Sobre as Sombras na Aquarela

Tudo começou com as nuvens.

A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.

Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.

As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.

Aline Hannun

24 de junho de 2015

"América é difícil ver" no Whitney Museum of American Art

Nova sede do Whitney Museum Of American Art, no Meatpacking District, entre o High Line e o Rio Hudson.



Com projeto do arquiteto Renzo Piano, o novo edifício mantém sua relevância arquitetônica, porém em um espaço mais amplo, que permitirá aumentar o número de exposições e de seu acervo inigualável de arte americana moderna e contemporânea. A nova sede possui seis andares, com 4.000 metros quadrados de galerias cobertas e 1.200 metros quadrados de espaço para exposições ao ar livre e terraços com vistas para o High Line. Além disso, o espaço conta com o piso da recepção junto com a loja do Museu, e o piso da cobertura, totalizando oito andares. O Whitney oferece também um restaurante, uma cafeteria, salas de aula, um teatro e outras atividades.
 

 
High Line - Manhattan
 
Neste local de encontro com o High Line, os visitantes podem apreciar, através das grandes janelas de entrada do museu, uma vista incrível do lado oeste do Rio Hudson.
 
 

Rio Hudson - Manhattan


A exibição para a inauguração chama-se "America is Hard to See" e conta de diversas maneiras toda a história da arte nos Estados Unidos do começo do século XX até os dias de hoje.


 
Composta por mais de seiscentas obras, a exposição elabora os temas, idéias, crenças e paixões que têm entusiasmado artistas americanos em sua luta para trabalhar a favor e contra as convenções estabelecidas, muitas vezes envolvendo diretamente seus contextos políticos e sociais.


 
Inúmeras peças que raramente, ou nunca, foram mostradas aparecem ao lado de ícones em um esforço consciente para desestabilizar pressupostos sobre a arte americana cânone.
 
O título, "América é difícil ver", vem de um poema de Robert Frost e um documentário político de Emile de Antônio.
 
O título visa comemorar as sempre mutáveis ​​perspectivas dos artistas e sua capacidade de desenvolver formas visuais que respondem à cultura dos Estados Unidos.


 
Ele também ressalta a dificuldade de definir ordenadamente os habitantes do país, um desafio que está no cerne do compromisso do Museu e em constante evolução para a compreensão da arte americana.
 
Organizado cronologicamente, a narrativa da exposição está dividida em vinte e três "capítulos" temáticos instalados em todo o edifício.


 
As obras de arte são exibidas juntas em todas as mídias, reconhecendo as formas em que os artistas se envolveram, os vários modos de produção e os limites superados.
 
"América é difícil ver" reflete o registro distinto do Whitney Museum de aquisições e exposições, o que constitui uma espécie de memória de um coletivo que representa um conjunto de atitudes individuais, às vezes conflitante, em direção o que a arte americana poderia ser, dizer ou fazer a qualquer momento.


 
Ao mesmo tempo, pesquisando e questionando o passado, não chega a fazer um levantamento exaustivo ou somatório organizado, mas sim um novo começo crítico: a primeira de muitas histórias ainda para contar.


 
A maioria da exposição poderá ser vista até 27 de setembro de 2015, mas alguns andares vão fechar em um cronograma escalonado antes e após essa data.


 
"América é difícil ver" é organizado pela equipe de curadores do Whitney Museum, liderada por Donna De Salvo, curador-chefe e Vice-Diretor de Programas.
 
 
"Pessoas correndo" - 1978-1979 - Jonathan Borofsky - instalado no Ambulatório Oeste - 5º andar - Whitney Museum of American Art 


Conversa Informal
 
Na semana seguinte à inauguração, tive a oportunidade de visitar a exposição e conhecer a nova sede do Whitney Museum of American Art. Localizado na chamada parte baixa de Manhattan, sua arquitetura moderna destaca-se dos demais prédios bastante antigos e abandonados de Meatpacking District. Como vizinhos, de um lado, a fantástica High Line arborizada, moderna e agradável, atualmente um dos locais mais visitados pelos turistas e, do outro lado, o grandioso Rio Hudson. No alto dos seus oito andares nos terraços, é possível ver uma boa parte da cidade, cenário que impressiona os turistas, e habitués da Big Apple. Um passeio imperdível!



Hollywood Africans - 1983 - Jean-Michel Basquiat





Racing Thoughts - 1983 - Jasper Johns





Women and Dog - 1963-64 - Marisol


Serviço:

"America is Hard to See"

Onde: Whitney Museun of American Art - 99 Gansevoort entre a Washington St e a 10th Ave. NY

Quando: Até 27 /09 - Segundas, quartas e sábados das 10:30 às 18h. Quintas e domingos das 10:30 às 22h. Fecha às terças

Quanto: Adultos: U$22,00. Estudantes: U$18,00. Membros do Museu e menores de 18 anos: entrada gratuita.










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