
Museu Afro Brasil abre exposição em homenagem ao artista Henrique Oswald
Nome fundamental das artes plásticas brasileiras no século XX, Henrique Oswald (1918-1965) está sendo homenageado com a exposição “Um Gravador, um Desenhista, um Pintor: Uma Obra em Transmutação” no Museu Afro Brasil, Instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Com abertura no mês de março, a mostra revela as múltiplas facetas do artista carioca cujo falecimento completa 50 anos em 2015.

"Inflamação" - 1949/1954 - Gravura em metal - Coleção família Oswald
A exposição é composta por cerca de 60 pinturas, desenhos e gravuras. As obras integram os acervos particulares da família do artista e do diretor curatorial do Museu Afro Brasil, Emanoel Araujo. Ele frequentou as aulas de gravura ministradas por Henrique Oswald na Escola de Belas Artes, em Salvador nos anos 1960. “Como mestre ele era calmo e sereno. Suas palavras concentravam uma sabedoria e um conhecimento das muitas e diferentes técnicas da gravura, da xilogravura”, afirma Araujo, que atesta a forte influência de Henrique Oswald sobre os artistas locais durante o período de professorado na Bahia. “Nos desenhos e nas gravuras explodia o drama do nosso tempo, protesto contra a opressão, a guerra, a tristeza, o avassalamento do homem. Nos óleos, porém, triunfava a Bahia, o mistério dos casarões”, afirmou o escritor Jorge Amado.

"Casarão Vermelho" - 1963/1965 - óleo s. Duratex - Coleção família Oswald
Na opinião de Emanoel Araujo as gravuras foram realizadas com grande maestria. “As gravuras em metal correspondiam a uma fase dramática, expressionista de temas ora sacro, ora humanístico. Depois vieram as xilogravuras cheias de tons de cinza, delicadas, e contrárias a tudo que se preconizava da gravura sobre madeira, de finas texturas naquelas formas entrelaçadas de muitos pretos”, comenta.


"Pipas verdes" - 1960/1964 - Xilogravura - Coleção família Oswald
Seus desenhos também representam parte significativa no conjunto da sua obra. “A qualidade plástica e a dramaticidade quase cósmica dos últimos desenhos de Oswald lhe conferem um nível internacional de primeira ordem. Representam o ponto mais alto de sua evolução artística”, afirmou o físico e critico de arte Mário Schenberg (1914-90).
Sobre o artista
Henrique Carlos Bicalho Oswald nasceu no Rio de Janeiro em uma família de artistas. Era filho do Carlos Oswald, pintor e introdutor da gravura pura no Brasil; e neto do pianista e compositor Henrique Oswald de quem herdou o nome. O início da sua formação artística se dá com seu pai, a quem substitui, no ano de 1947, na cadeira de gravura no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.
Em 1952 era aluno do pintor francês André Lhote. O prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Belas Artes, dá-lhe a oportunidade de viver na Europa entre os anos 1955 e 1959. Nesse período estuda gravura no ateliê de Johnny Friedlaender, um dos mais influentes artistas do século passado. De volta ao Brasil, em 1959, passa a residir em Salvador e torna-se professor da Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia. Morreu na cidade natal, em dezembro de 1965.
Serviço
Exposição: "Um Gravador, Um Desenhista, Um Pintor: Uma Obra em Transmutação” - Henrique Oswald.
Quando: Até 10/05. De terça-feira a domingo, das 10 às 17h
Onde: Museu Afro Brasil - Av. Pedro Álvares Cabral, s/n - Parque Ibirapuera - Portão 10 - São Paulo / SP - Fone: 55 11 3320-8900
www.museuafrobrasil.org.br
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