Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

21 de março de 2014

Yoko Ono no Museu Guggenheim de Bilbao



Yoko Ono realiza performances antes de inaugurar exposição em Bilbao

A artista plástica, cantora e performer Yoko Ono realizou recentemente três performances no Museu Guggenheim de Bilbao, na Espanha, em um auditório lotado.

As encenações introduziram a esperada exposição "Yoko Ono. Half-A-Wind Show", que será inaugurada na pinacoteca da cidade espanhola.

A exposição reúne cerca de 200 obras de quase seis décadas de produção da artista.


 
A viúva de John Lennon realizou as performances "Sky Piece to Jesus Christ" e "Promise Piece", além da mais recente "Action Painting", em uma nova versão criada especificamente para o Guggenheim Bilbao.



Yoko Ono, 80, artista conceitual japonesa

Na primeira delas, "Sky Piece to Jesus Christ", voluntários ataram Yoko entre os integrantes de uma orquestra de câmara até que os músicos não conseguissem mais tocar.
 


O público interagia e achava graça, enquanto os músicos, transformados em casulos, tentavam tocar entre as frestas que restavam, ação que, segundo ela, representa a luta contra as ataduras cotidianas.

Na sequência, Yoko deu início a "Action Paiting", executada pela primeira vez há dois anos. Nesta, a artista pintou com tinta "sumi", preto sobre branco, alguns caracteres de caligrafia japonesa. Em Bilbao, a obra contou com um número maior de telas que sua versão anterior —11, no total.

 


Depois, tomou a palavra para explicar a ação: "Na escola elementar, todas as crianças japonesas cantavam uma oração na qual um guerreiro queria atravessar sete desgraças e oito sofrimentos para contribuir com um mundo melhor. "Me parecia algo incrível. Eu queria ser assim", lembrou.

"Com o tempo, eu me esqueci dessa oração e muitas desgraças me aconteceram. Até que, em certo momento, achei que isso já era demais e disse 'basta!'. Transformei essas sete desgraças e oito sofrimentos em sete felicidades e oito tesouros, aqui representados" (nos caracteres da caligrafia japonesa), completou.

A terceira e última "performance" se tratava de um clássico: "Promess Piece", executada pela primeira vez em Londres em 1966.



Naquela ocasião, Yoko Ono quebrou uma jarra no palco e pediu ao público que pegasse os pedaços, prometendo reuni-los depois de dez anos para recompor a jarra.

Em Bilbao, a representação incluiu duas jarras, uma que permaneceu intacta e outra que se repartiu em diversos pedaços, com a mesma promessa de voltá-los a reunir dentro de uma década.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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