Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

5 de maio de 2014

A polícia italiana encontra obras de Paul Gauguin e Pierre Bonnard


 
Quadros roubados nos anos 1970 são encontrados na Itália

A polícia italiana encontrou quadros dos artistas franceses Eugène-Henri-Paul Gauguin (1848 - 1903) e Pierre Bonnard (1867-1947) que foram roubados nos anos 1970 em Londres, anunciou o Ministério da Cultura da Itália.

Segundo o ministro Dario Franceschini, os quadros são "Fruits Sur Une Table ou Nature au Petit Chien", de Gauguin, avaliado entre 10 e 30 milhões de euros (entre R$ 31,22 milhões e R$ 93,67 milhões), e "La Femme Aux Deux Fauteuils", de Bonnard, cujo valor não foi divulgado. 


O ministro da Cultura italiano DArio Franceschini (à esq.) e o general Mariano Mossa revelam os dois quadros roubados em 1970

Os quadros foram roubados em 1970 da residência de uma rica família de Londres, Mark-Kennedy, cujos herdeiros têm o direito de reivindicar sua propriedade.

Segundo o ministro, a história da investigação que levou aos quadros é digna de um filme. Depois de roubados, foram esquecidos em um trem que viajava entre Paris e Turim. O pessoal da companhia ferroviária não se deu conta de seu valor e as obras acabaram leiloadas em 1975, em Turim, quando foram comprados por um funcionário da empresa Fiat.


De acordo com o general Mariano Mossa, que dirige o departamento de polícia responsável pelo patrimônio cultural, as duas pinturas foram recuperadas há cerca de um mês, na cozinha do funcionário, que as manteve por quatro décadas.
A história de como a polícia chegou a esta cozinha também é curiosa. Com fotos enviadas por especialistas à polícia e graças ao maior banco de dados do mundo de obras de arte roubadas, criado há 45 anos pela polícia italiana, os quadros - que não constavam do catálogo - foram descobertos a partir do cruzamento de catálogos oficiais, já que as obras apareciam nos de 1964, mas não nos anos a partir de então.


Dois artigos de junho de 1970 no New York Times e em um jornal de Cingapura nos quais o roubo era mencionado levantaram as suspeitas dos policiais italianos, que por anos levaram avante esta intrincada investigação.

Agora deve acontecer uma longa batalha judicial para estabelecer quem são os legítimos proprietários das obras, já que o operário siciliano as comprou de maneira legal.

Em janeiro, Mossa afirmou que "o volume de negócios gerado pelo comércio ilegal de obras de arte ocupa o quarto lugar em todo o mundo, atrás das armas, drogas e dos produtos financeiros". 

A obra de Gauguin (1848-1903) está avaliada entre 15 e 35 milhões de euros. Com o título Frutas na mesa ou natureza para o cachorrinho, o quadro, de 49 cm por 54 cm, foi pintado em 1889.
 

O ministro italiano da Cultura Fruits sur une table ou nature au petit chien, de Gauguin,

O outro quadro é a pintura "A mulher com as duas poltronas", de Pierre Bonnard (1867-1947), apresentado em uma coletiva pelo ministro italiano da Cultura, Dario Franceschini.
 
La femme aux deux fauteuils, de Bonnard
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário