MUSEU ANCHIETA
Parte do complexo histórico do Pateo do Collegio, marco do nascimento de São Paulo, foi transformada em centro cultural com museu e acervo de 500 itens, como peças de arte sacra, quadros, fotografias, aquarelas, artefatos indígenas contemporâneos e mapas de São Paulo antigo.
Um elo com o passado dos Jesuítas
Fundação de São Paulo - Oscar Pereira da Silva, acervo do Museu Paulista.
Em 1954, entre as comemorações do IV Centenário da Cidade, foi organizada a Campanha de Gratidão aos Fundadores de São Paulo, com a finalidade de recuperar o espaço jesuítico no Pateo do Collegio e devolve-lo à Cia. de Jesus.
Desde a segunda expulsão, em 1759, embora tenham conseguido reassumir as funções de caráter religioso, os jesuítas não haviam recuperado o sítio onde fundaram, em 1554, o colégio que deu origem à cidade. O mesmo se deu com os objetos de culto, que constituíam um precioso acervo acumulado ao longo do tempo.
Baldaquino, espécie de dossel, sustentado por 4 colunas, atualmente usado para oferecer proteção ao ostensório portando o Santíssimo ou um relicário. Simboliza a relação entre o terreno e o celeste, tendo Cristo como peça fundamental desta ligação.
O retorno da Cia. de Jesus ao Pateo do Collegio só foi efetivado em 1979, ocasião em que foram inaugurados no sítio histórico o Museu e Capela Padre Anchieta. Constituído a partir de doações e da devolução de alguns dos objetos que pertenceram originalmente à Igreja e Colégio dos Jesuítas, o atual acervo do Museu encontrava-se exposto em sua quase totalidade, sem a observância dos critérios essenciais à sua real caracterização e consequente valorização. Os objetos que constituem o acervo foram identificados, classificados, organizados em coleções e restaurados, de forma a revelar o valor e a credibilidade de que eram portadores.
A antiga cripta da Igreja do Pateo do Collegio constitui hoje mais um espaço do Museu. Neste local encontram-se reminiscências de paredes construídas no século XVII. Hoje esse espaço abriga exposições relacionadas ao Pateo do Collegio e à história da cidade de São Paulo.
Cerca de 700 objetos integram as coleções, hoje expostas em seis salas e no espaço da cripta. Indicadores de memória, uma vez que muitos dos objetos que integram o acervo tornaram-se referência única para a história da cidade de São Paulo, não são menos interessantes para o visitante em geral, que neles poderá encontrar a oportunidade de estabelecer um confronto com os seus referenciais.
José de Anchieta na areia de Iperoig
Só, entre os índios tamoios, em meio às conversações de paz, o então futuro padre José de Anchieta escreveu na areia um grande poema em latim clássico, homenageando a Virgem Maria.
Trecho do Poema da Bem Aventurada Virgem Maria Mãe de Deus - Padre José Anchieta
"Eis os versos que outrora, ó Mãe Santíssima,
te prometi em voto,
Enquanto entre tamoios conjurados,
pobre refém, tratava as suspiradas pazes,
tua graça me acolheu
em teu materno manto
e teu poder me protege intatos corpo e alma."
Mais tarde, em São Vicente, transpôs da memória para o papel os quase 6.000 versos desse poema escrito com seu bordão na praia de Iperoig (atual Ubatuba). A cena foi assim imaginada pelo pintor Benedito Calixto.
Serviço
Onde: Praça Pateo do Collegio, 2 - Centro - tel. 3105-6899.
Quando: de terça a sexta das 9h às 16h45 - sábado e domingo das 9h às 16h30.
Quanto: R$ 6,00 para estudantes de escola particular - universitários e professores pagam R$ 3,00; estudantes de escola pública pagam R$ 2,00 e aposentados, idosos e menores de 7 anos têm entrada franca.
Mostre toda parte de acervo do museu anchieta, preciso para a faculdade. Obrigado
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