Eddie Peake e seu ateliê
Na última quinta, uma pequena multidão esperava apertada no saguão do Instituto Suíço, no Soho, em Nova York, pelo início da performance "Endymion", do artista britânico Eddie Peake.
Com pouco mais de 30 anos, Peake foi uma das principais atrações da Performa, prestigiosa bienal dedicada ao gênero, criada por RoseLee Goldberg em 2004.
O público rapidamente ocupou as margens da sala de dois níveis onde sete bailarinos, quatro pintados de ouro e três de negro, encenaram uma coreografia na qual distanciamento e contato, frieza e erotismo se alternavam ao som eletrônico.
Peake não é --como ele mesmo diz-- "um expert em cultura brasileira".
"Mas incidentalmente", conta,
"Quando era estudante escrevi um ensaio sobre conexões entre futebol e arte que, honestamente, não deveria ser muito bom, mas lembro de ter lido um monte de coisas sobre futebol brasileiro".
Uma das razões do sucesso midiático de Peake deve-se a uma combinação de futebol, sexo e voyeurismo.
"Há alguns anos eu trabalho com imagens sexuais e temas correlatos. Em parte, isso se deve ao fato de que esse imaginário ressoa em mim de um modo que transcende a linguagem verbal", explica.
Artista emergente da vez, Peake evita o assunto. Questionado sobre um hype em torno dele, respondeu: "No comments".
Serviço:
EDDIE PEAKE - CAUSTIC COMMUNITY (MASKS AND MIRRORS)
QUANDO: de ter. a sáb., das 11h às 19h; até 08/02
ONDE: White Cube - R. Agostinho Rodrigues Filho, 550, tel. (11) 4329 4474)
Classificação livre
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