Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

24 de julho de 2013

O Museu Nacional das Joias do Irã


 
Joias dos monarcas do Irã brilham dentro de bunker

Na entrada do prédio há um raio-x para checar bolsas e mochilas. Todos os pertences, incluindo celulares e câmeras, devem ser deixados na bilheteria.

Sob o olhar dos seguranças, visitantes passam por detectores de metal e descem uma escada até chegar a um bunker cujo único acesso é uma porta de aço de quase um metro de espessura.

O Museu Nacional das Joias do Irã, no subsolo da antiga sede do Banco Central, abriga algumas das peças e pedras mais valiosas do mundo. É tido por vários guias de viagem como a melhor atração turística de Teerã.

A escuridão da sala realça o brilho das peças, que cintilam por trás das paredes de vidro que as protegem. O olhar se perde em meio a tantos objetos chamativos.

A coroa de Farah Diba, mulher do xá deposto Reza Pahlevi e última rainha do Irã, tem 34 rubis, 36 esmeraldas e 1.469 diamantes. Foi encomendada ao joalheiro francês Van Cleef & Arpels e entregue em 1967, 12 anos antes da Revolução Islâmica.
 
 

 
A coroa de Farah Diba
 
O Globo de Joias, construído por capricho do rei Nasser-ed-Din no século 19, é uma bola de ouro maciço de 34 quilos coberta por 51 mil brilhantes.
 

 
Globo de Joias, bola de ouro maciço

Os destaques entre as peças individuais são um diamante rosa de 182 quilates do tamanho de uma caixa de fósforo, tido como um dos maiores do mundo, e um raríssimo diamante vermelho.
 

Diamante rosa de 182 quilates.


A coleção inclui ainda roupas, enfeites de ouro para cavalos e caixinhas cobertas por brilhantes, usadas para guardar joias ou pós entorpecentes que eram inalados pelos reis da Pérsia.

O museu se recusa a estimar o valor do acervo. "Não há oferta nem demanda, por isso não se pode definir um preço", disse um representante do museu à imprensa.

Com o manual multilíngue vendido no museu, ou o auxilio de um guia local o visitante tem acesso a informações sobre a coleção, que é fruto de guerras, invasões e pilhagens. Mas exime o atual regime islâmico, autorretratado como mais virtuoso que as monarquias que o antecederam.

"Por um lado, esse tesouro retrata a cultura e civilização do povo iraniano que teve um passado aventureiro e, por outro, ecoa as lágrimas do povo oprimido que trabalhou duro, ao contrário dos seus dirigentes, que desfilavam arrogância [...] com seu ouro e joias."
 
Sobre o Museu das Joias

As joias da coroa Imperial da Pérsia incluem várias coroas e tronos decorativos, trinta tiaras, numerosas Aigrettes, espadas e escudos, um grande número de pedras preciosas, placas numerosas, serviço de refeições fundidos em metais preciosos e incrustrados com pedras preciosas e vários outros itens incomuns (como um grande globo dourado com os contines feitos de esmeraldas e as latitudes e longitudes marcadas em diamantes).

As joias foram coletadas pela monarquia iraniana durante seus 2.500 anos de existência. A coleção está alojada no Tesouro Nacional de Joias (o nome oficial), mas é conhecido popularmente como o Museu das Joias e está situado no interior do Banco Central da República Islâmica do Irã no Teerã. É o maior conjunto de joias exibidas em todo o mundo de posse do Estado em um único local. O museu tem folhetos e guias no local disponíveis em vários idiomas.
 
Exibição Pública

Devido ao seu grande valor e importância econômica, as joias da coroa iraniana foram mantidas longe da vista do público, durante anos, nos cofres do tesouro imperial However, no
 entanto, como o primeiro Shah Pahlavi tinha transferido a propriedade das joias da coroa para o estado, seu filho, Mohammad Reza Pahlavi, decretou que a mais espetacular coleção de joias deveria ser colocada em exposição pública no Banco Central do Irã

Quando a revolução iraniana derrubou a dinastia Pahlavi, em 1979, temia-se que, no caos as joias da coroa do Irã fossem roubadas ou vendidas pelos revolucionários. De fato alguns itens pequenos foram roubados e contrabandeados através das fronteiras do Irã, mas a maior parte da coleção permaneceu intacta e permanecem em exibição pública  até hoje. 


 
Coroa Pahlavi faz parte das insígnias de coroação utilizados pelo Pahlavi Shahanshahs do Irã 



 
A Espada Imperial


 
 
 
MUSEU DAS JOIAS DO IRÃ
Quando: Sáb. a ter. (14h às 16h30)
Onde: Av. Ferdowsi, Teerã
Quanto: 6.000 rials (R$ 1)



 



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