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Sobre as Sombras na Aquarela
Tudo começou com as nuvens.
A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.
Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.
As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.
Aline Hannun
10 de janeiro de 2013
Jackson Pollock
Um gênio da pintura. Um mestre das
cores e das formas.
O pintor Paul Jackson Pollock mais
conhecido por Jackson Pollock (1912 - 1956), foi um pintor de grande importância
no movimento expressionista abstrato e seu sucesso deve-se à técnica de
gotejamento que utilizava em suas obras.
Pollock demoliu os limites impostos
pelo cubismo e deu credibilidade à pintura americana do pós-guerra. Sua forma de
pintar ficou conhecida por "action painting".
Técnicas exclusivas de pintura de
Pollock documentadas pelo fotógrafo Hans Namuth.
A biografia de Pollock mostra um
artista depressivo e alcoólatra que tinha constantes rompantes de fúria e
autodestruição. Jackson Pollock pintou 340 telas antes de suicidar-se aos 44
anos jogando seu carro contra um árvore no ano de 1956. Um gênio rebelde que
pintou obras primas como: Guardians of the Secret (1943), Number 32 (1950),
Echo: Number 25 (1951), Blue Poles: Number 11 (1952), entre
outras.
Guardians of the
Secret - 1943 - Jackson
Pollock
Number
32 - 1950 - Jackson Pollock
Echo: Number
25 - 1951 - Jackson Pollock
Blue Poles: Number
11 - 1952 - Jackson Pollock
No ano de 1945 casou-se com Lee
Krasner que sempre lhe deu força e incentivo para seguir em frente na tentativa
de libertar-se do alcoolismo.
Em 1998 e 1999 seu trabalho foi
homenageado com grandes exposições retrospectivas no MoMA e no The Tate, em
Londres.
Em 2000, Pollock foi objeto de um vencedor do Oscar, com
o filme Pollock dirigido e estrelado por Ed Harris .
Segundo a percepção popular, até uma
criança saberia fazer as pinturas de Pollock, borrifadas de tintas pingadas
sobre a tela. Mas na verdade, há método e genialidade em sua pintura. Um caos
colorido e calculado onde os pingos de tintas em distintas composições formam um
caleidoscópio de texturas e emoções variadas. Muitos artistas pop depois de
Pollock se inspiraram em sua obra e tentaram, sem sucesso, atingir a plenitude
da obra de Jackson Pollock. Suas obras são inimitáveis e ainda hoje
Pollock continua a ser louvado pela crítica e pelo público em geral que o
reconhece como um dos maiores pintores modernos.
Certa vez Pollock disse. "Minha
pintura não vem do cavalete. Eu prefiro a aderência à tela não esticada no muro
ou no chão. Preciso da resistência de uma superfície dura. No chão estou mais à
vontade. Eu me sinto mais perto da pintura, pois desta forma posso caminhar ao
seu redor, trabalhar dos quatro lados e literalmente estar na pintura".
Em 2012, uma das melhores obras do artista, a Número
28, de 1951, criada a partir da combinação de
gotejamento e pinceladas em tons de cinza prateado com vermelho, amarelo e tiros
de azul e branco, foi vendida na Christie, em Nova York, por 20,5 milhões de
dólares - $ 23 milhões, com taxas - dentro de sua faixa estimada de US$ 20
milhões a US$ 30 milhões.
Number 28 -
1950 - Jackson Pollock
Conversa
informal
Há algum tempo, tive a felicidade de
ver a obra Number 31, de Jackson Pollock
que se encontrava em exposição no MoMA em NY, ao vivo e em cores, com direito a
fotografar (sem flash, é claro) e ficar horas (se eu assim quisesse),
analisando... admirando... estudando e literalmente babando!!! É impressionante
a sua grandeza, beleza e riqueza.
Segue um pequeno filme de Jackson Pollock criando.
A sua maneira de pintar tornou-se
uma marca inconfundível. Até hoje Pollock serve de referência e inspiração para
muitos artistas.
Rita Agueira, artista plástica de São Paulo, cria suas obras inspiradas em Jackson Pollock. Rita conta que a sua pintura é livre de suporte, esse é o seu objetivo. Na pesquisa de materiais, ela descobriu as potencialidades do látex de borracha natural. A sua textura fluida e encorpada tornou-se bem interessante. Certa vez Rita falou a respeito da sua obra. "É um trabalho bem desafiante, mas muito prazeroso pelo resultado que apresenta". Surgem tramas, mesclas de cores e combinações infinitas, que resultaram na descoberta do design de objetos e de moda. Hoje ela se dedica à criação de biojóias e roupas com látex de borracha natural. "É uma forma de colocar a arte em movimento nos corpos das pessoas e de alguma forma interferir no espaço urbano através da moda, que é também uma manifestação de arte", afirma a artista. Rita acredita que sua influênci a vem direto da action painting. Entre os vários artistas que ela admira estão Pollock, Aguilar e Mark Rothko.
Conheça alguns dos trabalhos de Rita Agueira.
Pinturas abstratas com látex de borracha natural sem suporte - Rita Agueira
Blusa e colar em látex de borracha - Rita Agueira
Renda em látex de borracha color. preta e vermelha - Rita Agueira
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