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Sobre as Sombras na Aquarela
Tudo começou com as nuvens.
A ideia surgiu da necessidade de mostrar a evolução de uma pesquisa feita sobre monocromia através da técnica da aquarela e colagem.
Foi à partir do meu olhar nas nuvens que surgiu o "momento sombras na aquarela". Após a escolha do suporte, as imagens começaram a brotar em minha mente de forma aleatória, de modo claro e objetivo, facilitando o desenvolvimento do trabalho. O fundo branco do papel, muitas vezes em destaque, realça as nuances e sobreposições das camadas, contrastando tons claros e escuros, assim como a luminosidade, algumas vezes oscilante, mais ou menos intensa, que brinca, sugerindo formas, movimentos e até mesmo sensações, destacando as características da aquarela aliada à colagem.
As inúmeras possibilidades que o tema oferece, associadas à técnica, tráz como resultado a simplicidade da proposta que, destacando a cor pura, em contraste com o papel, evidencia um grande prazer em criar.
Aline Hannun
29 de julho de 2015
A Galeria Almeida e Dale apresenta "Portinari e a Poética da Modernidade Brasileira"
Portinari e a Poética da Modernidade Brasileira
A Galeria Almeida e Dale recebe a exposição "Portinari e a Poética da Modernidade Brasileira", que reúne 35 obras produzidas pelo artista plástico brasileiro entre os anos 1931 e 1944. A curadoria de Denise Mattar partiu de dois eventos que se tornaram marcos do movimento modernista.
O 38º Salão de Belas-Artes, que aconteceu em 1931 e ficou conhecido como o Salão Revolucionário, no Rio de Janeiro.
A Exposição de Arte Moderna, realizada em 1944, em Belo Horizonte.
Nascido numa fazenda perto de Brodowski, no interior de São Paulo, em 1903. Cândido Portinari já aos 9 anos de idade ajudava na restauração da igreja de sua cidade natal. Em 1918 foi para o Rio de Janeiro onde começou a carreira estudando pintura na antiga Escola Nacional de Belas Artes, com os professores Lucílio de Albuquerque e Rodolfo Amoedo.
Maestro Oscar Lorenzo Fernández- 1931 - Uma das obras que integraram a histórica seleção da Exposição Revolucionária de 1931.
Predominam no conjunto elementos típicos do país, como palmeiras, frutas tropicais, morros e jangadas, sem que isso signifique uma representação exuberante. Há um toque intimista e pessoal nas pinceladas de Portinari, mesmo quando ele combina numa mesma composição uma arara, um cacho de bananas e uma praia, caso de "Flora e Fauna Brasileira" (1934).
Flora e Fauna Brasileira - 1934
A inocência de crianças, que empinam pipas em Brodowski ou se divertem num campo de terra em Futebol, é contrastada com trabalhos de temática social, quando tons mais terrosos dominam o cenário.
Brodowsky - 1942
Não deixe de ver os retratos que o artista dedicou a sua mulher, a uruguaia Maria Martinelli, com quem viveu até o fim da vida, em 1962, e a famosa tela "As Moças de Arcozelo", exibida no MoMA, em Nova York.
As moças de Arcozelo - 1940
Durante o evento na capital carioca, Cândido Portinari apresentou 17 trabalhos. Já na mostra mineira, ele exibiu a obra O Olho conhecida como O Galo, que dividiu opiniões do público e da crítica e está presente na exibição organizada pela galeria paulistana.
"O Galo” ou “Olag” como foi chamada pela imprensa. Entende-se facilmente o porquê deste quadro ter causado tanta polêmica à época da exposição e ainda hoje nos causar certo incômodo. Vê-se um galo ao contrário, com pescoço retorcido e uma face disforme. Da sua enorme crista, parece invadir-nos uma profusão vermelha, agressiva em meio ao branco da tela. Não há elementos periféricos, somente a imagem.
Ainda, estarão presentes obras dos principais colecionadores particulares e de instituições, raramente reunidas.
Serviço
"Portinari e a Poética da Modernidade Brasileira"
Onde: Galeria de Arte Almeida e Dale - R. Caconde, 152 - Jardim Paulista - Fone: 11 3887-7130
Quando: Até 15/08/2015 - de segunda a sexta das 10h às 18h - Sábado das 10h às 14h - Fechada aos domingos.
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