Dessa fase, destaca-se o quadro Nu descendo a escada, que apresenta uma sobreposição de figuras de aspecto humano numa linha descendente, da esquerda para a direita, sugerindo a ideia de um movimento contínuo. Em 1913 a mesma obra provocou escândalo na exposição de arte moderna Armory Show, em Nova York. Foi mal recebido pelos partidários do Cubismo, que o julgaram profundamente irônico para com a proposta artística por eles pretendida.
Essa fase lhe rendeu o quadro O rei e rainha cercados de nus, que sugere um movimento através de duas figuras humanas e A noiva que apresenta formas geométricas bastante delineadas e sobrepostas, insinuando uma figura de proporções humanas.
O rei e a rainha cercados de nus - 1912 - Marcel Duchamp
A obra A noiva é formada de duas lâminas de vidro, uma sobre a outra, onde se vê uma figura abstrata na parte de cima, que seria a noiva, inspirada no quadro acima mencionado, e, na parte de baixo, se percebe uma porção de outras figuras (feitas de cabides, tecido e outros materiais), dispostas em círculo, ao lado de uma engrenagem (retirada de um moinho de café). Essa obra consumiu anos inteiros de dedicação de Duchamp, e só veio a público muito depois do início de sua construção, intercalada, portanto, por uma série de obras. Não se tem um consenso acerca do que representa essa obra, mas diversas opiniões conflitantes, com base em psicologismos e biografismos, renderam e ainda rendem bastante discussão.
Ready made
Duchamp foi o responsável pelo conceito de ready made, que é o transporte de um elemento da vida quotidiana, a priori não reconhecido como artístico, para o campo das artes. A princípio, como numa brincadeira entre seus amigos, entre os quais Francis Picabia e Henri-Pierre Roché, Duchamp passou a incorporar material de uso comum nas suas esculturas. Em vez de trabalhá-los artisticamente, ele simplesmente os considerava prontos e os exibia como obras de arte.
A fonte - 1917 - Marcel Duchamp
muiiiito bom (y)
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