"Auto-Retrato" - 1875 - óleo sobre linho - Pierre Auguste Renoir - Sterling and Francine Clarck Art Institute - Williamstown, Massachusetts - EUA
Pierre Auguste Renoir foi um personagem central no desenvolvimento do movimento impressionista. Artista francês, tornou-se um pintor de porcelana na oficina dos irmãos Levy e seu interesse pela pintura o estimulou a fazer visitas regulares ao Museu do Louvre, onde começou a copiar as obras dos mestres clássicos dos meados dos anos 1860. Em 1861, participou de aulas de desenho ministradas por Charles Gleyre e em 1862, foi admitido na École des Beaux-Arts, embora continuasse a frequentar o estúdio de Gleyre, onde teve contato com Claude Monet, Alfred Sisley e Frédéric Bazille. Juntos fizeram passeios para a floresta de Fontainebleau e logo o artista foi atraído pela pintura plein air.
Sua primeira obra, exposta foi "Esmeralda" em 1864. No entanto, nos anos anteriores, o artista teve várias de suas obras rejeitas em salões, o que o levou a expor no Salon des Refusés (Salão dos Recusados). Após um intervalo em que foi chamado para lutar na guerra Franco-Prussiana, Renoir mostrou seu trabalho na primeira exposição impressionista de 1874. Durante os anos seguintes, até o fim da guerra, o artista passou alguns períodos com Monet em Argenteuil, onde os artistas criaram paisagens no estilo impressionista.
"Portrait de William Sisley" - 1864 - Pierre Auguste Renoir
Nos anos de 1877 e 1878, suas obras foram admitidas no Salon oficial. Foi uma grande mudança em sua vida e coincidiu com uma crise criativa do artista que cortou ligações com o impressionismo. As suas composições tornaram-se mais equilibrada e Renoir atribuía maior importância ao desenho. Em uma viagem pela Itália, o artista se sentiu especialmente atraído por Raphael, o que tornou-se evidente em suas novas obras, nas quais banhistas eram um dos temas mais recorrentes. Renoir viajou muito dentro e fora da França, em busca de novas fontes de inspiração, visitou museus de muitas cidades europeias, como Dresden, Londres e Madrid. Por volta de 1900 a fama de Renoir tinha se espalhado e sua reputação foi estabelecida como a de um grande artista.
Com o passar do tempo, sua saúde ficou comprometida com problemas reumáticos. Renoir mudou-se para uma pequena cidade no sul da França, Cagnes-sur-Mer, onde comprou uma casa, que mais tarde se transformou no Museu Renoir. Com o passar do tempo, viu-se obrigado a parar de pintar.
Sobre a exposição "Renoir e intimidade" no Museo Thyssen-Bornemisza - Madri, Espanha
"Mulher com um para-sol em um jardim" - 1875 - óleo sobre tela - 54,5 x 65 cm - Museu Thyssen-Bornemisza, Madrid .
Em "Mulher com um para-sol em um jardim", a linguagem de Renoir é totalmente impressionista. Em um ambiente sem o horizonte visível, as flores e arbustos foram criados com pequenas pinceladas de cor, proporcionando um entrelaçamento constante de texturas em torno das duas figuras pequenas. A mulher, com o para-sol, está perto de um homem inclinado para baixo, talvez para pegar uma flor, insinuando um relacionamento íntimo. Ao contrário do que se possa pensar, esta tela não foi pintada no campo, e sim no jardim do novo estúdio do artista, em Montmartre. Seu amigo George Rivière recordou: "Assim que Renoir entrou na casa, ficou encantado com a vista do jardim, que parecia um parque bonito e abandonado".
"Campo de trigo" - 1879 - óleo sobre tela - 50,5 x 61 cm - Coleção Thyssen-Bornemisza
Esta paisagem mostra um campo de trigo perto de Wargemont, na Normandia, onde Renoir passou vários verões na propriedade de seu amigo e patrono, o banqueiro Paul Bérard.
"La Promenade" (A Caminhada) - 1870 - óleo sobre tela - 81,3 x 64,8 cm - J. Paul Getty Museum - Malibu, Califórnia, EUA
A exposição "Renoir e intimidade", no Museo Thyssen-Bornemisza, em Madri, estará aberta ao público de 18 de outubro de 2016 a 22 de Janeiro 2017.
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