Em 1927 empregou-se na Estrada de Ferro Sorocabana, no interior do estado de São Paulo, passando a pintar postes, tabuletas, letreiros e avisos para as estações ferroviárias.
Em 1934 transferiu-se para São Paulo, passando, a partir daí, a dividir seu tempo entre o emprego e a arte, com evidentes vantagens para a última, tanto que dez anos depois foi demitido por abandono de emprego.
Em 1937, já tendo travado contato com a arte de Alfredo Volpi, Clóvis Graciano instala-se no Palacete Santa Helena e integra, então, o Grupo Santa Helena, com os artistas Francisco Rebolo, Mario Zanini, Aldo Bonadei, Fulvio Pennacchi, Alfredo Rizzotti, Humberto Rosa e outros, além do próprio Volpi.
Mural de Clóvis Graciano na fachada do Edifício Nações Unidas, Av. Paulista
Além da pintura, Graciano dedicou-se a diversas atividades paralelas, lecionando cenografia na Escola de Arte Dramática de São Paulo (EAD), e ilustrando jornais, revistas e livros.
No decurso de toda a sua carreira, Graciano permaneceu fiel ao figurativismo, jamais tendo, sequer de leve, sentido a sedução pelo abstracionismo. Tratou constantemente de temas sociais, como o dos retirantes, além de temas de músicos e de dança.
Conversa informal
CLÓVIS GRACIANO DESPERTA EM BRASILIA
ResponderExcluirNum mix de técnicas, fases, paletas, períodos e materiais, este artista tão completo, que passou de pintura de carroças à grandes Murais, tem sua obra mostrada na CAIXA Cultural Brasilia, a partir de 13 de agosto até 20 de outubro.
A mostra é de obras de cavalete, o que Graciano considerava o “recreio do artista”, dai o nome Arte de Cavalete, apresentando 40 obras entre pequenas e médias de acervos particulares e familiares.
Além disto, o espaço permite mostrar as mais variadas participações do artista, importante membro do famoso Grupo Santo Helena, nas mais diversas manifestações artísticas.
A coletânea de livros ilustrados por Clóvis Graciano entre 1943 a 1973 impressiona, de Jorge Amado a Dorival Caymmi, de Carlos Soulié a Raul Pompéia, de O Armorial de Paulo Bonfim à Castro Alves além de livros infantis de Mauricio Goulart e Nelson Palma.
A coleção de 14 desenhos que formou, em 1966,o Álbum, para poucos, de Rubem Braga “Mestres do Desenho” é de excepcional qualidade.
E assim, de participações em pequenas tiragens de grandes literatos, a exposição disponibiliza ao olhar e conhecimento, outros méritos deste historiador e artista paulista, que reuniu e harmonizou grandes figuras da história tanto da cidade como da arte.
Seu currículo é romanceado através de um vídeo que conta as etapas mais importantes de sua vida e trajetória, enriquecido por depoimentos de velhos amigos e companheiros.
Intimista mas completa é um programa imperdível.
Serviço:
Abertura: 13/08/13 às 19h.
Visitação: de 14/08/13 a 20/10/13
Terça a domingo, das 9h às 21h
CAIXA Cultural Brasília – Galeria Vitrine
61 3206-9448 / 61 3206-9449
www.caixa.gov.br/caixacultural
Curadoria: Enock Sacramento
Mais informações e fotos – Carla Mourão – sobrinha do artista e coordenadora do Projeto – Cel. 11 9 9188.3333 e cmourao@pobox.com