O único livro infantil de Antoine de Saint-Exupéryse se tornou uma das obras mais amadas de todos os tempos. O escritor deu vida à história em Nova York, em 1940, onde se instalou após a invasão nazista na França.
Em abril de 1943, logo após o livro ser publicado, Saint-Exupéry colocou os manuscritos e os desenhos de "O Pequeno Príncipe" em um saco de papel marrom e os entregou a sua amiga Silvia Hamilton. "Eu gostaria de lhe dar algo esplêndido", disse a ela, "mas isso é tudo o que tenho". Ele estava com 44 anos na época.
"O Pequeno Príncipe" foi publicado na França, terra natal do autor, dois anos após a sua morte. Nos Estados Unidos, onde foi publicado primeiro, o sucesso inicialmente foi apenas moderado. Em 1968, a "The Morgan Library", em Nova York, adquiriu os manuscritos. Agora, uma nova exposição explora o processo criativo de Saint-Exupéry por meio dos escritos que foram excluídos na primeira versão, o original tem quase o dobro do tamanho livro inicialmnente publicado.
A primeira ilustração original da famosa obra, foi leiloada em Paris, pela casa de leilão Artcurial. O desenho utilizado para ilustrar a edição original foi estimado entre 400 mil e 500 mil euros. Feito em aquarela, medindo 21,2 X 23,9 cm, leva a assinatura de Saint-Exupéry e está reproduzido na página 17 da publicação original em 1943.
A aquarela representa o personagem do astrônomo turco que descobre o asteroide "B 612", o planeta do Pequeno Príncipe, apontando com o dedo para uma série de fórmulas matemáticas.
No texto correspondente a aquarela o narrador diz ao Pequeno Príncipe:
“Durante a noite, não o vi sair andando. Fugira em silêncio. Quando consegui alcançá-lo, ele andava com decisão, com passadas rápidas. Disse-me apenas:
E me deu a mão. Mas ainda estava preocupado:
- Fez mal. Você vai sofrer. Vou parecer morto e não será verdade…
Eu me calava".
“Esta aquarela mostra uma imagem icônica do jovem herói. Ele escapa para a noite em silêncio e caminha sozinho nas dunas com seu lenço soprando ao vento. Ele irá desaparecer em breve e a atmosfera é tensa.” disse Guillaume Romaneix, que dirige o departamento de livros e manuscritos da Artcurial.
Alguns desenhos que serviram para produzir a primeira edição foram levados à França por sua viúva Consuelo, nascida em El Salvador.
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