
'Gas' - óleo s/ tela - 1940 - obra exibida na TV
SOBRE O DOCUMENTÁRIO
Edward Hopper citou Renoir em uma entrevista dizendo que "o importante em um quadro não pode ser explicado". O artista, que passou parte de sua trajetória quase incompreendido em sua cidade, Nova York, é tema do documentário "Edward Hopper e a Tela em Branco".
Dirigida por Jean-Pierre Devillers, a produção refaz a trajetória do artista, recuperando aspectos da infância, passando pelo casamento conturbado, até sua morte, em 1967.
Entrevistas dadas pelo próprio pintor pontuam o documentário. Hopper conta, por exemplo, que fazia ilustrações só para ganhar dinheiro. "Meu interesse não era genuíno", disse. Esses trabalhos eram alegres, bem diferentes de seus quadros, povoados por figuras melancólicas ou que sugerem aflição.
"Ele nos leva a pensar no que vai acontecer a seguir (após a cena do quadro). É uma qualidade que não conhecia nas pinturas", diz o cineasta Wim Wenders, que admite tê-lo como referência.
Hopper, apesar do talento, só conseguiu viver de sua arte a partir dos 42 anos.
"Ele nos leva a pensar no que vai acontecer a seguir (após a cena do quadro). É uma qualidade que não conhecia nas pinturas", diz o cineasta Wim Wenders, que admite tê-lo como referência.
Hopper, apesar do talento, só conseguiu viver de sua arte a partir dos 42 anos.
SERVIÇO
Documentário: "EDWARD HOPPER E A TELA EM BRANCO"
Classificação: Livre
SOBRE O FILME

Imaginar histórias para imagens de um instante, eis o desafio de "Hopper Stories", que une oito europeus com a missão de transformar quadros do pintor norte-americano Edward Hopper (1882-1967) em curtas-metragens.
O filme é composto por episódios que vão de uma animação sobre um rompimento amoroso, de Valérie Pirson, inspirado em "Noite de Verão", de 1947, a um passeio atento da câmera pelas pinceladas de "Sol num Quarto Vazio", quadro de 1963 filmado pelo ator e diretor Mathieu Amalric.

'Morning Sun' - Edward Hopper

"Night Windows" - Edward Hopper
"O quadro escolhido por Amalric estava numa coleção privada e não sabíamos onde. Mathieu finalmente descobriu o colecionador, perto da cidade de Washington. Ele filmou o quadro durante horas", conta o produtor do filme, Didier Jacob.
Edward Hopper é considerado um dos grandes nomes da arte dos Estados Unidos do século 20. Seus quadros frequentemente retratam a vida íntima de personagens vistos em janelas e vitrines, atravessadas pela luz que demarca as diferenças entre o exterior e o interior.
A partir do sucesso de uma extensa retrospectiva de Hopper no Grand Palais, em Paris, no ano passado, o produtor Jacob e sua equipe propuseram o projeto ao canal franco-alemão Arte.
"Nós sugerimos convidar realizadores europeus a fazer pequenos filmes em torno de um quadro que eles escolhessem", diz o produtor.
Além de mostrar o fascínio que as pinturas realistas de Hopper exercem sobre cineastas, Jacob estava curioso para saber quais histórias poderiam ser desenvolvidas. "Mais ainda, queríamos ver como realizadores europeus iriam trabalhar com essa arte tão emblemática da cultura americana", diz.
A produção apenas cuidou para que alguém escolhesse "Aves da Noite", o conhecido quadro da cafeteria. A imagem serviu de inspiração à diretora francesa Sophie Barthes ("Almas à Venda"). Em uma comédia à la Woody Allen, ela faz a mulher sair da tela "Sol da Manhã", de dentro do ateliê de Hopper, passear por Nova York e acabar na pintura da cafeteria.
"Pudemos dar aos realizadores a possibilidade de entrar em um quadro e sonhar livremente a partir das imagens", afirma Jacob.
Edward Hopper é considerado um dos grandes nomes da arte dos Estados Unidos do século 20. Seus quadros frequentemente retratam a vida íntima de personagens vistos em janelas e vitrines, atravessadas pela luz que demarca as diferenças entre o exterior e o interior.
A partir do sucesso de uma extensa retrospectiva de Hopper no Grand Palais, em Paris, no ano passado, o produtor Jacob e sua equipe propuseram o projeto ao canal franco-alemão Arte.
"Nós sugerimos convidar realizadores europeus a fazer pequenos filmes em torno de um quadro que eles escolhessem", diz o produtor.
Além de mostrar o fascínio que as pinturas realistas de Hopper exercem sobre cineastas, Jacob estava curioso para saber quais histórias poderiam ser desenvolvidas. "Mais ainda, queríamos ver como realizadores europeus iriam trabalhar com essa arte tão emblemática da cultura americana", diz.
A produção apenas cuidou para que alguém escolhesse "Aves da Noite", o conhecido quadro da cafeteria. A imagem serviu de inspiração à diretora francesa Sophie Barthes ("Almas à Venda"). Em uma comédia à la Woody Allen, ela faz a mulher sair da tela "Sol da Manhã", de dentro do ateliê de Hopper, passear por Nova York e acabar na pintura da cafeteria.
"Pudemos dar aos realizadores a possibilidade de entrar em um quadro e sonhar livremente a partir das imagens", afirma Jacob.
SERVIÇO
Filme - HOPPER STORIES
Direção: Dominique Blanc, Hannes Stöhr, Martin de Thurah, Mathieu Amalric, Sophie Barthes, Sophie Fiennes, Valérie Mréjen, Valérie Pirson
Produção: França, 2013
Classificação: livre
SOBRE EDWARD HOPPER
Nascido no estado de Nova Iorque, Hopper estudou arte comercial e pintura na cidade de Nova Iorque. Um dos seus professores, o artista Robert Henri, encorajava seus estudantes a usar suas artes para "fazer um movimento no mundo". Henri, uma influência para Hopper, motivou estudantes a fazerem descrições realistas da vida urbana. Os estudantes de Henri, muitos dos quais desenvolveram-se artistas importantes, tornaram-se conhecidos como Escola de Ashcan de arte norte-americana.

Ao completar sua educação formal, Hopper fez três viagens pela Europa para estudar a cena emergente de arte européia, mas diferente de muitos de seus contemporâneos que imitavam as experiências abstratas do cubismo, o idealismo dos pintores realistas ressonou com Hopper. Ele logo projetou os reflexos da influência realista.
Enquanto trabalhou por vários anos como artista comercial, Hopper continuou pintando. Em 1925 ele produziu "Casa ao lado da ferrovia", um trabalho clássico que marcou sua maturidade artística. A obra é a primeira de uma série da cena totalmente urbana e rural de linhas finas e formas largas, feita com uma iluminação incomum para capturar a solidão que marca sua obra. Ele trouxe seu tema das características comuns da vida Norteamericana - estações de gasolina, hotéis, ferrovia, ou uma rua vazia.

"Casa ao lado da ferrovia" - Edward Hopper

Hopper continuou pintando na sua velhice, dividindo seu tempo entre a Cidade de Nova Iorque e Truro, Massachusetts. Ele morreu em 1967, no seu estúdio próximo ao Washington Square Park, na Cidade de Nova Iorque. Sua esposa, a pintora Josephine Nivison, que morreu dez anos depois que Hopper, doou seu trabalho ao Whitney Museum of American Art. Outros trabalhos importantes de Hopper estão no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, no The Des Moines Art Center, e no Instituto de Arte de Chicago
Assista ao vídeo com algumas de suas obras
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