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Sobre as Sombras na Aquarela
Tudo começou com as nuvens.
A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.
Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.
As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.
Aline Hannun
29 de junho de 2016
"El Bosco: La exposición del centenário" no Museu do Prado
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22 de junho de 2016
O "Fantástico" Jheronimus Bosch
15 de junho de 2016
"Judite e Holofernes" de "Caravaggio"
Detalhe da obra no momento da decapitação.
Criada e Judite, detalhe da obra.
Acredita-se que a obra tenha desaparecido 100 anos depois de ter sido pintada e, pode valer 120 milhões de euros (137 milhões de dólares), afirmou o agente especializado em arte Eric Turquin, em comunicado à imprensa.
Sobre o artista
Caravaggio, cujo nome real era Michelangelo Merisi, teve uma vida caótica e violenta. Faleceu em circunstâncias estranhas aos 38 anos. Acredita-se que o artista estava a caminho de Roma para buscar perdão após ter passado os últimos anos de sua vida fugindo da Justiça no sul da Itália.
Italiano, foi pioneiro da técnica da pintura barroca conhecida como chiaroscuro (claro-escuro), caracterizada pelo forte contraste de luz e sombras.
O artista era conhecido por se envolver em brigas que frequentemente resultaram em sua prisão. Chegou, inclusive, a matar um homem.
A existência da obra era conhecida por uma cópia atribuída a Louis Finson, pintor flamengo contemporâneo de Caravaggio.
"Judite e Holofernes" - Caravaggio
Sabe-se através de uma carta do pintor Frans Pourbus (o Jovem), escrita em 1607, em Nápoles, que uma segunda versão existia, aparentemente datada de 1604-1605 e pintada em Roma ou Nápoles. Pourbus foi enviado pelo primeiro duque de Mantoue, Vicente de Gonzaga, para encontrar algumas pinturas para a sua coleção. Ele contou ao duque que dois quadros de Caravaggio estavam disponíveis no estúdio do pintor e comerciante flamengo Louis Finson, que vivia em Nápoles: "Eu vi aqui duas pinturas de Michelangelo de Caravaggio: a primeira representa um rosário, destinada a um retábulo ... a outra é uma pintura de tamanho médio, apropriada para uma câmara de leito, representando Judith e Holopherne. Eles não vão vendê-la a você por menos de 300 ducados " (Original no Archivio del Stato di Mantova; Archivi Gonzaga Esterni).
Essa outra versão de "Judite e Holofernes", também havia desaparecido até ser reencontrada na década de 1950. Atualmente, encontra-se exposta na Galeria Nacional de Arte Antiga de Roma, na Itália.