3 de dezembro de 2013

Conto "O Avarento"


 Riqueza                   Camponesa           Avareza
 
 O Avarento
 
Senhor dono da razão, aquele que tudo sabia, mas nada fazia, o Avarento na sua ganância e cego pelas emoções e sensações da vida, estava sempre à espreita de um alvo fácil, para dar um bote, pois lutar, construir, para depois usufruir, eram coisas que não existiam em sua vida.
 
Riqueza, por outro lado, na sua inocência, mostrava e distribuía a todos os seus valores: amar, respeitar, compartilhar e, assim multiplicar.
 
Avarento não entendia – O que acontece? Será mágica? – pensava ele. Mas o que ele não enxergava é que atrás da Riqueza vinha sempre a Camponesa a arar, plantar e cultivar, embora nem sempre o fizesse de forma regular. Mas sua intenção era que, na próxima passagem da Riqueza, esta pudesse iniciar um novo ciclo.
 
Quando Avarento descobriu o “segredo”, só restou a ele caminhar de cabeça baixa a procura de algum níquel perdido, até a primeira taberna e lá sentar-se para beber, como era de costume, pensando em como sair de lá, sem pagar a conta.
 
Conto criado a partir de cartas de baralhos desenhados - Aline Hannun
 
 
 
 
 

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