Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

22 de fevereiro de 2013

Espaçio de Arte Contemporáneo



A EAC - Espaçio de Arte Contemporáneo, abriu as suas portas em 2010, por iniciativa do Ministério Uruguaio da Educação e Cultura, através do Instituto Nacional de Cultura.

No ano do bicentenário de Montevidéu, a capital, abriu novos museus e expandiu os mais velhos enquanto o país reexamina sua arte e história.

O museu mais recente é o Espacio de Arte Contemporáno aberto em julho de 2010 dentro
de um presídio abandonado de 1888, ocupando toda uma quadra da cidade entre os bairros de Cordón e Aguada, uma área com ar pós-industrial e casas modestas de classe operária.
 


O planejamento do Ministério da Educação e Cultura teve início em 2008, com as obras iniciadas em 2009, com a ajuda de aproximadamente US$ 970 mil da Agencia de Cooperación Internacional da Espanha. Segundo Fernando Sicco, o diretor do museu, “era muito pouco tempo e muito pouco dinheiro”.



Antigo presídio da cidade de Montevidéu, no Uruguai, abriga hoje museu de arte moderna.

Sicco disse que a prefeitura imaginou que o museu, com um cinema, um restaurante e espaços para artistas residentes, pudesse ajudar no desenvolvimento da área. “Ganhou um maior impacto social com a promoção do desenvolvimento do bairro”, disse ele.

Quanta à localização do presídio, disse Sicco, “nós queríamos mudar o significado de algo, tratando da liberdade de criar e fazer com que isso ocorresse em uma cadeia”. As celas permitem aos visitantes ver arte moderna e instalações do Uruguai e da América Latina em isolamento, mas o ambiente da prisão não é para todos. “Pessoas com claustrofobia não se sentirão bem aqui”. Sicco acrescentou, “No Uruguai, não restaram muitos locais históricos para restaurar”.

Em uma ala de três andares, uma parede de vidro oferece uma vista de uma parte não restaurada da prisão, onde espaços há muito negligenciados ainda exibem pilhas de escombros e paredes descascadas.



Exposição apresentada

Los impoliticos lança um olhar sobre uma série de obras que lidam com temas complexos e intrincados como os padrões de migração e da instabilidade econômica para exacerbado hiper urbanismo. Outras áreas temáticas incluem as condições de comunicação tendenciosa manipuladas pelos sistemas de controle e pelo governo em diferentes níveis e em diferentes graus; decadência urbana e social, a obrigação de consumismo elevado, a impotência de extirpar a fonte do problema, a incapacidade de responder eficazmente a estas questões, a incapacidade de transformar estas condições de instabilidade. Seguindo os passos de Roberto Esposito, a exposição Los impoliticos oferece um projeto de análise, uma busca para definir fatos contemporâneos e situações de um específico e não a partir de um ponto de vista genérico.

 

Artistas: Marcela Armas, Stefan Brüggemann, Angela Detanico y Rafael Lain, Darío Escobar, Jose Antonio Hernández-Diez, Jorge Macchi, Leo Marz, Cildo Meireles, Dulce Pinzón, Liliana Porter, Wilfredo Prieto, Paul Ramírez-Jonas, Miguel Ángel Ríos, Adriana Salazar, Pablo Serra-Marino.





Nenhum comentário:

Postar um comentário