Obras brasileiras têm maiores preços em leilões de arte da América Latina em NY
Uma escultura triangular em alumínio da artista brasileira Lygia Clark liderou o leilão latino-americano da Phillips, coroando uma semana de vendas de arte regional nas quais as obras brasileiras comandaram os maiores preços.
"Bicho Invertebrado", obra de 1960 de Clark, foi vendida por US$ 1,8 milhão de dólares em um leilão que produziu US$ 6 milhões.
"Ficamos animados com a forte resposta dos colecionadores", disse Henry Allsopp, diretor global de arte latino-americana da Philips, sobre o leilão, do qual também participaram artistas de Venezuela, Argentina, Chile, México, Porto Rico, Cuba e Colômbia.
Allsopp afirmou que a peça de Clark tinha sido prometida para uma retrospectiva da artista no próximo ano no Museu de Arte Moderna de Nova York. Composta por seis triângulos articulados, a peça de Clark foi projetada para ser manipulada pelas pessoas para criar várias configurações.
Clark, que morreu em 1988, disse que fez cada uma de suas peças "Bicho" para parecer, via interação tátil, "um organismo vivo, principalmente uma obra ativa".
ARTE BRASILEIRA
A Phillips vendeu no ano passado outra escultura abstrata de Clark, em Nova York, por US$ 2,2 milhões, alcançando o mais alto preço no leilão por uma obra de um artista brasileiro.
A peça era de 1959, o ano seminal em que Clark e outros artistas brasileiros fundaram o movimento neoconcreto. Seu manifesto pede a interação das pessoas com a arte geométrica.
As obras vendidas pela Christie's também bateram recordes para dois artistas brasileiros vivos, Abraham Palatnik e Tomie Ohtake.
Tomie Ohtake - 1979
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