A Pinacoteca do Estado de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta "A paisagem na arte: 1690-1998", uma exposição organizada pela Tate em associação com a Pinacoteca do Estado, trazendo obras de artistas britânicos da coleção da Tate. A chegada desta importante e especial exposição internacional celebra a parceria entre Tate e Pinacoteca, em ano de comemoração dos 110 anos deste que é o museu de arte mais antigo de São Paulo.
“Grande parte dos paisagistas britânicos influenciaram direta ou indiretamente a representação da paisagem de outros países, até aqueles mais distantes, como poderá ser observado pelo visitante ao percorrer o acervo permanente da Pinacoteca, no 2º andar do edifício da Luz“ diz Tadeu Chiarelli, Diretor Geral da Pinacoteca.
Descobrindo a Grã-Bretanha: Nesta sessão, é possível observar o crescimento do interesse pela paisagem natural da Grã-Bretanha durante o século XVIII, em um momento em que o fascínio e o orgulho pelo país natal andavam de mãos dadas com o entusiasmo pelas descobertas de exploradores, naturalistas, comerciantes e imperialistas à medida que o Império Britânico se expandia pelo mundo. As Ilhas Britânicas eram “descobertas” da mesma maneira que as distantes terras exóticas.
A visão clássica: Nesta sessão, é possível conferir obra de Joseph Mallord William Turner (1775-1851), talvez o maior paisagista britânico de todos os tempos, que também aplicava princípios clássicos tanto em cenas italianas quanto em panoramas nativos. Nesta época, as paisagens clássicas eram tão celebradas pela aristocracia britânica que muitas propriedades foram reformadas com o objetivo de incorporar nelas as suas características visuais e arquitetônicas.
Romantismo: O romantismo compreende um vasto leque de formas culturais que surgiram em toda a Europa entre os anos 1770 e 1830. As grandes mudanças históricas do período, tais como a Revolução Francesa, a Revolução Industrial e a ascensão do nacionalismo, constituem o contexto turbulento em que o romantismo se desenvolveu. As artes topográfica, clássica e pastoral influenciaram a pintura romântica inglesa, mas no começo do século XIX ela encontrou uma forma própria de expressão.
Fidelidade à natureza: As pinturas desta seção têm relação com a ideia de fidelidade à natureza e representam uma rejeição de muitos aspectos do romantismo. A prática de fazer desenhos de observação da natureza ao ar livre popularizou-se entre os artistas profissionais e amadores no final do século XVIII e foi um dos pilares daquilo que se tornou conhecido como “pitoresco”.
Redescobrindo a Grã-Bretanha: No começo do século XX a pintura britânica englobava um leque diversificado de abordagens. O impressionismo, outrora ridicularizado, tornara-se um estilo estabelecido e dono de um mercado forte, enquanto outros artistas continuavam pintando nos estilos pré-rafaelita, simbolista e social-realista. Nesta sessão, é possível conferir John Dickson Innes e seu o desejo de fazer experimentações mais radicais de forma e cor em suas paisagens.
Um novo romantismo: Muitos artistas neoromânticos foram empregados como artistas oficiais de guerra no front interno durante a Segunda Guerra Mundial. Em suas pinturas de paisagem, figurando edifícios antigos e cidades arruinadas, eles criaram imagens que refletiam as emoções complexas que caracterizaram o período de guerra, como o terror, a euforia, a nostalgia e o escapismo.
Novas paisagens, velhas paisagens: O neoromantismo foi sucedido por uma retomada da arte realista no começo da década de 1950. Já em 1960, no entanto, os artistas britânicos haviam começado a responder à arte e à cultura norte-americanas. A arte conceitual britânica das décadas de 1960 e 1970 também se interessava pela “noção de lugar”. Richard Long é um dos artistas desta sessão, criando uma arte paisagística híbrida e poética a partir da associação de mapas, textos e fotografias.
Onde: Pinacoteca do Estado de São Paulo - Praça da Luz, 2 - Fone: (11) 3324-1000
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