Após a morte de Stanley Kubric, em 1999, sua mulher, Christiane, viu-se afundada num oceano de caixa.
Nos estábulos transformados em miniestúdios da residencia do casal, haviam aproximadamente umas 800 caixas cheias de moviolas, câmeras, desenhos, roteiros, fotos, figurinos e documentos dos filmes do marido. "Comecei a abrir as caixas, a olhar e a chorar. Não sabia o que fazer." A primeira tentação foi guardar os objetos mais pessoais e queimar o resto.
Por sorte, ela hesitou. E o conteúdo das caixas virou uma grande mostra que retrata a vida e a obra do diretor de alguns dos maiores clássicos do cinema do século 20, como 2001- Uma Odisseia no Espaço (1968) e Laranja Mecânica (1971).
Fãs de Kubrick e apaixonados por cinema terão a sua frente os figurinos de Spartacus (1960), a máquina de escrever e os vestidinhos das meninas de O Iluminado (1980).
Algumas das máscaras utilizadas no filme De Olhos Bem Fechados
O objeto favorito da Sra. Kubrick, no entanto, não é o bebê, mas "um Stanley de papelão, ridículo, em tamanho real". "Quando vi, pensei: 'Ele é uma gracinha'. Era igual a ele quando o vi pela primeira vez."
O americano Stanley, 29, e a alemã Christiane, 25, se conheceram durante as filmagens de Glória Feita de Sangue (1957), um dos primeiros filmes de sucesso do cineasta.
No filme ela é a mocinha alemã envergonhada (Susanne Christian), apresentada como "uma pérola trazida à terra pelas ondas da guerra" e que desarma um batalhão de soldados ao cantar uma música no fim do filme.
Oito semanas depois das filmagens, já tinham decidido casar. Terceira mulher do diretor, Christiane ficou 42 anos com Kubrick, até a morte dele. O casal teve duas filhas e o diretor também assumiu a primeira filha dela, de outro casamento.
Em outubro no Museu da Imagem e do Som - MIS
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